Poemas Inéditos para Colectâneas

Foto de Kaz

︷︸ Amanhecer ︷︸

"amanhecer é uma lição do universo
que nos ensina que é preciso renascer
o novo, amanhece
já tem rolinha no terreiro varrido
e orvalho brilha como perolas ao sol
tenho uma sombra que caminha pras montanhas
se enfiando feito alma por dentro do matagal
enquanto mais a luz vai invadindo a terra
o que a noite não revela
o dia mostra pra mim
a radio agora ta tocando rancho fundo
somos só eu e o mundo
e tudo começa aqui
amanhecer é uma lição do universo
que nos ensina que é preciso renascer
o novo, amanhece..."

︷︸ By Alexandre Andrade ︷︸

Foto de Kaz

︷︸ LANÇO-TE AO MAR ︷︸

Lanço-te ao mar, cinzas de minh'alma
nas torrentes turvas, afundar-te-á
Em torvelinhos, às profundezas
levando consigo, a tristeza
tão má.
Ah, cinzas molhadas, antes mesmo
de ter com a água salgada
já era, assim
do sal dos meus olhos
em pranto derramado. Sofrido
Vá... cinzas que foram
o fogo do amor
que queimaram e arderam
com todo furor
em meu peito tão vivo, um dia
torna-me, mar
com sua explêndia retribuição
como lenda
a minha alegria.
No seu borbulhar espumante
Espero me dar
Tranquilidade, um instante
e que as correntes ciclônicas
leve as cinzas lacônicas
do que foi um dia, paixao, tão platônica
Esfumaça, mar bravio... e me dá a certeza
que o meu desvario
Era, em verdade sabida
uma alucinação incontida

︷︸ By Alexandre Andrade! ︷︸

Foto de Danilo Henrique Pereira

DEPOIS DE TUDO

Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar, e a adquirir
O Homem acaba assim, como quis
Meio ao mundo, no final de tudo
Pensativo, incompleto, insatisfeito,
Logo faz o que sempre fez, e por vez
Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar
A dor ainda é boa, é divina, machuca, faz ferida
O Homem acaba sem graça, sofrido, incompreendido
Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi,
Natural ordem das coisas, no final são todos iguais
Um resto, sem muito uso, consumista, ignorante
Por mais que reflita, o presente lhe motra
a imperfeição das atitudes, o caminho traçado
O Homem acaba, mas ainda vivo, como uma arvore
Parado, imovel, pensativo,
Perplexo por reconhecer onde está, familharizado
Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...
Consquistou o que menos apreciava.
O holocasuto dos pensamentos, a morte da vida
Por assim dizer... a solidão!

Foto de Daniela Franco

sentidos

Poderia eu, sentir-me viva
se todos meus sentimentos, não estivessem dispersos,
e como se eu encontrasse o profundo abstrato
e nele, todas as sua formas.
Poderia eu, mergulhar em meus pensamentos,
de tal sentido complexo onde não pudesses sair
Recaída - em versos sem rimas,
sem Saída exata para seguir.
De todos juramentos e tormentos,
só permaneceram aqueles aos quais me distraia
Contraditórios espaços, todos no vácuo - da vida.
Ser um poema sem nexo
e no teu sexo enquanto eu dormia.
Recitar as palavras com certa clareza,
sem estar num profundo deleito, de agonia;
do que eu nem sei se sentia.
E se tudo não passar de uma irrealidade inconstante
entre os minutos, os instantes
...apenas por um momento...
Qualquer de monotonia!

Foto de Metrílica

Me diz? Por que levastes o filho? (Reflexão)

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Me diz? Por que levastes o filho?

Por quê?...

"Por quê? Por que não levas a miiiimmmmm!!!!"
Grita aos prantos, a mãe, no leito de morte!
daquele que carregou no ventre...
daquele que um dia foi seu rebento...
daquele que segurou um dia em teus braços...
daquele que a fez um dia, chorar de alegria...
daquele que alimentou de si!

choros e murmúrios...lamentações...
Por quê?
Por que levaste tão bela criança? ainda nos seu primeiro ano de vida?
sequer sabia o que sentia... pobre criaturinha,
choraste sob tortuosa dor,
sequer tinha conhecimento do que acontecia ao seu redor,
anjinho, não sabia das dores do mundo,

Me diz? Por que levastes o filho?

Deste tamanha sabedoria ao pai, progenitor...
O dom da medicina,
Por quê?
Por que infectaste o filho com um enigma... incurável?
quatro anos de vida! dois de sofrimentos...
por que o fizeste sofrer... e morrer nos braços de seu pai?
pai, que sob sombras e fantasmas perguntava-se, lamentava-se a todo momento.."o que fiz de errado?, porque não salvei meu filho?"

Por quê?

Me diz? Por que levastes os filhos?
Deste cinco filhos a esta mulher!
Por que o arrebatamento de dois? de forma tão sofrida!
doenças, incuráveis, tratadas em vão!
duas vezes!!! amputastes esta mulher!
por duas vezes!
Por que tanto sofrimento a estas criaturas?
um, na flor da idade! seis anos de vida...três de sofrimentos...
o outro, aos treze...após sofrer seis meses...
pragas, doenças incuráveis!!!

Me diz? Por que levastes o filho?
Este,orgulho dos pais! acabara de formar-se!
vida, sonhos! longo caminho!
arrebatado! fria e violentamente!
25 anos! tragédia! morte imediata...

