Blog de pttuii

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Lucrécia de Deus

Fruição de um dom artístico,
Com pontapés no ar agiliza,
Uma coxa com ar quístico,...

Às sete de manhã faminta,
Sentada no pote amarelecido,
Pariu o menino em quinta,
Pela boca do fémur enrijecido,...

Ao Deus ofertada a criação,
Lucrécia em cinza treme,
Desenhar clarezas de aberração,
Mastigando pão com tulicreme,...

Quinzena de conselhos homónimos,
Momento de flexão desesperante,
Lucrécia pontapeou-me os heterónimos,
Pedindo solução erradicante,...

A ferver água de loucura,
Findo descrição de Lucrécia,
Mente saudável cedeu à tortura,
Servida em prato de alopécia,...

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Amor a Sul

arrotámos,
declinámos,
e recuperámos,
o que se perdeu,
à luz de pirilampos,....

anoiteceu,
gotas de vinho,
desiludiram,
o que esperámos,
do atavio,
da bonomia,
de ter,
a desdita,...

amálgama,
de aguadilha iluminada,
passado ácido,
limão na ferida,
que arde,
a arder,
e quando fere,
sara,
restabelece,...

desdisse-te,
e esperei retorno,...

bati-te,
a estalo,
e com mão de forno,....

saí luzidio,
com os astros,

mas restou,
de mim profundo,
um canto,
assomado ao vento,
com o restolho,
a arder,
e a alma,
seca palha,
de vida desflorada....

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Fealdade aguda

...e a coisa mais feia que conheces?
Por vales intermitentes de incerteza,
Levaste com a mesma em cheio no prurido,
Fizeram de ti o rosto decalcado,
O corpo eufemista e paranóico,
A alma parcimoniosa,
O todo que se arrasta em dor,
Tudo pintado a púrpura,
Não descreve a agonia recalcitrante,
Que te amassa, pisa, esmaga,
Apenas porque o porquê,
Faz-te dormir em desassossego,
Sobre o fino atalho da dor...

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Mortos a almoçar porque não jantaram e têm fome....

Água,
De madrugada,
Feliz remela de olho,
Que brilha,
Que se apaga,...

Lento,
Sou lento e amasso,
Amanhecer de fermento,
Porque o bolo é da rainha
Sem regaço,....

Dedos,
Tu que és vida,
Sem me dar regredos,
Beijas-me a cheirar,
A margarida,....

Tempo,
Nocturna fruição,
Que se esvai,
Lamento,
Queimo a colocação,...

Dia,
Chegou porque a eulogia,
De uma alma que se esvazia,
É a minha morte,
Que não se avalia....

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A ti...

A nossa imagem gravita,
Por entre as paredes de um quarto concêntrico,
Genial,
Amadurecendo,
com a graciosidade de um amor afiançado....

Suor de confiança,
Tapar membros,
Jovens para sempre,
E a certeza de quedar quietos,...

O teu sorriso
Como o conheci distante,
Um olhar presente,
em passado,
Imaginei um pôr-do-sol,
Abraçado ao que tinha,....
O futuro foi o ler,
A missa da tua brisa,
E o mundo a girar,
À procura de redenção,...
Já somos o que quisémos,
Para ser o que queremos ser,
Falta inventar a rotina,
De um movimento de estações,...

O segundo
que me deste,
Fi-lo século infindável,
De uma vida milenar,...

Fala,
Sente,
Arredonda-me em ti,
Já me tens....

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Pintar o abandono

Pintar os teus medos é difícil,
Quadro de abstracção declarado,
Durmo na dilaceração da paleta,
E acordo a nadar em cores de morte,
Se quiseres mato o teu espanto,
E transformo-o em solo na minha tela,
Em troca, peço-te encarecidamente,...
...,única e exclusivamente,...
Não me abandones, por favor!!!

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La Bemol Ajardinado

amoricos,
de gladíolo é o
respeito,
desnorte,
amparado em malmequer
que felácio,
que danado felácio,....

mas à rosa morta,
ebúrnea sombra da
tua felicidade,
buraco roto,
sombra de desnível
com bojo,
sem alma,...

lá sem o fim à mão,
e com ironias de diamante
a pontapé,
que se descompare o
amor,

em busca eterna de passos,
ficam-se mortos os
que tentam durar mais
perto do Sol.....

