Paz

Foto de Henrique Fernandes

SEGREDOS PARA VIVER BEM

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O sonho acabou e a noite terminou
Numa certeza que outra noite chegará
E um outro sonho no além sonhará
Abaixo as tristezas que nos extenuam
Temos de cultivar em nós ideias positivas
Fechar os olhos e pensar em alguém
Que tenha muito valor para nós
Começar os dias com sorrisos inéditos
Invocando sabedoria num ritual de paz
Numa atitude com poderes relaxantes
Para o corpo e a mente seguirem em frente
Como quem deixa a imaginação voar
Na privacidade debaixo do chuveiro
Dilatando-se suave sobre a água quente
Numa sensação de enorme prazer
Respirando com os braços leves e soltos
E cantar em voz alta o alívio profundo
Inalando e exalando o ar necessário
Para conforto dos sentimentos
Em altas e boas risadas mesmo sem motivo
Abrir todas as janelas ao bom dia da natureza
Receber na alma a luz do novo dia embelezado
Pelo canto da passarada nas cores das flores
Aumentando as hormonas do bem-estar
Receber a massagem do ar fresco da manhã
Sentindo cada um de todos os pontos nevrálgicos
No contacto apaixonante com a vida
Reflectindo um olhar sagrado de tranquilidade
É preciso reservar um tempo para amar
Namorar, estimular os desejos e sexo
Para encontrarmos muito da qualidade humana
Comunicando com as cores da paixão
São os segredos para se viver em harmonia
Com o sentido de se estar bem!!!

Foto de Duzinha

Tormento

Estou com o pensamento
Bloqueado
Num único botão
Sinto-me mal
E sem razão
Não sou capaz
De pensar em coisa alguma
Não consigo ficar em paz
Tenho medo
E preocupação
Mas estou normal
Ou não…
Há alguma coisa
Que me está a atormentar
Mas não sei o que seja
Não consigo decifrar
Estes sinais…
Por favor
Isto é demais…
Aguentar este pavor
Sozinha…
Alguém sabe o percurso do amor?

Foto de Sirlei Passolongo

Mulher

Mulher

Coração que ama...
Colo que ampara
É seiva divina...
Que vida propaga
Fada artesã
Da sua própria saga

É o começo de tudo...
É fonte da vida
Fogo da existência...
Fulgor de todo verso
Do amor, a essência
Nota da canção
Que rege o universo

É guerreira...
Que a paz embala
Ventre da esperança
Rara flor que fala...
Perfume que embriaga
Mão que a dor afaga
Não importa a chaga

Sorriso que encanta
Braço que protege
O seu lugar conquista
O sonho... Persegue
É fada alquimista
É mulher... É luz
Fada que conduz
A inspiração do artista.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora.   

Foto de Henrique Fernandes

ESPÍRITO DO DAR

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Hora zero de uma noite fria, acalentada pelo brilho de enfeites luzidios que reflectem o piscar multicolor de lâmpadas vigorosas de sustentáculos cintilantes, como estrelas que iluminam a noite numa bonança que pernoita diante de um sublime manto branco de neve; todo pintado a gelo.
A alegria vagueia pelas ruas sem deixar pegadas, flutuando um silêncio interrompido por uma sinfonia de emoções, escutando melodias que tilintam no espaço e no ego o espírito do Dar!
Ao olhar através da vidraça que expunha a rua nessa noite, encontrava-a trajada de encantamento, como sucedia em todas as ruas, encontrei-a coberta por um costume de mil pigmentações em combinações de paz e concordância! Eu estava solitário, vigilante e submisso a este prodígio que a alma compreende, a qual nos transfere no bater do coração.
Ao ecoar a décima segunda badalada dessa noite gélida, escutei o ranger da minha porta e uma voz de silêncio que já havia ousado mostrar-se, proferiu à minha mente:
- Sou o Dar, esquecido pelos povos trezentos e sessenta dias por ano. Tenciono esta mácula desabafar.
Não sei se hipnotizado ou se havia enlouquecido, mas prescindi minha mão a regular-se pelo Dar e ortografei o seu desabafo descontente e tão penetrante, que se podia escutar o pesar que me ditava:
- Sou feto concebido no ventre do nosso carácter, sob a forma de um sentimento que dais à luz num costume de horas contadas num impar. Deveis decepar ao Dar o cordão umbilical, e deixá-lo coabitar menino a crescer em vós, dando-me voz todos os dias do ano.
Dar deambulava na minha alma à procura de se libertar, ou de juntar-se com o seu irmão - Receber - na aberta de uma consciência que soltamos numa comoção, que manifestamos quando dissolvidos na áurea Natalícia que nos transmuda a moral superabundante de uma indigência de asserção humana conquistada pela razão. Sem senão, o nosso ser quer partilhar o receber com o Dar.
Dar passou o tempo à janela do meu olhar, presente num estender a mão a quem não espera por nós e de nós carece como alimento à esperança, desaparecida na fome de contentamento, evacuada numa lágrima que inunda um rosto de solidão e esgotada num clamor mudo em demanda de paz.
Dar brinca no nosso sorriso quando sorrimos despretensiosos, intencionados a ajudar sem imodéstia, numa troca de emoções compartilhadas num pranto de alegria. Como suspiro de satisfação entregue por veneração a um fascínio natural sem ilusionismos ao obséquio de ser gente.
Dar é uma criança que se agiganta adulto nas nossas carências ou aptidões, de receber sem anseio o beijo do sorriso de uma criança, abrilhantado num olhar que agradece inocente a nossa melhor oferenda, agasalhada de quentura despretensiosa, dádiva de amor humano.
Dar está aceso em nós quando sabemos receber o Dar de alguém. O Dar não se dá, partilha-se cedendo o que recebemos: um olá num olhar sincero, a carícia de uma mão sem interesse, um beijo que não impõe retorno numa oferenda que não aguarda restituição, um sorriso de uma cooperação autêntica, um abraço que compreende a adversidade de qualquer um, o interiorizar uma palavra graciosa, o aceitar da incorrecção e imperfeição do comparável simples mortal…
De repente, acordo recheado de existência em mim sobre um papel manuscrito sem memória, e já o Sol da manhã me dava um benéfico dia. Sem saber se havia devaneado, sentia-me desconforme por algo que me havia alegrado o profundo do meu ser, soberbo pela mensagem do Dar.
Considerei estar demente, mas não. O espírito do Dar murmurou para mim. E lá estava eu, na vidraça, enxergando a minha rua trajada pela luminosidade de um Sol que fazia jus à concórdia de um mundo por sensibilizar.
Elevo-me em harmonia e entorno meu olhar lá para fora… Via -a agora guarnecida de crianças turbulentas de júbilo, arrojadas de uma glória, inábeis de ocultar a sua transparente e radiante felicidade.
- É o Dar! É o Dar! - Ouviu-se…

