Blog de Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Sinto Falta do Meu Bem

A estrela brilha
Com a luz do sol.
Qualidades muitas,
Contidas no doce amor.

Cuidava de minhas plantas,
Ele cultivava orquídeas.
Alimentava pássaros soltos.
Ele, viveiros mantinha.

Ele partiu, antes do previsto.
Meu coração encheu-se de tristeza.
Amarrei nas árvores as orquídeas,
Retirei toda a tela dos viveiros.

Hoje minha estrela brilha,
Minh’alma vive sonhos de ouro.
Orquídeas, aos montes se multiplicam,
Bandos sem fim visitam o comedouro.

Agora minha estrela brilha
Na vida das orquídeas,
Nos bandos de pássaros
Que me fazem visitas.

Ah! Sinto falta do meu sol,
Das fagulhas de vida do eterno,
Do que sonhamos juntos na aurora,
Da fiel estrela que brilhava em versos.

Foto de Marilene Anacleto

Doce Amor

Uma palavra não dita
inventa coisas
em nossas cabeças
E nossa mente
falante, falante,
deturpa, critica,
julga e condena
a nós mesmos
ou a alguém
Palavra, palavra,
palavra tem poder
poder de trazer
uma discórdia
uma doença.
Poder de trazer
um mal estar
feito uma azia...
Ai que azedume!!!

Vou falar... Vou dizer.
Falei tudo... Desabafei...
Não era o que pensei.
Foi-se o tormento e a dor
Era amor, doce amor.
Palavra, palavra,
palavra dita,
bendita,
traz a mente de paz
traz afeto capaz
do respiro de alívio
sem julgar mais
sem segurar ais.
Palavra, palavra,
que faz a dança
e se reúne ao canto
dos pássaros
em alegria e harmonia.
É um doce amor,
feito bolo de fubá
com banana,
assado na chapa
do fogão de lenha,
na folha da bananeira.
Ai que doçura...
Ai que saudade!!!

Foto de Marilene Anacleto

Amor e Frio

Chegou o frio no sul.
No céu limpíssimo
Conto as estrelas.
Tudo sai dos armários
Sobretudos, gorros, meias.

Sopas cremosas e chás
Bebidas para aquecer mais.
Talvez diga que não queira,
Mas, só uma louca dispensa
O calor de um companheiro.

Sem saber o que é de quem,
Um mais frio, outro quentinho,
Os dois, feito mesmo um nó,
Num grande abraço afetivo
Compartilham o cobertor.

Puxa aqui, afrouxa lá,
E começa a brincadeira.
Do frio até o suor
Tudo pode acontecer
Se os atos forem feitos
Com a linguagem do amor.

Foto de Marilene Anacleto

Um Chá Quentinho

Domingo à tarde
Achega-se a chuva
Com vento e frio.

Queimo o açúcar,
Maçã em pedaços,
Esmago o gengibre.

Canela em pau,
Cravo amassado,
Água na medida.

Deixo bem cozido,
Mais uma fervura,
Co’um pouco de vinho.

Afinal, é inverno.
Uma boa bebida,
Afeto e carinho,

Aquece o sangue,
Acelera o peito,
Agita no frio.

Foto de Marilene Anacleto

Sinos Sonoros

Tal sinos sonoros de uma catedral
Serena brisa a tocar-me o ombro
Deste-me um acordar musical
Ao tirar-me de insosso sono.

Em sonho vagava por caminhos
Normais, mas sem cor e sem destino
Admirava as plantas sem senti-las
Amava os cristais e não os compreendia

Sem tocá-la, pela grama caminhava
Conversava com pássaros. Eles não me respondiam
Sem vivê-las, em muitas ondas mergulhava
Dançava com o vento e continuava isolada.

Átomo a átomo as sonoras badaladas
Converteram o medo em coragem
Transformaram o vazio em plenitude
Tal milagre, a distância se tornou intimidade.

