Blog de Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Fogo Faceiro

O fogo faceiro
Invadiu meus corpos,
Espalhou fagulhas no ar.
A água tentou apagar.
Mas, o vento brincante,
Fez das chispas dançantes,
Estrelas a brilhar.

Encontramos o sol.
O vento cantante
Continuou o caminho.
As estrelas brilhantes
Ocultaram-se no brilho.
As faíscas errantes,
De luz me imprimiram.
No abraço, o romance.
Os corpos dormiram.

Foto de Marilene Anacleto

Amo-te Tanto!

Amo-te tanto ...
Quanto amo o luar cheio
A desenhar nossos corpos
Em poses inexatas,
De estrelas, salpicadas,
Nas almas límpidas,
Em beijos de serenata.

Amo-te tanto ...
Quanto amo o fresco mar
Que acolhe nossos corpos
Soltos na madrugada
E nos refaz, nos desune
No calmo e sereno beijo
Após a dança dos vagalumes.

Amo-te tanto ...
Quanto amo o doce sol
Que beija a nossa janela
E nos desperta em plenitude.
Em estado de luz nos recebe
Um novo e sagrado dia
E, nossos corpos, aquece.

O amor é estado de graça.
Ama o amor, só vê a beleza,
Vive de bênçãos e gentilezas.
Mesmo se for curto,
As nossas ricas memórias
Fazem deste amor, beleza e graça,
Um tempo encantado que não passa.

Foto de Marilene Anacleto

Não me Fira!

Se de mim te aproximares,
Não me fira, por favor!
Em estado de fragilidade
Estou, por uma grande perda:
Arrancaram-me as esperanças,
As alegrias, a auto-estima.
De lutar, perdi até a vontade.

Ao te aproximares de mim,
Traga-me afago, sorriso, elogio.
Receber-te-ei com carinho
Retribuir-te-ei com gratidão
Por respeitares meu vazio,
Dar-me força para vencer a dor
Do abandono de um coração.

Sou peça rara, de inestimável valor.
Abandonada no canto de alguma vida,
Ofusquei-me por uns instantes
Para erguer-me feito brilhante, polida,
Dourada em vitalidade e sabedoria,
Suave feito as cores do arco-íris.

Sou forte e leve: necessito apenas
Que não me machuquem mais
Minha força vencerá o abandono
De mais um amor que se vai
Vem comigo! Abraça-me sem dó
Tua grande amizade afastará a minha dor.

Foto de Marilene Anacleto

Nasce um Filho

Ao gerar um filho
Imagem em ação

Imaginação, essa borboleta
Que me leva até o infinito,
Ao pó das estrelas me envolve.
E contemplo, e me integro
Às maravilhas do Universo
Que à pequena vida levo.

Homens dourados,
Flores que falam,
Seres que fazem brilhar
A Chispa de Deus
Que em cada um está.

Sem preconceito,
Sem medo,
Sem fome,
Sem frio.

Todos em apenas um,
Pelo mesmo pó, completos,
De sabedoria, amor e graça,
Também me sinto repleta.

E o pó das estrelas me cerca,
Começa a transmutação.
Da lagarta à dourada borboleta,
Liberdade, dança e canção.

Rochas, árvores, rios, nuvens, céu
Perfeitos, iluminados, belos,
Irradiam-nos a perfeição
E o esplendor da divina criação.

Cenário do bem nascer
De Deus e qualquer criança,
Ou vida de qualquer reino,
Nasce um filho abençoado.
Tão belo como Jesus
Traz, de novo, a esperança.

Foto de Marilene Anacleto

Saí da Rotina

Doença na família
Há anos entristece
E desanima

O pai partiu
Cercado de anjos
Com a triste doença
O cunhado ainda luta
Mas todos sabemos
Que morre lentamente

Vez ou outra
O telefone
Uma mala
Uma viagem
Saio da rotina
É a crise
Internação
Em Santa Catarina

Noites de hospital
Horário de visitas
Tentamos animar-nos
Depois passa
Só fica o cansaço

Amados amigos,
Grata por permitirem
Este meu desabafo.
Que Deus os ilumine
E permita que vos chegue
Um buquê perfumado
Com flores e um abraço.

Foto de Marilene Anacleto

A Paz

Na busca da felicidade que cada ser humano faz,
Esquece da água da vida, cujo nome eterno é paz.

Encontra paz no momento em que se perde na vastidão
Que surge no firmamento, ou, dentro do coração.

E, quando pára um instante a busca da tal segurança,
Encontram-se mil motivos para se sentir uma criança.

A paz apresenta sua face no buquê de flor vermelha,
E no barco, em meio às ondas, que refletem as luzes acesas.

