Passado

Foto de Rosinéri

RENÚNCIA

Não posso negar a tristeza angustiante
que deixa esta saudade.
Não pelo egoísmo de não tê-la,
mas pelas coisas que não faço por causa dela.

Por querer-te tanto quanto eu quero a vida ,
ando solitária no meu caminho.
Cantando como pássaro sem ninho,
Para ninguém ver o dor no meu rosto.

E, apesar da metade de mim estar ausente,
sorrirei a cada instante.
Esconderei dos outros a dor que sinto...

Confesso, estou sofrendo pois sei
que o que me resta desta vida é o passado.

Uma lembrança, um amor não amado, e do futuro,
a morte como fim de tudo.

Foto de Dennel

Cantor prisioneiro

Vê este passarinho prisioneiro?
Canta triste o dia inteiro
Pois um malvado caçador
Covardemente, sua liberdade tirou

Ele cantou um dia com liberdade
Nas verdes matas encantadas
Hoje canta triste, com saudade
As lembranças que tem da sua amada

Seu canto triste, melodioso
Alegra quem o aprisionou
Canta o passarinho saudoso
A dor da sua alma de cantor

E assim, passa os dias, meses e anos
Cantando o formoso passaro engaiolado
Triste, canta agora o seu desengano
Suas doces lembranças do passado

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sandy Machado

Você, eu, nós e as velhas lembranças

Estava gelada, quente. Triste, feliz. Quando ele fez alusão aos fatos passados, as velhas lembranças. O coração já não faz um movimento sincrônico,aleatório talvez.Diacronicamente,minha essência virou pó e a emancipação da minha alma já não era mais tão almejada.
De seu esquife,era possível analisar as falhas de seu rosto apático.Todas aquelas marcas um dia foram tocadas e sentidas por mim.Entre nossos movimentos impulsivos e sentimentos altruístas,realizamos poucas frases.Aferimos se era amor,não,mera atração entre corpos.Respirações ofegantes entre passos evasivos e fugas quase imperceptíveis a imaginação humana.
Palavras excêntricas eram sussurradas em meus ouvidos,florescendo desse modo planos juvenis.Conjeturas arrogantemente alimentadas,não compartilhadas.Promessas enterradas com seu cheiro perdulário,sua garridice.Eu, nefelibata ;ele,egocêntrico,diferenças estas que se fundiam no seu mundo pedante.Não havia certo,errado,valores,escatologias,preceitos,os instintos da carne se manifestavam assombrosamente em nossos momentos.Sua boca carnuda encostava-se na minha,passado de uma pele flácida e um aspecto arroxeado.
A etimologia de nossos enleamentos me faz sentir a vida transforma num inferno qualquer, em pesadelos, pressentir que anjos maus me guardam, afinal, alma filantropicamente má não convive com homens.
O que sobrará do meu adônis serão cinzas guardadas em um marfim qualquer,contrariando sua natureza megalomaníaca.

Foto de annytha

QUANDO FICO SÓ!

QUANDO FICO SÓ!

Quando fico só, as vozes noturnas falam de ti...
Mas só vejo sombras e vultos sombrios em minha imaginação.
Quando penso em ti, o vento leva meus pensamentos como leva as neblinas da noite...
Fico lembrando do brilho do teu olhar e penso no dia em que voltarás pra mim.
Lembro do calor da tua voz, do teu amor ...
Na hora de tu partires, eu certamente direi... Fica!
Mas tu irás na direção do mesmo caminho que te trouxe!
O vento lá fora parece rir e zombar dos meus sentimentos e dos meus anseios. Mas não! É apenas imaginação, pois ele cobre com uma nuvem o meu lamento da tua partida!
Não se vá meu amor!
Não quero que sejas a minha tortura...
O vento lá fora continua forte como se quisesse me avisar-me que trouxera um recado teu dizendo que não virias. Não! Era apenas uma suave brisa para me deixar mais calma.
Onde estás que não te posso te escutar? Nem o vento me traz e eco da tua voz...
Por conta disso, fiz um ninho pra abrigar a saudade que sinto de ti quando estamos distantes.
As minhas noites são profundas e vazias quando não vens...
Sem conseguir dormir, vejo-te em sonhos ...
Uma noite consegui dormir e sonhei contigo que de longe me chamavas...
Tua voz parecia trêmula e tua mãos agitadas, perecias querer dizer-me algo...
Mas notei que não chegavas e nem partias, o que encheu de angústia o meu coração.
Não sei até hoje o que tu querias me dizer. Será que dizias que não mais voltarias?
Acho que foi isso mesmo, pois nunca mais voltaste...
Não gostaria que tu fosses apenas sombra do meu passado!

