Chuva

Foto de Rosamares da Maia

ORAÇÃO DA MANHÃ

Oração da Manhã

Senhor,
Obrigado por meus olhos descortinando o horizonte,
Enxergando belezas que nem todos conseguem perceber.
Obrigado pelas janelas que permitem a claridade do sol,
E o azul deste céu, que tinta alguma imitará.
Obrigado Senhor pela chuva, por estender as mãos,
E com ela lavar o rosto, somente para brincar.
Obrigado senhor pela alegria inexplicável das crianças,
Que perseguem uma simples folha arrancada pelo vento.
E porque ela, ainda me habita o peito adulto, pacificamente.
Obrigado Senhor,
Pelos meus ouvidos, que ouvem a música dos Homens,
Como uma manifestação da Divindade na Terra,
Por fechar os meus olhos e ouvir a melodia dos anjos.
Obrigado pelo olfato, que capta o cheiro das manhãs,
E pelo paladar Senhor, obrigado.
E o gosto das nuvens, como montanhas doces e belas.
E pela mão que faz o café, de sabor inigualável.
Pelo sentido do tato, que recebe o afago e aquece a alma,
Que repele as asperezas da vida, como primeira defesa.
Obrigado Senhor,
Pelo sentido da vida, que encontro em uma manhã clara,
Pois percebo os Vossos olhos bondosos sobre nós.

Rosamares da Maia

08/06/2010.

Foto de Joice Lagos

Meu amor...Meu sonho bom

Por mais que eu me esforce ao tentar provar meu amor por você, não encontro em toda extenção do dicionário, palavras que possam explimir com fidelidade o que eu sinto.
Não sei falar de amor, sei apenas me deixar guiar pelas minhas mãos, e escrever o que a minha boca cala e não diz.
Através do papel, ou do teclado de um computador, eu deixo fluir as minhas emoções, tudo o que sinto de mais forte e mais intenso.
Em cada linha eu deixo tranparecer que você é o meu sonho bom, é o orvalho da manhã que faz crescer o meu jardim de sonhos.
Você é o vento que refresca, e me faz sorrir quando o sol se esconde entre as nuvens.
É a estrela mais brilhante, aquela na qual fixo o meu olhar, meus pensamentos. A estrela que me guia, que me fascina.
Você é o meu mar...suas ondas me levam a caminhos nunca antes percorridos, e me trazem o alento nos meus dias sombrios, e nesse mar seus braços são meu porto seguro, onde eu ancoro meu barco.
Você é a chuva que molha o meu corpo, e me faz delirar, flutuar nas nuvens de uma emoção sem fim.
Enfim você me faz segura, me traz paz e carinho.
Você me encontrou, me trouxe de volta à vida e me ensinou a ser feliz.
E pensando na melhor forma de lhe explimir o que sinto, não consigo a originalidade, tenho que usar as mesmas palavras que todas as pessoas apaixonadas usam...dizendo apenas que eu te amo.

Foto de Carmen Lúcia

Incomparável

Comparo-te ao outono,
ao dourado de meu sonho,
às folhas que se esvaem
num tempo bem ameno
de sol que às vezes brilha
acarinhando o dia
em outras que desmaia,
e brilha a nostalgia.

Comparo-te à chuva miúda
gotejando vida...
Em mim brotando alegria,
afastando qualquer melancolia
ao desabrochar da primavera...
Envolvente e mágico perfume
e a inquietante espera
da tua presença com teu lume...

Tens o fascínio do mistério
e a chave da revelação
da eterna mutação da natureza,
sedução da estação que preconiza
a suave inquietação de tua beleza.

Comparo-te ao ritual do fim de tarde
quando o tempo parece parar
e por detrás de uma vitrine embaçada
observa folhas amareladas, outonais,
ladeando a passarela de sonhos irreais.

É como se depois da tempestade,
da bravia tormenta e da neblina
com o arco íris se encontrasse
encantando-me a retina.
A noite vem de repente...
Véu negro pontilhado de prata.
Traz fantasia, sons e odores inebriantes
que arrebatam...

Pergunto-me: És deus? Um mito?
Surreal? Metafísico?
E sinto romper a linha tênue
atada à lógica e à emoção
e me amparo ao desequilíbrio
insano da incompreensão.

Perco-me na imensidão do meu medo
sem saber ao certo a dimensão
desse enredo...
Apenas enveredo-me nesse sonho
que transita entre o real e o irreal
nessa aventura inigualável...
Nesse sentimento sem palavras...
Para sempre Incomparável!

_Carmen Cecília e Carmen Lúcia_

"Obrigada, querida Carmen Cecília, pela parceria que nos deu o 3º lugar no torneio de parcerias, na Navegantes das Estrelas."

Foto de Asioleh

Valsa Dançante

Cai chuva lá fora,
Cai lágrimas aqui dentro
Saudade de outrora
Lembranças jogadas ao vento

Vidas passadas
Tristes momentos
Um dia te tive aqui
Tão perto do meu peito

Roda moinho
gira a roda da vida
me traga uma fortuna
me traga uma saída

Solução para o desengano
alívio para o meu pranto
repare os danos
de todos esses anos

que continue a dança da vida
que rodopie na valsa dançante
a alegria de dias felizes
do coração que batia forte, à todo instante.