Também vem daquelas estrelas que povoam o firmamento,
E embalam as emoções que varrem o pensamento.

Seja a garoa que chega e invade o céu devagar;
Seja o sol avermelhado que, de manso, tinge o mar;

E até o canto do pássaro tão alegre, o dia faz,
Traz a luz e a quietude: traz o movimento da paz.

Os pardais na goiabeira, beija-flores de brilho intenso,
A paz de uma confidência a aliviar o pensamento,

São mínimos raios da Essência a se apresentar num lampejo.
E, no momento mais precioso de um susto abençoado
Recebe, então, do amado o mais esperado beijo.

Feito à hora do crepúsculo, quando o mistério se faz
Tudo se torna uno no movimento da Paz.

Foto de Marilene Anacleto

Será Que Ele Volta?

Quando entro em minha sala
É como se descesse um véu
Ainda bem que eu tenho
A minha janela do céu.

Quietinha no meu canto
A ninguém preciso ouvir.
O que mais desejo agora
É dali não mais sair.

Mas, toca o telefone.
Eu o atendo cordialmente
Embora esteja, no momento,
Só com o corpo presente.

Quando o amado se vai,
Eu, da alma, sou ausente
Nem um fato interessante
Por estes dias me prende.

Volto a olhar a janela.
Prende-me o azul-verde do morro
Alguém chega à minha porta
E eu quero pedir socorro.

Quando será que ele volta
Para tirar-me esse véu?
Quando sentirei de novo
Minha sala como um céu?

Foto de Marilene Anacleto

Na Chegada do Amor

Aqui nesta calma,
Viro e reviro minha alma,
Meus desânimos,
Minhas falhas.

Há muito que procurar,
Nesta vida de tantos papéis.
Reconhecer e dar novo olhar,
Com todas as tintas e pincéis.

O que se viveu não se muda.
Só se transforma em aprendizado
Aquele “não” mal recebido
Ou o projeto rejeitado.

Há tanto a se contemplar
E a vida dura tão pouco...
Vale mais a pena amar
Do que esperar pelo outro.

Que as idéias nos aplaudam,
Que nos aprovem os trajes,
Viver ainda é fantástico.
A dor até fica suave.

Manter o peito aberto,
Singrar leve, feito as velas,
Acolher toda a beleza
Que este paraíso encerra.

E, na chegada do amor
Esquecer-se da rotina
Viajar de flor em flor
Respirar o novo ar
De mãos dadas, inventar
Com coração e magia.

Foto de Marilene Anacleto

Cesta de Crisântemo

Aquela amarela florzinha,
É um crisântemo, eu sei,
Ganhei numa cesta pequenina
Do meu amor, certa vez.

Hoje tem mais de cem flores,
‘Num rodo de mais de metro,’
Nem há dúvida que o amor
Paira sempre sobre elas.

Aqui perto das ondinas,
Das fadas do mar e sereias,
Também recebo a visita
Das amorosas abelhas.

Os elementos vitais,
Da flor, feito a luz de um sol,
Vivem em harmonia e labor,
Ensinam-me o que é o amor.

Neste presente do amado
Com gentilezas e beijos
Cada dia mais viçoso,
É o meu amor a quem vejo.

Foto de Marilene Anacleto

Fome

Há algum tempo
Ouvi uma história de fome
Uma história de guerra, onde
Soldados viviam ao relento.

A mãe, sem notícias do filho,
Boca engrinaldada de preces,
Coração a pedir que o filho viesse,
Alimentava a ela e ao filho.

Perguntaram alguns: - Mas como?
- A cada refeição, fria ou quente
Dedicava ao filho, em minha frente
Vendo-o ali, tranquilo e calmo.

Quando, enfim, o filho volta,
A vida, transformada em gratidão,
Soluços de alegria no coração,
Abraçaram-se sem tristeza e sem revolta.

A mãe, com emoção e espanto
Vê o filho saudável e corado,
Quando os outros estavam muito magros.
Pergunta-lhe, então, em meio ao pranto:

- Filho, mas como estás corado e saudável
Em meio a tanta tristeza e agonia?
- Minha fome diminuía a cada dia,
A comida doei aos que estavam ao meu lado ...

Hoje a fome assola a humanidade
Ainda temos muita tristeza e guerra
Uns se alimentam de bolacha de terra,
Outros se sustentam de solidariedade.

Que tal se, neste ano de entraves,
Fizermos feito a mãe do soldado,
E a comida, à nossa mesa, enviarmos
A essa pobre e infeliz sociedade.

Feito o nosso Amado Jesus Cristo
A abençoar aqueles peixes e pãezinhos,
Em estado de graça, alimentar aqueles,
Que jamais os deixou pelo caminho.

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