Foto de Henrique Fernandes

BEM-ESTAR DE ESTAR BEM

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Deito-me sobre a erva que me conserva
Fresco num jardim plantado por mim
Apaixonado por recordações que tragam
Emoções ao meu rosto e rasgam sorrisos
Com gosto de encantos em tantos juízos
Inocentes de outrora em histórias presentes
Agora memórias do que aconteceu sem hora
Pelo meu caminhar fora e ora
No bem-estar de estar bem e ser alguém
Recordo encontro, acordo desencontro
A paz do quanto era rapaz chegando homem
Por ilusões que consomem o que sou capaz
Dou azo ao que me atrevo e sou o que escrevo
Versos confessos que rimo com o meu cimo
Poema de quem ama alguém que excita
A voz que grita a sós o poder de nós
Numa prosa misteriosa que se esfuma na pluma
De momentos ordinários em sentimentos áureos
De quem persegue o amor sem pudor e consegue
Descobrir a flor antes de florir nos amantes
Desejos e beijos na partilha de dois seres
De saberes no cume de uma maravilha sem ciúme
Ateando o lume que toca a troca de carícias
Sem malícias nem segredos na ponta dos dedos
Em espera que cai num olhar que desespera
Num levantar de saia sob um sol no lençol
Como quem rebola na praia ao som de uma viola
Mas enfim, tudo que sai de mim é pouco
De tão louco quão a loucura e doçura
Que exponho nas letras que componho tretas
A verdade é só saudade em dó de realidade
Doente e somente pó de maturidade que socorre
E a alegria nunca morre nunca

Foto de VenOon

Arrependimento Passional

Trago na alma o sorriso desolado
Forçado, por consequeências cometidas.
Por tanto lutar já me sinto fraco
Podedo produzir esperanças sofridas.
Desprezei por tanto tempo,
Aquilo que me foi oferecido.
A mácula promovendo o desalento
De todos os presentes, esse foi o mais querido.
Como um néscio, assim eu agir.
Representei erros passionais
Por não enxergar o seu amor puro,
Devorei de forma estulta a nossa paz.
Hoje meu coração respira ares soturnos,
Lembrando dos atos perversos, aumenta a mancha.
Caminho com meu espírito noturno,
Tentando recuparar de volta a chama.
Era uma chama, forte, viva e acesa.
Que graças a minha morbidez conseguir apagar.
Como fui tolo, a ponto de ocultar
O amor que agora peço que transpareça.
Me preocupai com o que estava longe e oculto,
Não notei o que estava mais próximo e visível
Formulei a chaga que devastou o meu mundo,
E essa doença a dor é inexaurível.
Com vilipêndio tratei o que me dera;
Tentar resgatar, talvez seja tarde.
Trago no peito o ego ferido que arde,
E me consome como calor a primavera.

Foto de Darsham

Semear Sorrisos...

