Blog de Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Moto Home

Vou vender o meu terreno,
Uma preciosa gema
Vou comprar um moto home
E procurar minh’alma gêmea.

No inverno, vou ao norte,
No verão vou para o sul
Em busca do moreno forte
Ou, quem sabe, um olho azul.

Naqueles acampamentos
Há muito companheirismo
Onde a alegria impera
Em meio à música e risos

Primeiro juntam-se as mesas
Depois um traz carne assada,
Pastel frito e bebidas,
Enquanto rolam piadas

Surge aquele com a viola
E vem sanfona e pandeiro
Dança até avó e neto
Numa grande brincadeira

Vou pegar meu moto home
E colocar o pé na estrada
Aqui não chega nem príncipe,
Sequer a égua branca cansada.

Foto de Marilene Anacleto

Tão Só

Por andar assim tão só
Estou em boa companhia,
Não desconheço meus nós
E já não me sinto vazia.

De mim, tudo experimento,
Pois saber tem a ver com sabor.
Falante ou inteiramente muda,
Cada gosto, cada alegria e cada dor.

Lembro amores perdidos
Amores de asas douradas
Amor não correspondido
E outros ao longo da estrada

Dos amores permanecem
Lembranças maravilhosas:
De ser uma só com as estrelas
Ou estar em nuvens cor-de-rosa.

Ademais, nos dias de graça,
Nos dias de maior rancor,
Ou tristeza passageira,
Prevalece o bom humor.

E, ‘depressa tudo passa’
E volto a ser eu-contente,
Quem sabe, outro amor aparece
Ou invento coisas que me façam
Sentir-me luz, sentir-me gente.

Foto de Marilene Anacleto

Filhos do Amor

Filhos e filhas do amor
São atirados no lixo
Nas portas de hospitais
Em lugares esquisitos

São tantos a cada dia
Filhos do amor bandido
Filhos de amor proibido
De amor descomprometido

Alminhas iluminadas
Atraem almas douradas
Num dia todo de graça
Socorro em tempo hábil

Abre-se o futuro de luz
Abraça, adota, caminha
Outra alma mui brilhante
E já tem uma família

Depois vem a educação
Carinho e amor, alegria,
Saúde, alimento e estudo
E uma vida de poesia

Pais e filhos se elevam
E têm uma vida melhor
Graças ao ‘dia de sorte’
Resgatado pelo amor.

Esses puros filhos do amor
São, a um ninho convidados
A desabrochar sua luz
Em um novo santuário.

Foto de Marilene Anacleto

Num Livro de Poemas

Num livro de poemas
Palavras formam escadas
Desaguam em quedas d’água

Cada página uma surpresa
Nos desenhos formados por letras
Um fiozinho d’água, uma cachoeira

Uma vela, um pequeno barco,
Um número oito esticado
Dançam páginas e páginas

Às vezes, um estranhamento
São olhos a voar o pensamento
De cada página, embalo e movimento.

Amo cada um dos desenhos
De um livro de poemas
Voo e revoo a cada tema.

Convidam-me, as letras dançantes,
A valsas, a tangos, a romances,
Capazes de trazer belas nuances
A uma alma de um tempo frio e errante

Habitante de outras dimensões
Alegria e leveza são bordões
A transformar sonhos em ações.

Saio do mundo mecânico, em lazer,
Prazero-me no santuário de ler
Equilibro-me no sorriso do viver.

Ah.. um livro de poemas!
Agradável aos olhos, leitura amena,
Para qualquer alma que não for pequena.

Foto de Marilene Anacleto

Noite

Cansaço do dia,
O sono aí está.
Branquinha
Late, sozinha.
E agitadas,
As corujas a piar.

Será alguém?
Ou um cão
Estranho
Passa pela rua?

Outro silêncio
Só grilos cantam.
E o manto da noite
Prende pássaros
E seu canto,
Até o
Orvalho primeiro
Mostrar-se diamante.

Silêncio.
Memória de amores
Desfila sentimentos
Gosto bom
De amor
Bem feito
Noite de bom proveito.
Boa noite.

