Encontro

Foto de Carmen Lúcia

Livre

Livre...Agora sou!
Posso correr e alcançar o tempo
Dizer-lhe que me libertei do medo
De todo o tempo em que me aprisionei
Na escravidão do tempo, sem deixar-me "ser".

Livre...agora estou!
Aquele medo do tempo acabou
Que ele passasse e me arrastasse
Sem dar-me tempo de mostrar quem sou...

Livre...Agora vou!
E desvendar todos meus sentimentos
Soprá-los livres de encontro ao vento
Para que possam avisar ao tempo
Que não me espere, pois não quero ir...

Se por acaso ele me esperar
Não terei pressa, pode se cansar...
Porque sou livre, ainda quero amar,
Viver a vida e me encontrar.

Foto de Sonia Delsin

O CONHECIMENTO DO OUTRO

O CONHECIMENTO DO OUTRO

Um dia nos encontramos.
Digamos que foi um encontro.
Claro que foi.
Para existir não precisa ser real.
O que é realidade afinal?
A cada dia fomos aprendendo um pouco mais do outro.
No silêncio fomos conversando.
Nos descobrindo.
O coração abrindo.
Deixando que o outro penetrasse muito fundo.
Sem medo de ir ao profundo.
Eu te digo, amor.
A cada dia mais um pouco.
A cada dia...
Uma estrada estamos trilhando.
E seja como for, estamos nos amando.

Foto de carlosmustang

CAMINHANDO

Sigo caminhando, nesta longa jornada...
Estrada escura as vezes,
Outras vezes iluminada
De vez enquando...uma sombra encontro
Ai descanço um pouco!

Há também, muitos tropeços com vários arranhões, saio
É uma estrada que não conheço, por isso caio!
Não dou muita atenção aos conselhos de quem está bem a frente
Pra não me tornar tão receioso
E viver plenamente!

Talves seja a minha maneira, pra esta estrada seguir...
E assim vou tentando me evoluir
Ao que fada-ei meu coração!

Foto de Sirlei Passolongo

Confidência

     
     

Se materializa em
meu sono... Um conto
de amor proibido
Em silêncio,
desejos ocultos
levam-me ao seu encontro
Por um minuto
chego a tocar seu vulto
E um murmúrio
toma-me os sentidos
Num breve levitar do solo
Posso sentir o afligir do
seu pulso...
E enfim, num beijo
lhe secreto:
Te amo!Te adoro!

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora
     
     

Foto de Fernanda Queiroz

Lembrar, é poder viver de novo.

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.
Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.
Meu pai me aconselhou a plantá-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.
Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, prismaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.
Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de dentinhos, arrebitadinhos.
Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.
O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.
A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.
Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontrá-las.
Papai quieto assistia meu marasmo em depositá-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.
Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escuderias dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.
Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.
Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na seqüência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.
Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.
Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.
Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.
Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.
Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

**Texto não concorrendo.**

Foto de Izaura N. Soares

Sonhos a Vagarem...

Sonhos a vagarem...
Izaura N. Soares

Numa noite escura, meus sonhos a vagarem...
Presos ao som de uma música barulhenta
Que não consigo entender o significado da
Sua letra. Vai além do imaginário...
Meu semblante numa cor pálida,
Meu sorriso se fecha em crisálida,
Meu olhar tenro e cálido almeja se abrir
Para a vida, onde não há tormento,
Onde não há dor, apenas calma sem sofrimento.
São sonhos de amor sonhados além do infinito...
Que não encontrou na vida o verdadeiro sentido!
Pensei que esse amor fizesse parte da minha vida
Pensei que fizesse parte do meu viver.
Mas era apenas um surto do meu delirar
Que vagava dentro do meu ser.
Quando a alma anseia por um momento de amor
Tudo parece florescer tudo se transforma em flor.
O encontro do amor em cor... São cores coloridas
Em forma de arco-íris!
Se comparada com a luz do Sol...
O brilho da flor que respira serenamente...
Brilha também a chama ardente
E que exala o perfume natural do amor.
São ternas e singelas fontes que habitam o nascer
De amores na suavidade da verdadeira música
Tocada suavemente!

