É preciso Amar

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

Os relacionamentos equivocados que temos são frutos da grande confusão de quem somos, de como devemos agir, de como não devemos agir... portanto, de todas as estereotipias sociais. É claro que devemos seguir as convenções sociais, mas devemos, também, ter a capacidade de “filtrá-las” e adequá-las à nossa personalidade; porque senão fica como se pegássemos uma roupa de outra pessoa e a vestíssemos, só que é um número menor ou maior e não ficamos confortáveis.
As pessoas se queixam muito de não estarem se relacionando ou que os relacionamentos que vivem não lhes são satisfatórios. Mas o que fazemos para torná-los satisfatórios? É fácil queixar-se e contabilizar o que o outro não fez pela relação. É fácil mensurar que você está dando mais para o outro do que o outro para você. Como se fosse - mesmo - fácil medir quem dá mais! Já inventaram o “metro do amor”? Ou foi a “balança do amor” que inventaram? Cada um dá o que pode dar!
Todos trazemos uma infinidade de necessidades e esperamos que o outro as supra: por isso tanta infelicidade e desencontro. Ninguém tem a capacidade nem o poder de suprir tudo que precisamos para ser felizes.
O que mais percebemos, então, é o desencontro amoroso; todo mundo se economizando, esperando o outro dar, se entregar para depois se dar, se entregar – de conta-gotas - é claro! Medindo seus atos e palavras. Ou, então, ao contrário, dando de baldes, como se Amor fosse uma “isca” para pegar o outro. Faz-se necessário desenvolver a capacidade da entrega!
É óbvio que relacionamento não é tão simples assim. Existem dois quereres, dois corações que batem na expectativa de serem felizes.
Em toda e qualquer situação de vida – principalmente num relacionamento que queremos que seja amoroso – devemos sempre estar atentos se estamos confortáveis; caso não o estejamos, devemos nos colocar nesta sintonia ou sair da situação.
Mas como, então, conseguir nos colocar de forma confortável numa situação amorosa?
Primeiro: o Amor não se busca fora de nós. Ele está dentro de nós e fora é apenas reflexo. Jung já dizia: temos tudo dentro de nós! Inclusive o Amor.
O relacionamento amoroso acontece na nossa vida para se compartilhar o Amor.
Compartilhamos o Amor que temos dentro de nós com alguém que julgamos especial, e temos afinidade. E este alguém compartilha o Amor que tem dentro de si conosco, pois nos julga especial. Eis porque sofremos tanto quando não estamos tendo um relacionamento amoroso: não nos sentimos especiais! Ledo engano acreditar que só quando estamos tendo um relacionamento amoroso somos especiais. Por isso tamanha carência!
Somos especiais e ponto. Somos especiais porque somos únicos. Somos especiais porque somos singulares na nossa forma de ser e de agir. O nosso jeito de ser é só nosso, se outra pessoa se puser a fazer alguma coisa como nós a fazemos será uma simples cópia, porque nós somos o original.
Portanto, a nossa forma de expressar, seja amor ou opiniões, é única e intransferível!
Ao nos dar conta dessa nossa singularidade enquanto indivíduos devemos também, em seguida, nos dar conta de quais são nossos códigos. Digo sempre que nos relacionamos com a vida através de códigos pessoais e que dentro da nossa singularidade temos nossos próprios códigos sobre tudo na vida. Portanto precisamos aprender quais são nossos próprios códigos para que possamos “imprimí-los” em nossas vidas de forma consciente e, conseqüentemente, aprender sobre os códigos das outras pessoas, para que possamos decodificá-los quando essas mesmas pessoas se expressarem para nós através de seus códigos, também únicos e singulares. Caso contrário, por exemplo, quando alguém expressar seu amor para mim e se eu for usar meu próprio código posso não conseguir decodificar adequadamente e entender que essa pessoa não me ama, enquanto que, na realidade, essa pessoa tem um código diferente do meu para a expressão do seu amor. Então, quando nos damos conta de que cada indivíduo tem seu próprio código do que é Amor, concluímos sobre a impossibilidade de mensurar a expressão do Amor.
Embora seja gostoso nos sentir amado por alguém que julgamos especial, o mais gostoso é sentir o Amor em nossa vida; e isto nós podemos ter: o Amor está dentro de cada um de nós; precisamos apenas reconhecê-lo, decodificá-lo.
Perceba o quanto você é especial e único. Perceba o seu jeito especial de amar e de expressar esse Amor. Afinal, não tem jeito certo ou errado de amar ou de expressar seu amor, porque cada um tem um jeito próprio e único de amar e expressar o Amor.
Por isso, eu convido você a Amar! Ame a vida! Ame a você primeiramente e, depois, transpire amor, exale amor... transborde amor em sua vida, para todos os lados e para todos os que o cercam.
Porque, enfim, AMAR é preciso!
Édson Rodrigues Simões Diefenback
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Proibido a reprodução sem autorização
(Inciso I do artigo 29, Lei 9610/98).

Comentários

5
Foto de Daniella Napolli

Sinceramente, se eu fosse o Raul Gil, o convidaria para tirar o chapéu para o senhor. Realmente tudo o que li, caiu como um chapéu. Preciso aprender a me amar mais. As vezes tenho a impressão que fico mendingando um pouco de carinho, amor e atenção do meu marido...qq dia vou chutar o balde!

Foto de Leonardo Pontes

Li com muita atenção e carinho seu artigo. Amar realmente é um exercício que deve ser praticado no nosso dia a dia. Aproveitando este espaço,gostaria de perguntar ao senhor como fazemos para esquecer alguém que amamos e nos deixou?

Foto de Débora Albuquerque Souza

Realmente precisamos saber amar e só se aprende amar, amando!
Quando estudamos, aprendemos matérias como exatas, humanas e biológicas, mas não aprendemos nas cadeiras de uma escola como amar. Nenhum educador fala sobre sentimentos. Parabéns. Débora

Foto de Fatima Cristina

EDSON RODRIGUES

depois de ler seu texto tenho a certeza q mts pessoas procuraram bem fundo dentro delas esse amor q falas com tanta certeza, tenho pena q de facto exista tanta gente no mundo q em primeiro lugar temos q nos amar a nos proprios pra depois podermos dar esse amor.
no entanto quero agradecer o facto de poder relembrar me desse amor q `e fundamental sentirmos em nos.

obrigado.
um beijo muito grande com carinho.

cristina costa
fique com deus

Cristina Costa

Foto de Carlos Magno

Grande Edson, fora de série o que escreveste. tua forma de escrever tem um filosofia semelhante da seicho-no-ei que é basicamente doar o coraçao (nosso interior)dentre outra coisas. Se tiver oratória da mesma forma como escreve, tu poderias realizar palestras pois suas idéias são muito bem concatenadas, claras e sem dúvida nenhuma sua mensagem seria captada. Reconheço muito bem o valor autoral, ainda mais tb gostando de escrever, contudo tua mensagem não pode ficar restrita a um site, é preciso que seja levada adiante. Merecemos nosso valor por aquilo que escrevemos sim, mas o melhor reconhecimento é de nosso público.porque copiar qualquer um pode mas prodigiar um artigo como este teu, só mesmo a mente de teu idealizador. Um grande abraço.

Carlos Magno

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