Blog de Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Balas Amargas

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Balas interrompem o amor,
Balas encerram o futuro,
Balas formam desumanos
Nas escolas e nos oceanos.

Nos prédios e nas cabanas,
De uma máquina pobre e podre
Torpes pensamentos embaçados
Tecem tramas de atos obscuros
Em troca do poder que consome:

Futuros religiosos,
Futuros cientistas,
Futuros professores,
Futuros bons políticos.

Futuras boas mães,
Futuras grandes promessas,
Futuros e grandes cantantes,
Futuros e sensíveis poetas.

Marilene Anacleto

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Poeminha do Mar

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Cada dia é um sol,
Cada dia as ondas se deixam
Espraiar suas rendas de sonhos,
Em desenhos que a imaginação alcança,
Em poemas que a mente escreve.
Coração e alma agradecem.

Marilene Anacleto

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O Poeta Canta

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Os dias correm feito raios pelo céu
E tudo o segue: borboletas, mariposas,
Árvores, flores, frutas, montanhas e animais.
Sob os olhos dos raios nascem filhos,
E sob os olhares do sol abrem-se brotos
E flores, amadurecem os frutos e os filhos.

Os dias correm sem ter nenhum propósito.
E o homem, geme o realejo das lembranças,
Prende-se ao passado, já sem distâncias.
Pensa o futuro nas ondas que não vieram
Perde-se nos dias sem nenhum prognóstico
E a si mesmo faz espera pelo vento que o leva.

Mas o poeta, o poeta canta tudo o que vive,
E o que não vive, faz viver em suas letras.
Feito o rio, cuja água sempre nova traz o broto,
Feito a sombra que espreita o sol que tudo louva,
O poeta canta o rio que se avoluma em utopias
Na dimensão do tempo do infinito sem rotinas.

Marilene Anacleto

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Torneira

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Torneira lentamente a gotejar
Primeiro impulso: apertar
Para não desperdiçar.

Não. A água está criando
Maneira de se libertar

Por quantos quilômetros presa
Encanamentos e tanques
Recebe química em montes
Não dança mais como antes

Morreu para o cheiro da mata
Esqueceu a companhia das folhas
Não é mais o espelho da floresta
Que abriga ninhos de rolas

Sem vislumbrar o horizonte
Sem respirar o ar puro
Forma bolhinhas de lágrimas
Tenta sair do escuro

Quem sabe ainda leve anos
Para o encontro de irmãos seus
À semelhança dos homens
Em busca dos caminhos de Deus.

Marilene Anacleto

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Renascer

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Gaivotas bicam pequenos peixes.
Cães perdidos, lindos, farejam restos
De peixes extintos,
Antes do nascer do sol.

Nuvens incandescidas refletem
Ondas ao longe,
Enquanto as rendas esparsas,
Iluminadas,
Massageiam meus tornozelos.

Pés descalços,
De areia e águas banhados,
Outrora de unhas pintadas,
Hoje respiram aliviados.

Surgem pequenos barcos,
Seguidos por bandos, em alarido,
Enquanto, em terra,
Homens puxam redes,
Carregadas de peixes.

Nuvens espessas fazem chuvisco,
E trazem imenso arco-íris.
Presente dos céus
Deleita minha alma
Vivifica o dia que recebe o sol.

É outono,
Outono ainda quente
Que incomoda,
Mas também alegra muita gente.

Marilene Anacleto

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Estrela de Cinco Pontas

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Estrela de cinco pontas
Em cruz, de braços abertos
Abençoa os pequeninos
De paradeiro incerto.

Derrama magia e brilho
Na vida dos quem têm teto
Que venham a cobrir meninos
Que dormem a descoberto.

Vão-se penetrando os raios
Em corações abertos
Já se torna realidade

O paraíso certo
Há muito anunciado
Pelos sábios e profetas.