Não sou médica, não sou especialista em nada, mas vivo e estou aqui, observo e sinto e sei que muitas vezes um sorriso, uma gargalhada é muito mais eficiente do que um medicamento, uma droga…
Não tenho muita experiência em voluntariado, não posso dizer que tenho contribuído muito nesse campo, mas o meu coração diz-me muito mais do que posso transmitir aqui sobre o nobre acto de nos disponibilizarmos para ajudarmos o próximo…
Muitas vezes comento com pessoas que me são próximas que gostaria muito de fazer voluntariado em cuidados paliativos com crianças, ao que me respondem que é uma tarefa muito ingrata, que não tenho estrutura para tal, que não tenho estofo para ver um sofrimento tão atroz no rosto das crianças, sendo elas tão indefesas, precisando de ser protegidas…
É verdade, é muito injusto que estas coisas tenham que acontecer, principalmente às crianças, que deveriam ter o direito de viver e crescer e ter a oportunidade de ter oportunidades…
Mas não considero uma tarefa ingrata, uma vez que, e apesar de não podermos arrancar a doença e o destino de quem está à nossa frente, podemos fazer coisas simples que ajudem a que os últimos momentos não sejam passados em extrema agonia…
Contar uma história, ouvir um desabafo, fazer uma brincadeira, provocar um sorriso…
Só de pensar em conseguir fazer sorrir alguém que esteja em grande sofrimento enche-me a alma e leva todos os males da vida embora naquele momento…
É preciso ter muita coragem, não nego, pois é ponto assente que em certos casos vai chegar um dia em que já não se poderá tentar encontrar um sorriso perdido num olhar de desalento, mas sim a ausência de um corpo, de alguém que partiu para sempre…
Mas esse momento chegará para todos nós um dia, cedo ou tarde, ele é certo…então porque não aproveitar o que temos aqui e agora ajudando…semeando esperança…
A esperança, a fé não são apenas necessárias para todos os que estão de pé e gozam de saúde, e desejam realizar sonhos, alcançar objectivos. É necessário também para quem sabe que a sua partida está para breve, para que a dor seja minimizada, para que não se revoltem contra algo que é irreversível…e para que possam descansar em paz…
Tentemos todos plantar sorrisos e sementes de esperança para que a nossa existência possa ter um significado e sentirmos que importamos, que tudo valeu e vale a pena…

Foto de HELDER-DUARTE

Eternidade

Vi um dia sem fim!
Deste modo assim...
Dia de ordem e de verdade
Dia de infinita felicidade.

Pois o tempo, não o há.
Gozo e paz, real, sim e que satisfaz.
Como não há, pois nesta hora, cá.
Mas só ele o fez e foi capaz.

Não há enfado!
É como era no principio!
Não há triste fado!...

Anjos e homens voam.
Mais o rei e príncipe,
Hinos, agora, eles entoam!

Foto de Teresa Cordioli

Ahhh, se eu fosse normal...

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(Que chato seria...rsrsrsr)

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Ahhh, se eu fosse normal...

Ah nós poetas,
Que por outros,
Somos taxados de loucos,
quando tão pouco
querem saber
o que os poetas sentem!
Somos gente,
que desde muito cedo,
aprendemos a amar.
Somos apenas diferentes...
Loucos não!!!
Só porque vejo o vento?
Falo com a flor?...
Sou sensível ao amor?
Louca não sou...
Só porque namoro um beija-flor?!...
Ahhh pessoas normais!
Venham com a gente...
com os poetas,
sejam diferentes,
mudem o mundo,
e, em apenas um segundo,
construam a paz
escrevendo um verso de amor...
Não encostem-se em ideologias
não façam magias,
façam apenas poesias,
sejam voces sejam como for,
mantenham vossa imagem,
não usem aparências outras...
Penso, como eu seria
se normal eu fosse,
sem nunca ter visto
a fada da meia noite?...
Eu seria tão triste,
sem meus carneirinhos,
que cuido com carinho
em nuvens molhadas...
Fico pensando;
se eu não fosse poeta,
sem nunca ter
recebido a visita
da lua em quartos...
Ela que pela janela
entra em meu quarto
para ser a dona da festa,
em noites de poesias...
espalhando alegria,
em versos de amor...
Ahhh, se eu não fosse poeta,
louca seria,
por não acreditar
no amor...
Prefiro ser poeta,
entrar nessa festa
como "louca"
...e ter o poder
de trazer todos quem eu amo
para bem pertinho de mim.*..

Foto de Sonia Delsin

O MAIS SABOROSO

O MAIS SABOROSO

Eram tão frias...
Minhas noites eram tão frias...
Naquele tempo eu tinha tanto medo.
Guardava no fundo do coração meu maior segredo.
Ele me machucava tanto.
Me causava tanto pranto.
Mas hoje em dia ele não me machuca mais.
Encontrei a paz.
Meu segredo é a melhor parte de mim.
Meu segredo é a flor mais bela do jardim.
Se ele é um bem, por que eu sofria?
Ele tinha que me trazer era alegria.
Mas naquele tempo não trazia.
Era um fruto proibido.
Era o mais saboroso.
Mais desejado.
Para manter este sonho o que eu não teria dado?
Descubro... depois de tanto tempo passado.
Fui tão amada, foste muito amado.
Existiu tanto amor e nenhum pecado.

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