Enviado por Paulo Master em Qua, 03/06/2009 - 00:25
Utopia, loucura total, saudade sanada numa parada qualquer, sabor de amor, fruta que se fez mulher
um capricho do coração, um aperto de mão, suave demais para quem não quer confusão
desejo escondido banido largado em um canto qualquer, solidão que se fez um gemido e formou refrão
um grito abafado por ti, uma voz de mulher.
Coração devaneia só, sabe ele que a escuridão é abstrata demais para quem não tem nada a perder
e amar é desvanecer no abismo do pensamento confuso sem cheiro e sem rumo, sem cor e sem sumo
como flor sem perfume e o sorriso sem jeito por não lembrar de sorrir direito, esquecido no tempo
Chôro calado, choro afastado de ti, não reconheço quem está no espelho, uma sombra quase perdida
fina cortina de fumaça um resvalo do suor da madrugada, com pingos de saudade
o vento frio tenta esquentar a noite que rejeita a espera do amanhecer
ela diz ser você, pobre saudade, não sabe mentir.
Vi você sumindo ao longe, como fumaça de cigarro
A qual pouco a pouco vai desaparecendo
Vi ainda, nossos momentos acompanha-la
Em doces e amargas lembranças
Vi o começo do fim, findando em frenéticas recordações inusitadas
E o meio de tudo, nosso amor, nossos carinhos, nossos sonhos
Muitas vezes sonhados acordados
Hoje vejo a solidão que entrou em meu peito
E trancou a porta e se apossou de tudo
Que existia de você dentro de mim
E agora não sei como agir, com essa situação desesperadora
Hoje também vejo em sentimentos com alegria triste
De querer recomeçar uma nova historia de nós dois
A qual não conseguimos, não por falta de diálogo
Mais simplesmente pelo trauma da conjugação do verbo amar
Foi numa noite em que me encontrava triste, que
No meio de tantas eu te escolhi
Penso que se pudesse te tocar, se desmancharia como a fumaça
Você tinha pouco brilho,,mas me fez renascer minha luz
A muito perdida, a luz da paz comigo mesma.
Hoje a tenho como companheira,
a quem quando triste me desabafo,
Diante de ti não me sinto uma fraca quando choro,
como tantas vezes me senti
todas as noites na mesma hora, no mesmo lugar você se fixa
e dali só sai quando a madrugada se finda.
Dando espaço a um novo dia
Você minha companheira
Sempre participando das minhas alegrias
Sempre a par de minhas angustias
Não me recrimina pelo que faço
Como tantas pessoas já fizeram.
A você revelo meus segredos e sei que
Contigo morrem a cada amanhecer.
Nunca pensei que você, que se destacava menos
Que as demais pudesse dar-me tanta luz e tanta paz.
Com o passar do tempo minha estrela,
O ser humano finda sua vida
E se puder quero ir para junto de ti
Ser uma estrela
Ser escolhida por alguém que procura a paz nas estrelas
Assim como escolhi você.
De bituca em bituca
Nas calçadas desta vida
És falado mal nas bocas
Desta sociedade maluca.
És como eu;
Consumido a cada trago, e...
Queimando assim por dentro
Até que as cinzas nos separem
És assim como eu.
És comprado pelos bares
E eu pelas urnas
Causando a dependência
Da cabeça imatura
És comprado como eu
Pela falta de cultura.
Cigarro amigo;
A cada suspiro
Na cadeia de inimigos
És fiel até a morte
Do primeiro ao vigésimo
São tantos a serem consumidos.
Se te lanço dos meus dedos
É que não te quero nos meus lábios
Tua alma em fumaça dispensa da narina
Se te lanço dos meus dedos
És bituca, cigarro amigo...
Nas calçadas desta vida.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2002 no dia 18
Itaquaquecetuba (sp)
Por qual caminho
Como você surgiu em minha vida?
Você crepitou como fogo
Entre as folhas frias do meu caminho
Quem te ensinou a caminhar até mim?
Que flor, que pedra, que fumaça
Mostrou a você minha morada?
O sol estabeleceu sua presença celeste
Enquanto o amor sem tréguas me cercava
Você abriu no meu coração um caminho
Queimante que só leva a você.
CAMINHO DO AMOR
Por qual caminho
Como você surgiu em minha vida?
Você crepitou como fogo
Entre as folhas frias do meu caminho
Quem te ensinou a caminhar até mim?
Que flor, que pedra, que fumaça
Mostrou a você minha morada?
O sol estabeleceu sua presença celeste
Enquanto o amor sem tréguas me cercava
Você abriu no meu coração um caminho
Queimante que só leva a você.
Lendo a última folha de meu calendário
Surpreendo-me ao ver que o ano findou
Renovo a esperança de um novo cenário
Onde reine soberano o supremo amor.
Faço um balanço do tempo passado
Recordando promessas que acreditei
Fito no espelho meu rosto cansado
E os cabelos brancos que conquistei.
Olhar perdido na linha do horizonte
Fico meditando sobre o que passou
Penso na alegria que ficou tão longe
Fogos de artifício que o vento levou.
Viajando em versos cheios de carinho
Nem sei agora onde está meu coração
Pode ser uma flor ao longo do caminho
Talvez o pecado que não tem perdão.
Corrente de confraternização mundial
Almas unidas em preces fervorosas
Alegria contagiante que não tem igual
Mar homenageado por perfume e rosas.