Barreiras da persona e do egoísmo
Transpuseram-se ao nível da alma
No reino do eterno cada vez mais habitamos
Alma despertada, espaço físico transfigurado.

Não há distância nesse espaço de alma
Ainda que longe permaneça a harmonia
Unidade de almas não se rompe facilmente
Sinto o fluxo da vida e tua amorosa companhia.

Foto de Marilene Anacleto

Apaixonados

Acordes
De valsa
Na noite
Que passa

Seis horas
Manhã
Sol nasce
Na praia

Os beijos
Ardentes
Do sol
Na água

Extasiam
Os corpos
Suados
Na areia

Corados
De amor
O sangue
Nas veias

Os lábios
Unidos
O dia
Iniciam

O beijo
Acalma
Os cantos
A fala

N’areia
Voamos
Ao som
D’uma valsa.

Foto de Marilene Anacleto

Tributo a Este Site e Participantes

Alguns caminhos que cruzo,
Fazem-me deslizar.
Certas pessoas que encontro,
Permitem-me flutuar.

Na vida e seus embaraços,
Dos espinhos brotam flores,
Caminho com seguros passos,
Absorvo lições dos olores.

Minha bússola são estrelas,
Tanto próximas quão distantes.
Companhia são as nuvens
De deslizes flutuantes.

Tendo tanto a dizer
E difícil alguém ouvir
Ouvidos plenos de alma
Encontro-os bem aqui.

Certos caminhos que cruzo
Prendem-me mais que amar:
Aqui encontro amigos-irmãos
Que são o meu caminhar.

Foto de Marilene Anacleto

Flor do Campo

Indelével, verdadeira, franca,
Reina pelos campos que se perdem
Num bailado, até onde a vista alcança.

O aroma genuíno que se forma
Do composto das belezas que ora são,
Ao Ser mais delicado me transporta.

A memória celular que se formou
Ao “Haja Luz!” do Majestoso Criador,
Pelos tempos e espaços caminhou.

Sem enxerto, sem genética ou tratamento,
Conduzidas por esvoaçantes seres,
Chegam até o tecnológico tempo.

Sinto-me tingir, ao caminhar entre elas,
De verde, azul, lilás e de amarelo.
E, de laranja se veste a minha pele.

Tecem minhas sandálias, os gnomos.
As fadas, meu vestido, em seus vôos.
Ao sabor do orvalho me renovo.

Flutuo em mundo perfumado e colorido.
Original, ingênuo, benfazejo e alegre,
Com mesclas entre a Terra e o Paraíso.

Foto de Marilene Anacleto

Angústia

Angústia inesperada, que impedir não se pode,
Por que me persegues tanto, feito doença danada?

Fechas-me a porta do mundo, travas-me sorrisos no peito
E, como num sonho profundo, transformas-me em pesadelo,

Onde há pássaros e sóis eu já não consigo vê-los,
O amanhecer é bem pior do que a noite sem estrelas.

Vai, angústia, vai embora! Fazes parte de algo de mim
Mas, tinhas de vir agora, num lugar bonito assim?

O espelho da Lagoa transforma tudo em dois:
Beija-flores e pássaros em vôo não passarão outra vez.

Preciso sentir o Agora, com a alma incandescente,
Não sei se terei depois, lua cheia e sol nascente.

Vai angústia, vai embora! Deixe-me a sós com meus ais.
Só assim, a Luz da Vida poderá, de leve, entrar.

Foto de Marilene Anacleto

Enigma

Teus atos são hieróglifos
A um passo das gaivotas,

Que quando voam são graça,
Quando pousam, pernas tortas.

Alguma hora, caramujo
Em outra, um escafandro.

Não sei em que mundo vives.
O céu, com lunetas mapeio,

Na ânsia de encontrar
Um ponto em ti semelhante,

E qualquer conhecido mistério
A que possa comparar-te.

Tua vida indecifrável,
Lida milímetro a milímetro,

Sempre será para todos
Tal esfinge do Egito.

Desvenda-te, homem!

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