Foto de Marilene Anacleto

Cheiro de Eternidade

Noite. Na Lagoa tudo é breu,
Feito recônditos do eu
Que ninguém jamais percebeu.

Nem eu: Mistério.

Cobras? Peixes? Sapos?
Que tipo de entidade freqüenta lagos
Em noites sem claridade?

Árvores e rochas circulantes,
Grãos de areia e plantas circundantes
Contêm mistérios além-espacial radiantes.

Espiritualidade, ciência e tecnologia
Unem-se, hoje, a descobrir feliz magia
Que traz beleza aos olhos, dia após dia.

Mas, e as noites? Continuam mágicas.

E a imaginação, fértil e fantástica
Faz-me, de outros tempos, uma alma
A vagar pelos beirais dessa água.

Feito sonho realizado em época boa,
Sem fúria e sem amor, sou a Lagoa,
Sou árvore que fica e ave que voa.

Então, não há noite nem há dia.
Não há mistério. Entretanto flui a magia
Da eternidade perene que irradia.

E nós, em volta dessa Lagoa,
Em namoros de hoje e de outrora,
Vemos a terra girar até nova aurora.

Desde tempos primordiais
A vida, ao mesmo amor pertence,
Numa trajetória sincera e perene.

Constante, agora, do nosso dia-a-dia,
Basta parar para sentir a alegria
Dos momentos que outrora se vivia.

E trazê-los na noite na Lagoa em magia,
Sem mistério e no silêncio,
Entre abraços de harmonia.

Foto de Marilene Anacleto

Quero-quero

Quero-quero
Amedrontado
Aponta esporas
Acocorado

Defende filhotes
Assustados
Por cachorros
Esfomeados

Cuida, quero-quero,
Dos filhos amados
Que alegram
Este Planeta
Encantado.

Foto de Marilene Anacleto

Adeus

Um adeus sem despedida,
Sem por do sol, sem abraço,
Sem desejo de felicidade.

Por andar na corda bamba,
Acostumada que sou,
Estranho a estabilidade.

O fio que conheci no tempo
Empolga-me a seguir avante.
Mais que um sorriso me atrai.

Sentimento acorrentado,
Sem ter fé no ser amado,
Não é possível se amar.

Um adeus sem despedida,
Sem desejar boa vida,
Sem culpa e sem engano.

Sossego e tranqüilidade,
Segurança e comodidade,
Ainda escolho o fio de arame.

Foto de Marilene Anacleto

Amigo de Alma

Teu sorrido acolhedor
Recorda-me Deus,
E Seu sorriso abençoador

O colo para a criança perdida,
Colo de mãe, colo de Deus,
Que me energiza a vida

Teus ouvidos,
Que guardam meus desabafos,
Imensos confessionários.
Ervas frescas para a alma,
Minha vida e coração restaura.

Meu amigo de alma tenha,
Uma vida repleta de risos,
Alma amiga por serena companheira,
Celebrada em castelos do Paraíso.

Onde bordados da vida,
Em arabescos tecida,
Sejam estrelas em manto,
A mostrar-lhe o sol do seu pranto.

Que a teia da vida envolvida
Jamais perca o seu encanto.

Foto de Marilene Anacleto

Trovoada de Vento

Trovões chegam a galope
Chicoteiam o horizonte
Com raios flamejantes
Assustam o povo em pânico
Com a grande velocidade
Com que arrastam tudo.
A água e o vento.

Água e vento.
Trovoada de vento.

Por onde passa a galopar
Varre, lava, revolve,
Tira tudo do lugar,
Enquanto nos varremos,
Revolvemos e choramos.
O amado abraçamos,
Os queridos beijamos.

Neste momento
Sou somente Amor,
Amor a todos,
Amor e medo,
Medo por todos.
E por longo tempo
Não quero dormir,
Não posso dormir.

Mas o abraço dos queridos
E o beijo do amado
Afastam-me do medo
De não amanhecer.

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