Que os anjos elevem ao céu as súplicas
Para a tristeza não habitar em mais ninguém
Que sobre o amor não paire mais dúvidas
E o Divino Criador nos perdoe e diga Amém!
Agradeço sensibilizado e com emoção
As mensagens que com carinho recebi
Poesias que alegram e confortam o coração
Os belos momentos que vivi e aprendi.
Adeus fronteiras que separam irmãos
Ambição, mãe do flagelo da humanidade
Religião e crenças em rota de colisão
Egoísmo que ignora a miséria sem piedade.
Adeus prepotência, vaidade e covardia
Violência, crueldade, ódio e tormento
Vamos renovar a esperança e alegria
Ser felizes ao menos por um momento.
Quando o último champanhe esvaziar
E no ar houver apenas nuvens de fumaça
Voltaremos novamente a enfrentar
A realidade que nos cerca e ameaça.
Somos de Deus imagem e semelhança
Dispostos a morrer pela liberdade se preciso
Às vezes apenas um bando de crianças
Que vive sonhando com o eterno paraíso.
Finalmente a contagem regressiva começou
Vou dar um jeito de perto dela ficar
Exclamando: - Feliz Ano Novo Meu Amor !
Beijarei sua boca sem que ela possa reclamar.
Direitos autorais protegidos por lei.
Site do autor
www.LuzdaPoesia.com
Vejo sob uma penumbra de luz a estação
E ouço ao longe o apito da locomotiva,
Na remota memória da recordação
Com as lembranças dos frutos de minha vida,
Que agora enche de alegria meu coração
Com os fragmentos ou das dádivas da lida
Que sinto no ar e que me traz tanta emoção
Nos gritos das crianças que correm na avenida,
Atrás dos carros de eventos publicitários
Que exploram nossa fé pela forma musical
Atingindo a mente e o senso comunitário,
Introjetando alegria que é objetivo principal,
Pois desta tiramos fluídos imaginários
Que nos tornam felizes na noite de natal
FELIZ NATAL PARA TODOS
Os passageiros do meu trem
Dele muito poucos desembarcaram,
Naturalmente.
No instante designado
Por Deus,
Como meus pais.
Mesmo assim a saudade dói
E aperta meu peito,
E me faz pensar:
O que devo fazer?
Bem...
Eu faço uma contínua viagem
Mesmo que ela seja imaginária
Eu viajo por muitas plagas...
Mas as que eu gosto
São aquelas das lembranças
De minha infância.
Algumas se transformaram em miragens
Outra vejo nas imagens
Das belas paisagens...
Posso vê-las nessas viagens
Da janela do meu carro
Ou então na memória remota de meu inconsciente
Eis que neste sinto-me que estou perto de toda gente
Que amei, amo e amarei.
Desse modo só desembarco
Na estação certa...
Como meus pais...
Sou feliz
Pois, embarcaram os meus filhos...
Os meus netos...
Os meus amigos
E amigas...
Sim, essas pessoas queridas
Que viajam comigo...
Ao mesmo tempo,
Na longa estrada da vida...
Embora não estejam todas ao meu lado,
Exatamente,
Nada nos impede de com alguma dificuldade,
Atravessarmos para o vagão da frente
E olhá-los nos olhos e conscientes
Cumprimentá-los com o olhar,
Com sorrisos,
Trocarmos algumas palavras,
Mesmo que não viajemos no mesmo carro que eles,
Viajamos ao mesmo tempo
Ou no carro da frente
Ou no de trás,
Não importa...
Fazemos todos...
A viagem da vida
Ao mesmo tempo...
Então o que faço
Viajo no trem da saudade
O mesmo trem que guio desde menino...
É o meu trem...
Solta muita fumaça
Fumaça branca da saudade
Às vezes sai um pouco de fumaça negra
Mas ela se desvanece com a brancura
Da fumaça do meu trem
Que é pura...
Como meus pensamentos
Então eu lhes digo:
Felicidades...
Para todos...
FELIZ NATAL
Horas infindáveis... estacionam no relógio do tempo
fico a espera de ti, num semblante opaco e oprimido
lágrimas e acenos em lenços brancos cintilam ao vento
despedidas e chegadas, cada qual seguindo seu destino...
Nessa espera crucial fico estática sem teto e sem chão
ao longe o apito do trem que se aproxima da ferrovia...
vazio de mim, esculpido por ti, como ânfora o meu coração
recordações do passado, guardadas na bagagem da minha vida
Gelando todos os meus sonhos em ópios e ócios de meu viver
Passam-se noites e dias, meus pés não conseguem se mover
vagueio e arranco as ervas daninhas que nasceram nos trilhos
Enfeito com flores silvestres perfumando nossos caminhos...
na esperança de te ver desembarcando dessa viagem pra mim
e no meu último suspiro, dizer:- AMO-TE, até que enfim!
(LU LENA)
ESTAÇÃO SAUDADE
O trem da vida percorre muitos caminhos
E deixa a marca da saudade na estação,
Representado em sombra do lenço branquinho
Que enroscado balança no ar sem cair ao chão,
Ou nos trechos da música que de mansinho
Guardastes lá no fundo de seu coração.
São essas lembranças, os mimos de carinho
Que lhes traz essa singela recordação.
Podes assim retornar pelo mesmo trilho
E sentir a mesma emoção ao ouvir o apitar
Da locomotiva ou ver em sua luz o brilho
Dos olhos de quem faz até hoje latejar
Seu coração e sua alma cantar o estribilho
Da canção da saudade que a faz lacrimejar.