Foto de Maria Goreti

ONDE ESTÁS, MINHA VÊNUS?

Onde estás, minha Vênus?
Procuro-te.
Encontro-te escondida,
Em um canto,
Perdida, desconsolada e infeliz,
Num canto da minha alma,
Num canto do meu ser,
Distante do meu viver!
Vem, totaliza-me, você faz parte de mim.
Solta-te minha amiga, preciso de ti.
Mostra-te por inteira,
Deixa-me te conhecer.
Libera tua libido, vem até aqui.
Vem feliz,
Vem inteira,
Vem, mostra-te para mim.
Mostra-te ao mundo, assim como és,
Assim como deves ser.
Leve, linda, solta, sensual, mulher pra valer.
Isto!... assim!...
Vem minha querida,
Não tenhas medo,
Aqui não está escuro,
Aqui é porto seguro.
Vem, vem, vem ver.
Olha-te no espelho,
Vê a luz dos teus olhos,
Os raios de sol nos teus cabelos,
Que ao sopro dos ventos
Em contato com as curvas do teu corpo,
Tornam-se canção.
E ao soltar-te assim tão faceira,
Brincando e dançando,
Inteira... verdadeira...
Sê feliz, minha amiga!
Não importa onde, quando e como.
Sê feliz,
De qualquer maneira!

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - set/03

Foto de Maria Goreti

O ENCONTRO

Neste momento olho para você.
Vejo-te em mim, vejo-me em ti.
Busco dentro de mim a minha alma gêmea,
a minha cara metade!
Está escuro!
Acendo a luz de minh’alma e
vejo cores, flores e um imenso jardim.
Sinto desabrochar em mim uma nova mulher,
movida pela melodia sussurrada do vento,
do som das árvores e do canto dos pássaros que,
embora não os vendo, certamente gorjeiam por aqui.
Ouço música.
Sinto uma enorme vontade de cantar
dançar e fazer muito amor!
Encontro-me!
Despudorada, ardente, com o coração pulsando forte,
sigo o meu caminho em direção ao mar!

©Maria Goreti Rocha
Vitória/ES - 15/08/2003
(após workshop de pintura espontânea realizado na UFES)

Foto de ivaneti

Encanto

Encanto,
Ivaneti Nogueira

E no encanto da natureza ...nos verdes mantos que encobre os sentidos,
Que exalam no ar... no aroma ...que suavemente...fala do amor...
Que encontra no sorriso a vontade de viver...dançar...voar...sonhar...
É assim que recarregamos nossos corações a cada dia...
A cada amanhecer... sentados no banco deste imenso jardim...
Olhando os pássaros que brincam ...
Olhando nos olhos de suas companheiras...
Revelando telepaticamente o quanto a ama...
É assim troca de olhares de cumplicidade...de repente ...
Aparece como relâmpago um beija-flor
Sugando o néctar das flores...deixando adoçado a as entranhas de nossas almas Iluminada de paixões... nesse encontro...que encontro o seu beijo...
Nos beijamos... ouvindo apenas o milagre que a natureza nos proporciona...
Ao cantar dos pássaros que traz toda a magia do viver...de uma esperança...
De sermos felizes...de nos encontrarmos no êxtase do amor...
De sorrir na plenitude de nossas vidas!

Foto de Daemon Moanir

Interlúdio - I

É esta dor que não passa,
É esta ânsia que me trespassa,
O amor que corta e recorta,
A mente que me vai e não me volta
Que me mantêm de ti a pão e água.

São gritos de tormentos
De caras vistas e revistas.
São sombras de vidas sobrevividas
Em abismos oprimidos,
A respirar palavras de ajuda
E a engoli-las a seco e em vão.

E o pânico, o medo,
As faces de horror e desalento
Espelhadas na minha as encontro,
A dar-me o frio, o gelo como certo.
Cerro os olhos que não consigo ver-me assim.

Os sonhos, as esperanças?
Perdi-as de uma vida melhor.
`
Ó tu que tanto m'encantas,
Dai-me a boa nova. Canta o interlúdio.

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