Blog de pttuii

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Copernicamente falando

cair,
caído,
flectido,
impossibilitado,
cardado Sol,

caiu,
descaiu,
furado céu,
desmontou,

o que elencado,
desdobrado,
e vociferado,...

nunca entabulou,
conversas,
avanços,
recuos,
memórias simples,...

menor substância,
para emendar,
títulos mal dados,...

somos o que fondo,
nunca aconteceu para bem,...
e mesmo que,...
caído,
flectido,
impossibilitado,...

cardado Sol,
é o que não nos resta,
em paralelo,
ao que ficando,
morreu,
de inanição....

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Dissertando no menor da morte

A morte discursa sempre numa sala repleta de sombras. Requisito essencial: janelas encerradas, e paredes ‘besuntadas’ de um cinzento entristecido, quase como se tratasse de um pedido de desculpas formal aos conferencistas.
São temas esparsos que nunca abrangem a compreensão de todas as multidões. Com o pé fincado no púlpito, a oradora só sai quando a retórica se esgota.Diz que tem pressa, e receio de invasões. As salas têm, por isso, de ser estanques. Em causa estão eventuais violações protagonizadas por elementos estranhos.
Especialmente receado é o arrependimento. Figura difusa, por vezes multiforme, capaz de estragar o encadeamento de um raciocínio.Por decreto, estão proibidas todas as manifestações deste sentimento durante sessões oratórias da morte. Devem evitar-se possíveis caminhos de retorno dos conferencistas convidados para os eventos periódicos.

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Feérico desnível

fruto do apaziguamento da criança que ruge,
levantaram-se do chão as dúvidas de um homem classificado,....

ordenaram-se princípios de racionalidade por cores mortiças,
e o sonho descarnou,
infectou,
desnutriu,...

sonora paz,
distinto sentir,
foi um tumulto dos roídos de espírito que
polvilham o núcleo do planeta,...

o dia ressuscitou depois de um longo arroto de todos os capitéis dos monumentos que contam,...

cláusulas postas em chaga porque o homem,
recusa esmagar as insensibilidades deste pedregulho.....

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Irritação na púbis

Estavam lado-a-lado. Os pêlos do braço esquerdo dela, enliavam-se com a penugem do braço direito dele. Tinha acabado de aplicar cera, e a masculinidade latente fazia uma pausa,...indiscriminada. Queriam unir tesões. Não sabiam como. Auras de sabor a morango, apostavam que se reconheciam se fizessem sexo anal. O vento encontrava pouso entre a janela de alumínio semi-aberta.
Os caçadores de pérolas de Bizet estavam tímidos.
Embalavam exdrúxulas pepitas de pó que baloiçavam por entre o mobiliário vitoriano de um quarto que nunca se havia rido de ver rir. Baque, dois baques, emancipação de fluidos. Sexo anal fora de questão.Peidar é bom, atenua precipitações, e dizem que dispersa o pó.
Continuam lado-a-lado. Agora as auras engendram pelo menos dois estratagemas opostos para terminar o que nunca devia ter começado. Talvez azeitonas podres em sopa de poejos. Dizem que acidifica a urina, e precipita o desentendimento. Ou os desentendimentos religiosos ancestrais. Para já, banho. Estio com pó, dá sempre irritação na púbis.

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História de amor ao pôr-do-sol

Na noite em que me disfarcei de soletrar,
caíram-me as calças,....

fiz-me de tarado,
sorri, meti dois pingos
de solidão nas retinas,
e lá fui eu ao desvario,...

encontrei a vida deprimida a copiar
registos de plena realização da morte,....

abri o casaco e senti-me
gozado no meu sentimento de homem
que espera vícios do
ar que respira,...

ventou,
soprou tanto o bafo do
desprezo que só tentei
mais a criatividade,...

pintava sóis atrás de um
corpo em putrefacção da
criança mais adorável do mundo,....

apaixonámo-nos, e hoje
somos quem manda no mundo,...

eu, o fazer bem a olhar
para o quem cá de dentro,....

ela, gosta de comer
sonhos congelados para sobreviver.....

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Tinha a fornada de sorrir

tinha a fornada de sorrir

sem saber porquê,...

tremeluzia um brilho

desnecessário,

como que pudesse rir

da morte violenta

do melhor amigo

da nossa sombra,...

sorria,

descolava insultos,

percebia que o perceptível

são mesmo situações de

excesso descabeladas

e com travo a pebre,....

e quando a noite caía,

fusíveis,

resquícios de reagir

quando o cheirar mal

deixava marcas de mel

na ferida da solidão,....

para trás anos passados a andar

para trás,

agora fim,....

tinha a fornada de sorrir,

teve-a quando já se esgotava o riso de viver....

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Ruas para contar dias

Não há água feita de sorrisos,
Há vento que escorre lamentos,
E há esquinas com mel azedo,
Existo eu a trigonometrizar um caminho,
Para te ver sentada num trovão,
Denso,
com forro de lambrim,
Já acabei o desnorte,
Agora ouve-me,
Tenho um dia para contar-te...

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Cal amizade

Frugais,
Nunca menos que simples
relatos de bem-estar,
o assuão do querer aqui,
desnortes complexamente
descomplexados de tudo
por menos que
pensas ser impossível,

com sopros de
longe maneira
de dizer amor,
está desenhada,
aqui o agora sabe
menos a tristezas vãs....

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O Homem Elefante apaixonou-se.....

- A calma de um poeta no momento em que se corta e transpira, dá estrofes pirómanas.
Será assim com todas as coisas do mundo que, criadas a partir de um reflexo condicionado, servem para acordar as pessoas e deixá-las menos stressantes que no segundo anterior.
- Gosto do que crias, porque é menos entediante que o que prometes criar.
E dois passos fluorescentes em cima do caminho que nunca se pensou trilhar ao passo que o mundo se decompõe? Ajudam?
- Talvez. Hoje escrever é precisamente o oposto de pensar. Primeiro inspiras toda a porcaria recalcitrante de que não precisas, e só depois traças caminhos com os grãozinhos de pó que sobram na tua apófise.
Acabaram as regurgitações de quem vai morrer santo. Agora é mesmo acabar com o que resta de vida idiota no topo do que pretendes alcançar.
- Já abracei o devir. Agora só suspiro, e não será por ti.....

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Línguas

Línguas de prata que,
no meio de um mundo,
tempestade de mundos,
gigante universo,
acalentam dores,...

conheci-as protectoras,
lambendo no ventre da noite,
enquanto sons desemchabidos gotejam,.....

Porque aos pés de um palanque,
Num final de tarde de anseios,
Qualquer língua é prateada,
E todas as caras são de ouro,
E o poeta que descreve é insano,...
Pois acha,
Que o homem é meio homem,
E a história acaba,
com o cão aninhado aos pés da avozinha.....

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