loucura

Foto de gilsanjes

AUTOFAGIA

Sentei-me a mesa
Fiquei analisando
Cada traço de meus movimentos
Foi ai que percebi
Como estou a mastigar revoltas
Soltas laudas de proteínas
No gosto da autofagia

Nos movimentos dos maxilares
Uma busca de minimizar
Os grandes delírios que engasgo
Na água que limpa os sujos
Estou observando
Cada reticulo endoplasmático
Como meus órgãos
Para gerar outros organismos.

Força latente nas veias
Os grãos dos sonhos
Distribuídos pelo corpo
Fico me olhando sentado
Um prato sobre a alma
Um corpo sobre a mesa
Dou-me um olhar irônico
Volto-me para meu corpo...

Foto de Belinha Sweet Girl

Acredito...

Acredito...
Na vida, no destino, no fim.
Acredito que devemos viver um dia de cada vez,
Planejar é bom, mas é incerto.

Acredito nos sonhos, na fantasia, na imaginação.
Sonhar não custa nada,
E se fantasiar é, por um momento, esquecer o mundo,
Façamos!

Acredito no ser humano, suas emoções, seus segredos,
E que cada pessoas tem alguém dentro de si
Implorando para revelar-se
Escondido por trás dos medos de cada um.

Acredito no esforço, nas metas, na determinação.
Tudo o que conquistamos com o próprio suor
Se transforma em orgulho e reconhecimento.
A vida responde bem aos sacrifícios que fazemos.

Acredito no amor, na paixão, e só.
Não há outros sentimentos que definam melhor
A incrível necessidade do ser humano de ter alguém,
Que desperta a vontade de compartilhar tudo de bom que temos a oferecer...

Foto de Emilio Ferraciolli

Todos Somos

Não sou fraco nem forte, sou um poeta de sorte, caído do céu, escorregando e descendo, aprendendo a viver.
E o mais engraçado, é que quanto mais aprendo mais caio. E por que não com um sorriso,
animado e preciso?
Sei que você também pode, é só se deixar levar, mais nunca para de olhar por onde passar,
há bandidos pelas ruas
os loucos estão á solta,
e nós é que ficamos presos...
Rara criatura, esse discurso já caiu da moda! Todos nós temos um pouco de tudo, de louco,
de soltos, de ruas...

Estamos soltos, essa é a grande verdade!

Há mulheres pelas ruas,
soltas e cheias de desejo.
E a homens covardes,
encapados de luxuria.
Há também jovens que se amam,
e planejam o seu futuro.
e há solteiros e casados que planejam,
um grande assalto.
Há músicos e poetas, que deliram sem vergonha,
e há poetas transformados pelo uso da maconha.
Há quem seja religioso, e também há quem não seja.
No final o santo é puto, e o ateu abraça tudo.
Para um se fala sexo, para outro se diz amor,
numa grande combinação de amantes, e esposas.
Há políticos puros, e há homens burros.
Há bandidos pelas ruas
os loucos estão á solta,
e nós é que ficamos presos...
Rara criatura, esse discurso já caiu da moda! Todos nós temos um pouco de tudo, de louco,
de soltos, de ruas...

Foto de LuizFalcao

Rios de Gente!

De LuizFalcão

Centro da cidade!
Rios de gente ganham as ruas!
Rostos em quantidade!
Em quantidade, bocas... olhos... pernas...

Bocas em silêncio!
Bocas em conflitos!
Bocas que metralham palavras perdidas!
Bocas que falam o que não sabem!
Bocas que sabem e que não falam!

Olhos!
Olhos que sorriem!
Olhos que choram!
Olhos que se fecham!
Olhos que se olham!
Olhos que se negam!
Olhos que seguem os desenhos das calçadas!

Membros!
Membros que se agitam!
Braços que se acotovelam nas entradas!
Pernas que tropeçam nas saídas!
Tantos braços!...
Tantas pernas!...
Em movimentos frenéticos no balanço do andar.

A grande massa de gente se multiplica com o passar das horas.
“Formigueiros” humanos!
Sobem e descem os arranha-céus com pressa!... Tanta pressa!
O tempo não espera!... Os ponteiros dos relógios não param!
E mais pressa!...

Pensamentos voam longe!...Atravessam fronteiras!...
Viajam o mundo na face dos caminhantes.
Muitos rostos nos olhando nos olhos,
Espelhos da alma dos viajantes!

Tristezas, alegrias, decepções!... Amores!... Paixões!
Mundos em meio a outros mundos, satélites de si mesmos!
Universos únicos em expansão!

Foto de serpent possession

Desafiando o que há além do espelho

Algum dia eu tentei olhar no espelho
Mas sem querer e sem a mínima intenção
Vi a outra presa dentro de mim
Ela se encontrava aprisionada em meu olhar

E tentava gritar e tentava sair
Mas eu não podia deixar
Ela se apossar e tomar a minha forma
E todo o meu ser

Eu não podia mais evitar vê-la sempre rastejando e implorando pra sair
Mas ela era uma estranha
Eu não a conhecia e tão pouco pretendia

Por meses tentei em vão
Apagar da minha cabeça a memória daquele espírito vazio
Que insiste em vagar em meu olhar
Eu tentei, eu juro que tentei, mas foi em vão.