Foto de diny

NAMORADO

Namorado:
Ter ou não ter, é uma questão.
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si
mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado
de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda,
decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de
aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Nao tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Nao tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Nao tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Nao tem namorado quem nao sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Nao tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Nao tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Nao
tem namorado quem nao redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro.

Nao tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem nao dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Nao tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Nao tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Nao tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Nao tem
namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Nao tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções
de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda nao enlouqueceu aquele pouquinho
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Elou-cresça.

(Carlos Drummond de Andrade).

Foto de Cesar Jardim

Invisíveis

Não posso fechar os meus olhos,
a cada esquina que passo sempre vejo o descaso,
em cada olhar vazio,
sinto um pouco da esperança aos pedaços.

São tantas pessoas,
tantas vidas procurando algum calor,
em meio a chuva, em meio ao frio,
permanecem invisíveis.

Os invisíveis somos nós,
os insensíveis nunca andam sós,
quem não enxerga os problemas reais,
não enxerga a própria razão de existir.

Foto de Anderson Maciel

FLOR DE LIS, MEU AMOR

Seu sorriso tão belo
Encandeia meu ser
Embebedando-me a alma
Me fazendo enlouquecer

Como a chuva que cai
Tomando conta de mim
Me tirando da tristeza
Da solidão enfim

És a diva dos meus poemas
Dos meus versos de amor
Em vida és a mais bela
Flor de lis, o meu amor... Anderson Poeta

Foto de Carmen Lúcia

Bailarinas

Leves, tão leves, mais leves que a própria leveza,
Comparadas a uma linha tênue, sutil,
Levadas por um sopro, aragem febril,
Girando sempre, eternamente, sem partir,
Sem ferir,sem dissuadir, sem iludir,
Sem realmente ir...

Asas invisíveis, voos indescritíveis,
provam a si mesmas
a não gravitação entre Terra e céu,
entre corpo e alma,
entre céu e léu,
entre tudo e céu...
mundo a parte que reparte
enlevo,entrega,beleza, o surreal...

Pisam sem pisar, lançam de mansinho
sentimentos a fluírem em suave virada,
chuva de prata, tamanha é a força da arte
que dança, alcança o tudo e o nada
povoando o vácuo com a postura
de quem sabe, quem inspira, quem lidera,
quem ganha altura,
quem espera o momento exato de descer
e tristemente encarar a vida
a girar sem rodopios,
a contundir a essência
da coreografia –ironia –
maculando as rimas, os versos
a sonoridade da melodia,
a poesia nascida das bailarinas.

_Carmen Lúcia_

Foto de José Bento

ALMA DE POETA

Uma pequena homenagem a todos os meus amigos poetas, homem ou
mulher, que sabe interpretar como ninguem os sentimentos humanos.

O poeta é igual ave que encanta,
Mas se esconde entre o verde da folhagem.
É forte e é frágil.
Ás vezes é silêncio que canta.
Mas que também grita
E nem sempre agrada,
E mesmo agradando, ele também espanta.
É um sóbrio delírio, instante breve,
Que reluta ao furor da ventania.
É o ombro amigo,
A voz que acalanta.
Traduz e interpreta os coraçõs errantes,
Na sombra da noite.
No claro do dia.
São tantos os desejos delirantes
Que se escondem por detrás face nua.
Por dentro de casa,
Andando na rua.
Mas quem se importa?
E quem quer saber?
Só a alma do poeta interpreta,
E acredita nas razões do própiro ser.

Já passou de meia noite e estou só.
Silêncio na rua.
Ouço um carro que passa e gente correndo.
De repente, um susto!
Um pássaro noturno dá um grito,
Rascante e horrendo!
Depois, mais um, e ainda um terceiro,
Agora distante.
Outra vez o silêncio!
Dessa vez, tão intenso, que dói os ouvidos.
É alta madrugada.
Das alturas ouço um avião pequeno,
Que logo se vai, plainando, sereno
Quem será que vai nele?
Alguém os espera,
Anciosos por sua chegada.
São pais e são filhos,
Parentes, amigos...
Mãs quem se importa?
E quem quer saber?
Pois somento o poeta se ocupa
De enxergar o que quase inguém vê.

Agora, o vazio.
Silêncio eminente.
Ouço tão somente um grilo que canta.
Quem dera sentisse a paz que aparento.
Fico remoendo pensamentos vãos.
E no coração, um leve desalento.
Sinto um vento frio.
É chuva chegando
As horas se passam
O sono não vem!
Agoniza lenta, a madrugada fria
E os minutos vão passando devagar.
Vejo a lua inválida,
Com a face pálida
Declinar de leve.
Num instante breve, pensei em alguém.
Momentos vividos,
Desejos sentidos e a saudade morna.
Mas quem se importa?
E quem quer saber?
Só a alma de poeta interpreta,
E acredita nas razões do própiro ser.

José Bento.

Foto de Cesar Jardim

Chuva

O dia lá fora é escuro,
Vejo os carros pela janela,
todos estão com pressa.

E apesar de querer estar com você,
apenas escuto o barulho da chuva.

O dia la fora está sombrio,
e mesmo assim ainda é um dia normal,
e eu preso no meu canto me sinto desigual.

E apesar de querer estar com você,
apenas escuto a chuva cair.

A noite se aproxima,
os faróis acesos e o tempo se arrasta,
A tempestade dentro do meu peito,
agora transborda em lágrimas.

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