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Poesia que eu odeio

Poesia a cair,
Esfíncter a doer,
Deboche,...

No azimute de um velho,
a confessar,
a um padre assassino,
que comeu a alma ao vento...

Poesia em descrédito,
Verte o escroto do diabo,
Em risos mudos...

Poesia comedida,
É o ridículo do rabisco,
Que deriva à bolina...

Poesia que eu odeio,
Tanto desprezo,
Diluído em sopa de morte,...

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Manifesto e uma quadra

O que é que podes ainda dizer que é teu? O pedaço de alma que sempre conservaste na pele, até isso caiu. Certo? Já se calaram os assuãos que, outrora, brotavam do teu coração. E deixaste de ser alegre, com aquela alegria de uma criança quando lhe dizem que gostam dela. Sabes de boas maneiras. Até te sentas do lado certo da mesa quando vais a um restaurante, dos tais piéce de resistance. E gozas com o waiter, dizendo que o mundo não nasceu para quem arrisca. Só para os que sabem esperar por aquilo que pretendem.
Já desapareceu o arco e flecha do teu lado belicoso. Deixei de ver aos teus pés, o Bufallo Bill assassinado após batalha gloriosa com os Sioux. Machetes de guerra que te viam, e que tu não escondias, onde estão? Respondes que a vida faz as rotundas pela esquerda. Que o Sol chora lágrimas de cal quente, da mesma com que se dá banho aos mortos depois de eles se despedirem de nós. Resumindo, a cobardia fez de ti uma bitch. Dás o esfincter, numa posição de pato assustado, e em troca recebes cautelas quentinhas. Tipo castanhas que saltam no crepitar do forno outonal do universo. Não tens o nada, que faz as pessoas explodirem em busca do tudo. E com certeza que também não terás o tudo, responsável pelo friozinho na barriga das pessoas realizadas.
Já foste capaz de matar à velocidade do som. Carregavas, pelo cano, uma escopeta imaginária que guardavas aos pés do sofá da sala. Bastava um violador escapar sem condenação à justiça da mais pequena cidade do interior americano, que tu fazias justiça pelas próprias mãos. Despedaçavas rostos finos. Homens de feitio aquilino saíam despedaçados às mãos do teu instinto de Charles Bronson de 1.º andar da Rua dos Passarinhos. Não contente, partias pescoço, e depois serravas o corpo em seis, para melhor o empilhar na bagageira da tua Renault 4L. Hoje, nem o rato que tem ninhadas de vermes à entrada do teu quintal, tu consegues matar.
Cansei de ver-te a confraternizar com o diabo dos irresponsáveis. Com um satanás velho, que mandria porque já se cansou de fazer mal, e está reduzido a tirar o olho de vidro da órbita esquerda, e dar-lhe lustro para parecer mais magnânime.
A ti, e a quem anseia por menos suavidade, eu respondo.
-Raio que os parta a todos!!!!
Cansei-me de esperar que os coitadinhos arranjem forças para mendigar pedacinhos de terra prometida, à luz de ideologias que promovem o desmembramento dos sonhos. O homem não é de iniciativas. O homem é social. O colectivo manda mais que o chico esperto que explora 100 chicos espertos, só para se tornar mais chico esperto.

a condenação da torção,
de pescoço do suez,
é menos que o chupão,
na pila do burguês....

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Prosa quente

O cão é inteligente. É uma pena que seja indolente. Talvez até seja boa gente. O problema é que nem tem frente. Ninguém diria realmente,...mas o animal perdeu-se tristemente. Mordeu um gato indigente.
Que se voltou a ele ferozmente. O rabo caiu-lhe, e o coto ficou dormente. As orelhas tombaram circularmente. O corpo pediu toda a paz e, sinceramente.... Deus estava num dia carente. Pediu o amor daquela criatura em tom pungente. Em troca, recebeu um olhar pintado negativamente. O cão é ateu,....não registou qualquer dúvida premente.

Talvez aceite um funeral feito singelamente. Nada de flores oferecidas pedantemente. Amor em doses produzidas industrialmente. O último suspiro, como é evidente, será dado a remar contra a corrente. Felizmente.

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