Foto de Sonia Delsin

ÁGUAS PASSADAS

ÁGUAS PASSADAS

Moinho do tempo...
Envolto num nevoeiro.
Tudo tão passageiro!
Sabe o que é balançar-se numa pinguela a sorrir?
Será que alguém consegue resistir...
às sensações que volta a sentir?
Mil sementes no vento a explodir!
O pântano das lembranças...
Uma vitória régia.
O vôo de um paturi.
O estridente som de um tiro certeiro.
Ó não! Que dor!
O passado me volta inteiro.
E meu coração... às lembranças...
quer sucumbir.

Foto de Darsham

Perdão Meu Deus!

*****
****
***
**
*
Mais um dia de terror. Não conseguia aguentar mais. Ela simplesmente bateu a porta e disse não ao seu presente. Deslizou pelas escadas, encontrou caras, ouviu vozes dispersas, de conteúdo vazio. Procurou na sua memória onde estava estacionado o seu carro. Desejava teleportar-se naquele momento para os confins do universo, onde não fosse mais que uma pequena partícula, desejava que as vozes que teimavam em toldar-lhe a mente se dissipassem nos segundos que marcavam o tempo e que se transformavam em passado.

O frio que se fazia sentir, naquele dia, apesar de o sol se querer mostrar, gelava-lhe a alma e no entanto sabia-lhe bem, atordoava-lhe os pensamentos, sacudia a sua mente e transportava-a para outro plano.

Chegou ao carro, entrou, trancou as portas, ligou o rádio e chorou…baixinho, para que só ela ouvisse. Ficou assim apenas durante o tempo em que a música, tão sua conhecida, ecoou naquele lacrimejado silêncio.

Já na estrada, a sua condução era absorta…se o carro se movimentava, era porque sabia onde tinha que chegar…
Até que, algo lhe rasgou o manto taciturno em que estava envolvida e naquele momento temeu pela sua vida. Uma força desconhecida apoderou-se de si e travou o carro a fundo embatendo fortemente com a cabeça no volante. Naqueles milésimos de segundo, ela penetrou a escuridão e as trevas, para de novo alcançar a luz…

Tomou o comando do carro, agora com extrema atenção e lançou-se dali para fora, querendo apagar aquele momento da sua existência. O seu coração ainda estava acelerado pelo susto, na sua fragilidade recordou porque se encontrava naquele estado e chorou novamente…as lágrimas caíam desgovernadas pela sua face, para depois morrerem no seu pescoço.

Dirigiu-se para a praia. Só o mar lhe poderia dar o aconchego de que precisava naquele momento. Enquanto via a estrada à sua frente e o movimento frenético das ruas, tão próprio da quadra natalícia, apenas conseguia pensar que não pertencia a este mundo. Seriam as pessoas que não a compreendiam ou o inverso? Porque razão olhava para as pessoas próximas e lhe pareciam estranhos, defendendo a sua clausura, deixando que esta a absorvesse? O mundo era um lugar desconhecido para ela…

Sentia-se no término das suas forças e aos poucos ia abandonando o seu corpo. Parou o carro e dirigiu-se à praia. Descalçou-se e começou a caminhar junto à água.

As ondas batiam ferozmente nas pedras, enquanto o dia escurecia e a lua o anunciava…
Na vastidão dos grãos de areia, vislumbrava-se apenas um corpo prostrado, uma alma perdida que gritava na sua muda voz…

Num acto de extremo desespero brada aos céus:
- Deus? Estás aí? Não me ouves? Não me vês? Estou sozinha! Não tenho nada, já não acredito em mais nada, não sou nada! Ajuda-me! – E chorou, desesperadamente, como se a raiva e o desespero das suas lágrimas contivesse algum veneno lancinante, que acabasse com aquela agonia.

