A batalha: a Voz e eu

Foto de Rute Mesquita

Onde estou?
O que aconteceu?
Pergunto-me.

‘Não sei para onde vou,
mas, o meu Mundo estremeceu’
A voz respondeu-me.

Não sei quem és,
porque me baralhas e escoas na minha cabeça?
Fazes-me alucinar,
Dizes-me que fui traída pelos meus própios pés,
enquanto corria como uma criança,
Disseste-me que o meu Mundo acaba de abalar.

‘Disse e digo mais. Estás perdida…
A tua luz esvaneceu por entre as águas.
Se de algo estás arrependida,
Restaram-te apenas mágoas.
O teu Mundo hoje tremeu,
e tu caíste…
Salvei o teu Romeu,
como me pediste’

Salvaste-o?
Onde está ele? Porque não está a meu lado?
Magoaste-o?
Já não sinto o seu odor requintado…
Eu não estou perdida…
Estou confusa e tu sabes disso e apoderas-te da minha alma!
Estou arrependida,
pela sua ida,
mas, vou com calma...
Vou primeiro confrontar-te
para me erguer firme.
A mim, vais juntar-te
não vais? Afirme!
Desnorteaste-me,
tentas que eu caia nas tuas malhas,
pareço-te vulnerável?
Pois tu despertaste-me
encontraste a agulha errada por entre as palhas,
não te parece impecável?

‘Não… tu és indefesa,
estás acabada, de rastos,
tentas sempre ser forte,
guardas tudo dentro de ti.
És tu a minha presa,
nesta minha teia inacabada.
Vamos acabar com os pastos,
entrega-te a mim, à tua sorte.
Sorte ou morte?
Apenas uma letra de diferença,
parece-me que vais precisar de muita crença.
Estou farta de viver presa a um corpo que se rebaixa.
Por isso peço: Parta, esta caixa!
Quebra o que nos une,
Corrompe e sairás impune’

Não me vou render,
vou lutar, até te vencer!
Por mais fracassos que tenha tido
sei que tenho pessoas que me querem bem,
a quem faço falta,
O panorama pode não ter taxa alta,
mas, é perfeito e equilibrado também.
Tenho sofrido,
mas, não quero fazer sofrer.
Por isso, para teu castigo,
a ti não me vou submeter.
És apenas uma voz,
uma voz de revolta,
numa foz,
que brava se solta,
mas, acredita em mim,
está tudo bem.
Une-te a mim,
e seremos como um Jasmim.
E assim podes ver,
como não sou fraca,
vou-me eleger,
e largar esta faca.
Sei quem sou,
sei quem procuro,
sei bem onde vou,
e não temo caminhar no escuro,
pois quando vir uma luz,
irei apanhá-la,
é o meu Romeu, numa forma que me seduz
e jamais irei largá-la!
--
Fez-se silêncio por momentos,
até que a voz interrompe:
--
‘Agora, sem mais argumentos,
corrompe,
este manto escuro.
Enganei-me,
tens uma força quase que infinita,
não sei como, mas salvei-me,
de arder no meu arrependimento.
De provar a minha própria ira.
Não sei se nisto és perita,
mas, neste momento,
esta conversa me inspira.
Não te vou abandonar,
vou continuar-te a dar vida
e a ouvir-te.
Obrigado, meu corpo ideal,
julguei-te mal parado,
mas, és bem real’

--

Porque a vida é feita de pequenas guerras e todas elas começam por ser travadas 1º em nós. É o sabermos lidar connosco mesmo que nos permite compreender o Mundo. A compreensão de tudo o que nos rodeia parte da nossa aceitação.

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