Por que levastes os filhos?!
Para deixar na terra estas mulheres... mães despedaçadas!
corpos por instantes sem alma! corações dilacerados...
continuam suas vidas! mesmo que aleijadas!
Hoje, as que não são viúvas, estão divorciadas...
porque aqueles que foram "pais", daqueles arrebatados, não resistiram à dor!
abandonaram o "passado", esconderam-se em falsa alegria!
que sigam então as MÃES!
PORQUE NA DOR, OS FILHOS, SOMENTE A ELAS PERTENCEM!
lembranças...de alegrias...desde o útero...ao sentir um coração!
nascimento...choro de felicidade...
amor incondicional...
morte...dor...ETERNA SAUDADE...

NASCESTES?!
estás então entregues ao mundo...
boa sorte!
não poderás jamais, voltar ao ventre de sua mãe...

Reflexões by Metrílica + (em homenagem às minhas amigas CPR, MOLF, AR, NALM...mães)

Foto de David--Ávila

Fracasso do Amor

Entre sonhos e desejos
Muitos choram e lamentam
Como alma perdida em um nevoeiro
Vão em busca de amor verdadeiro.

Vão em busca
De um carinho
De abraço
De um beijo
Assim o fracasso.

Se intimidam com o sonho
Se desesperam com o fracasso
Se perdem no desejo
Assim se entrelaçam.

Foto de Arnault L. D.

Para rimar com amor

Campo vazio e vasto
relva baixa e capim
nasce um broto, traço um rasto
frágil e jovem jardim

Aos pouco se alfombra
e as folhas tomam forma
e a desolação assombra
enquanto se transforma

Já se vê que é uma flor
já se nota um botão
se apressando em primor
a elevar-se do chão

Logo ela se abriu
a mais linda e bela
sob um céu de anil
fez-se espetáculo vê-la

Depois da flor, as sementes
se lançaram a procura
da eternidade jazente
na terra calma e pura

mas só pedras alcançaram
nova flor não germinou
e as sementes secaram
mas, a historia não findou

Pois, na lembrança aquela flor
sempre viva permanece
um “amor perfeito” , um amor
nunca morre, nunca se esquece

Foto de Marsoalex

A NOSSA HISTÓRIA

Faz muito tempo
Que me deste o livro em branco
Da tua vida, para que
Eu escrevesse, nele,
A historia do nosso amor.

Nas folhas em branco
Fui compondo o conteúdo
Do livro com a tinta
Das tuas marcas
Imprimidas em mim.
Marcas das tuas mãos
Sobre a minha pele.
Excesso de tua saliva
No céu da minha boca.
E um amor infinito
Armazenado no meu coração
Fizeram o rascunho
De uma biografia de sonhos...
Quando te encontrei novamente
Percebi que o livro que eu escrevera
Com a idealização dos meus sonhos
Não tinha a perfeição que eu idealizara
Mas tinha em suas paginas
A transparência e a pureza
Que eu preciso para acreditar
Na veracidade da historia
Que, mesmo incompleta,
Vale a pena ser lida...

E, como a historia está incompleta
Entrego-te as páginas que
Ainda estão em branco
Como um convite...
E nas linhas convidativas
Do livro da tua vida,
Que é o livro da minha vida,

Escreve sem precisar explicar
O que não tem medida
Nem cor nem tamanho.
O que não é para explicar
Porque não tem nome
E se faz em nós como um sonho
Antes e depois de todos
Os acontecimentos.
Historia que se escreve
Diariamente com a tinta
Dos nossos sentimentos.

Marsoalex

Foto de Marsoalex

LOUCURA SAUDÁVEL

Quando quero estar contigo
Uso a ponte de afeto
Que instalaste entre mim e ti
Que, mesmo movediça,
Sempre cobre a distância
Que nos separa.

Quando estamos a sós
É quando somos nós.
Vivemos a loucura
De um amor inusitado,
Injustificado...
Mistura de identidades...

Brincamos de viver
E rimos por dentro
Deste amor inacabado
Mas inteiro e completo
Em si mesmo...

Um encontro, um desejo,
Um beijo e o mistério
Mescla dos nossos sentimentos
Inadequados espalhados
Por todos os lados
Dos caminhos que se erram
Que se encontram
E se fazem atalhos
Para esse amor tão imenso
Mas tão criança que
Ainda precisa de nós...

Temos um amor único,
Sem igualdade.
Misticamente criado
Reciprocamente vivido
Com a ternura mansa
Da esperança infantil
Com a simplicidade da alma
Isenta de leis e contratos
Exercendo apenas a função de ser.

E vivemos um amor
Mais breve e mais profundo
Um sonho maior que a realidade
A loucura mais saudável
Que alguém já pôde viver.

Marsoalex

Foto de Marsoalex

A BEIRA DO TEMPO

Da loucura das minhas palavras
Faço poesia.
Do meu delírio verbal
Faço poemas.
E deixo que através daquilo
Que escrevo a criança que
Mora em mim possa falar,
Sem medo, do amor que
Sinto por ti.

Não sei escrever em códigos
Porque falo de amor
E o amor não é codificado.
Sempre escrevo claramente.
Sempre verás o meu eu
No que escrevo.

Em cada letra, o meu olhar.
Em cada frase, minhas mãos
Dedilhando carinho.
E mesmo que a escrita seja
Signos abstratos, o amor
Nela expresso e concreto.

Eu me habituei a esperar-te
A beira do tempo,
Enquanto as esquinas da vida
Dobram-se de espanto
Com a minha teimosia.
Estou presa a você
Sem grades, sem muros...
E distante...
Presa como só se pode
Estar quando se ama...

Quando a lembrança
Dos meus olhos se misturam
Com a tua presença
Tão ausente
Eu troco o meu sólido chão
Pelo vôo nas asas frágeis do amor
Que levam minha alma apaixonada
Na eterna busca da tua...

Marsoalex

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