Hoje ela continua em mim
Me respira, me come e me deseja.
Corre em minhas veias toda a sua miséria
Mas pra mim não passa de mero delírio nem chega a ser um devaneio
Ela ainda está em mim

Mas só mais uma coisa
Nunca olhe o espelho
Porque ele pode refletir o que há muito tempo você não quis enxergar
Mas se quiser encarar sem medo vá em frente porque o quanto antes melhor

Foto de serpent possession

O novo eu em mim

No começo algo nos deixa incrédulos
Até que o desespero nos consome
E quando menos imaginamos
Um estranho dorme ao nosso lado na cama

Veste nossas roupas toma o nosso café
E quando menos se imagina
O estranho somos nós

E um lugar que era confortável de ir
Agora se tornara um lugar estranho
Sentimos medo de tudo e todos
Nada está protegido

É como se fizesse brotar cromossomos nas calçadas
Ruas e residências

E o estranho dentro de nós
Começa a se expressar
Ele quer mandar na gente
Assumindo uma nova personalidade

Mudam-se as idéias, continuam nosso rosto e nome
E nada mais
O estranho era um eu, esquecido na poeira do quartinho velho e sujo

Ele sente medo de sentir medo
Sabe como é sair na rua com medo das outras pessoas que não passam de pobres senhores e senhoras velhos ou não, rondando as calçadas enquanto o cachorro passeia... (pessoas como eu ou você)
Essa pessoa assume atitudes e sentimentos novos
Tirados (talvez) de um pedaço de cabelo nosso que estava perdido na escova de cabelos
Era um pedaço dos nossos sentimentos e atitudes nunca expressadas e que agora eram descobertas por outra pessoa

Outra pessoa que acha que sou eu
Que tem o mesmo nome, mas não os mesmo sentimentos
É um eu esquecido que esqueceu de ser descoberto por mim

Foto de Felipe Ricardo

Copo de Vinho

Ah bebida esta que envervece
Meu sangue fazendo meu triste
Coração bate e bate tão forte
Que nada o faz assim calmo

Ah siluosa gota de vinho que
Escapa de teus atrantes labios
Fazendo assim caminho ate teus
Seios, riscando assim tua palida
Pele com o sutil vermelho mais
Escarlate que a propria essencia
Da luxuria que me faz seguir
Teimosa gota esta que de ti foge

Ah bebida esta me faz assim criatura
Profana a escrever estas insanas
Palavras sobre devasos pensares
Que assim fazer bebida esta acabar

Foto de Felipe Ricardo

Mais Um Vinlacete Sobre o Tempo

Não há assunto mais chato do que
O tepmo, pois quando mais o quer
Smpre ele se esvair, mas quando
O se detesta ele teima a aqui fica

A como o arrependimento me envolve
Por não ter tido mais e mais tempo
Quando quero com voce esta, mas
Ele titã insano do tempo me faz
Desafio perdido, pois com ele
Brinco e cansado sempre fico
Por perder-te para esta quimera
Que me consome pouco a pouco

Mas luto e o faço pequeno perante
O meu gostar e a lua lá de cima
Dele ri e fazendo noite mais
Longa com voce vivo e quardo-te m sonho [...]

Foto de Carmen Lúcia

Bem-vindo ao mundo!

Sem passaporte, confiando na sorte,
meio que se atropelando
entre atropelos vagando,
junte o que pode juntar
e se embrenhe pelo mundo
vasculhando o vazio e o fundo,
indo aquém e além
do que se possa imaginar...
Caminhadas desacertadas;
um ir e vir sem definição,
sem mudanças, mesma direção...
“Mens (in) sana in corpore (in) sano;”
pisando o sagrado, driblando o profano,
finitos e infinitos superando;
sempre viajando,
perdendo-se em labirintos,
achando-se em círculos...
Movimentos cíclicos
que levam ao mesmo lugar
da chegada...ou da partida?
Quem há de saber?Tanto faz!

E nessa roleta-russa
denominada “Vida”,
há o certo e o incerto
e também a sobrevida...
Um jogo de azar,
a bala não vencida,
cartada pré-estabelecida,
vitória favorecida...
Sorte?
Única certeza:
Morte!

(Carmen Lúcia)

Foto de Graciele Gessner

Um Jeito Torto de (vi)Ver a Vida. (Graciele_Gessner)

Dinheiro não me traz felicidade.
Não recupera a minha juventude.
Não devolve a minha saúde.

Dinheiro para alguns é prosperidade.
Na falta, é ausência de oportunidade.
Para outros, o dissimulado poder
Em que predomina muita falsidade.

Dinheiro não fez e nem me transformou,
Simplesmente me aprisionou...
Ao que chamamos de consumismo,
Ao gasto absurdo e descontrolado,
Desperdiçado, inutilizado...
Dinheiro perdido.

21.06.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

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