Desafiando todas as suas convicções e crenças, levanta-se do chão, ergue as mãos ao alto e berra:
- Acreditei em Ti, depositei em Ti toda a minha fé e hoje vejo que acreditei numa ilusão. Se Existisses não Deixavas que eu morresse em vida, vazia, desabitada…Já não tenho mais fé, já não sou ninguém… – Deixou-se cair sobre a areia e assim ficou, impávida a olhar o mar.
Repentinamente o vento acalmou, dando lugar a uma brisa suave. A água deveio cetim e as estrelas pronunciaram-se sobre o céu, ganhando vida própria.

Ela continuava exactamente no mesmo lugar, mas agora já não estava sozinha. Ao ouvir o seu nome, ao longe, reconheceu aquela voz e virou-se para se certificar. Ao levantar-se sentiu-se inundada por uma sensação de estranha paz e sorriu perante a confirmação do que havia pensado quando ouviu o seu nome ser chamado. Era a sua amiga, aquela a quem tantas vezes havia chamado de anjo por sempre a tentar resgatar da solidão em que vivia.

Abraçaram-se cúmplice e carinhosamente. Após um olhar repleto de palavras, deram as mãos e caminharam até à ausência dos grãos de areia. Ela apertou a mão do seu anjo, em sinal de agradecimento, fechou os olhos e disse baixinho:
- Perdão Meu Deus!

Foto de sinhinho

Um Anjo

Um dia encontrei um anjo
Um anjo que me segredou:
-”Sofre o que tens que sofrer hoje!
Amanhã serás Feliz
Esquece o passado
Tem fé no Futuro
Sorri,
Acredita no teu sorriso!
Ele existe e é real
Não quebres a linha da Felicidade
Passarás por altos e baixos
Maiores serão os altos
Pois os baixos já tu subiste”

Foto de Ayslan

Desejo

*
*
*
*
Onde esta você. Sabe ainda espero o telefone tocar.
Verifico meu e-mail três vezes ao dia. E a porta sempre esta aberta esperado você voltar.
Volta não. Nada volta a ser como era antes...
Pobre coração viver uma ilusão de ti ter novamente.
Porque ainda dizem que não existe amor errado.
A verdade é que sofro com o passado e é triste saber que sempre lhe amarei, mas não te quero mais, não é desejo nem saudade. Talvez tudo isso escrito aqui nem seja verdade. Ou a dor que resta não doe mais, talvez essas lagrimas não pertença a você assim como meu coração nunca foi seu.
Quando na verdade você nunca existiu.
Essa dor eu nunca senti, mais não consigo entender porque finjo tão bem que um dia sofri por amor...
Talvez pelo simples desejo de não sentir tal dor, pelo simples desejo de não te amar

Foto de gisele torress

recomeçar.....

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Não importa onde você parou…
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e
necessário “Recomeçar”.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado…

Chorou muito?
foi limpeza da alma…

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia…

Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos…

Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora…

Pois é…agora é hora de reiniciar…de pensar na luz…
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal
Um corte de cabelo arrojado…diferente?
Um novo curso…ou aquele velho desejo de aprender a
pintar…desenhar…dominar o computador…
ou qualquer outra coisa…

Olha quanto desafio…
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te
esperando.

Tá se sentindo sozinho?
besteira…tem tanta gente que você afastou com o
seu “período de isolamento”…
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para “chegar” perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza…
nem nós mesmos nos suportamos…
ficamos horríveis…
o mal humor vai comendo nosso fígado…
até a boca fica amarga.

Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos
desafios.

Onde você quer chegar?
ir alto…sonhe alto… queira o
melhor do melhor… queira coisas boas para a vida…
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos…
se pensamos pequeno…
coisas pequenas teremos…

já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente
lutarmos pelo melhor…
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental…
joga fora tudo que te prende ao passado… ao mundinho
de coisas tristes…

fotos… peças de roupa, papel de bala…ingressos de
cinema, bilhetes de viagens…
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados…
jogue tudo fora… mas principalmente…
esvazie seu coração… fique pronto para a vida…
para um novo amor…

Lembre-se somos apaixonáveis…
somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes…
afinal de contas…
Nós somos o “Amor”…

” Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do
tamanho da minha altura.”

Foto de Sonia Delsin

QUARTO DOURADO

QUARTO DOURADO

Entro no quarto dourado.
As lembranças do passado...
Piso leve.
Mal toco o chão.
Dói forte meu coração.
Vou deitando o olhar.
Num doce arrastar.
Quero tudo abraçar.
Acariciar.
O quarto vou pra sempre guardar.
Dentro dele mora alguém que nunca quis se mudar.

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