Marilene Anacleto
05/03/99

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Sopa de Frutas (sem açúcar)

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Dia de feira,
Mas, ainda está cheia
A minha geladeira.

- O que fazer
Com a fruta que sobra?
- Que tal uma sopa?
- Mãos à obra!

Pique as frutas,
Deixe-as separadas:
Maçã, mamão, banana,
Outras que tiver em casa.

Panela, pouca água,
Uma pitada de sal,
Coloque a fruta mais rija
Deixe ferver por igual.

Junte depois a banana,
E também deixe que ferva,
Coloque depois o mamão,
Apenas uma esquentada.

Se tiver, coloque outras,
A cada uma, leve fervura.
Quando acabar, abafe tudo,
Nem um ‘tiquinho’ de açúcar.

Quanto mais tempo guardado,
Tudo fica mais ‘docinho’
Pode servir com pudins,
Polenta ou um mingauzinho.

Uma sopa bem quentinha
Para esses nossos queridos.
Boa comida e chamego,
Para o amor de nossa vida.

No verão ou no inverno,
Com granola ou com sorvete,
É uma forma de amar,
O carinho com que é feito.

Marilene Anacleto

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Passeio por Minhas Vidas

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Passeio por minhas vidas,
Num ir e vir feito ondas
Procuro razões para não ser
Aquilo que me incomoda.

Em regressão consciente,
Frente à cena, próxima à dor,
As vidas logo se achegam
Com o Mestre do Amor.

O amor que ressurge
E, em vidas resiste,
Traz também suas dores
De forma imprevista.

Consciente de tudo
Nas águas, nas matas,
Em mesas de bares,
Em sexos frágeis,
Nas danças, nas facas.

A mãe, outrora irmã,
Em outra vida rival
Trago à luz esta cena
Para torná-la amor.

Depois me vem o sobrinho
Tão sozinho, tão carente,
Em outra vida bebezinho
Chorava a mãe ausente.

E aquele meu irmão,
Em outra vida, o amor,
Voltou para me encontrar
E dar-me o que não doou.

E assim vou passeando
Por algumas vidas por vez,
O Mestre de Amor, comigo,
Aceito a lição a aprender.

Tantas e tantas vidas,
Distâncias infindas,
Já não estão mais aqui,
E influenciavam a vida.

De uma vez, a conturbação acalmou,
De outra, a pasmaceira se agitou.
O trabalho com dinheiro melhorou
Volta o amor, que para trás ficou.

Minha alma compreende:
Que viver o hoje é progredir.
O que passou não se muda,
O que se viveu não se pode repetir.

Basta ver o que aconteceu
Reconhecer que foi feito uma escolha,
Como Deus nos ensinou, a melhor de todas,
Vida nova... aprender, ensinar e ser feliz,
Sem medo, sem raiva, sem culpa!

Terapeuta e amiga, de amor e renúncia,
De vidas infindas, irmã de outrora,
Não sei em quantas vidas, esperança ressuscita,
Ajuda-me a passear por muitas vidas.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

A Casa

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Quando voltarei para casa? Quando poderei, eu, vê-la?
Estará no meio da floresta, ou está em alguma estrela?

Sei que é aconchegante e tem primoroso valor,
Consigo identificá-la por seu valoroso calor.

Lá posso estar à vontade, jogar sapatos, se quiser;
Lá eu não sinto nem fome, não há pratos, nem talher.

Não há roupas, não há camas, nem fogão ou cobertor,
Lá, toda a calefação é feita à base de amor.

Onde está a minha casa? Demorarei, eu, para vê-la?
- Fica calma, minha filha, está dentro de ti, é a tua estrela.

Marilene Anacleto

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Dia de Chuva

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Contemplo o mar
Neste dia de chuva
Caminhadas,
Só de guarda-chuva.

Nem pescadores,
Nem surfistas,
Nem crianças
Ou banhistas.

O mar está em paz
E, com ele, o sossego
Volta ao seu lugar.

Marilene Anacleto

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