Pranto

Foto de Carmen Lúcia

Olhar mudo

Fechei os olhos,
Cerrei as pálpebras,
Pra impedir deixar o meu pranto rolar...
Neguei-me a ver,
A entender,
Esse silêncio que havia em seu olhar...
A me fitar,
O seu calar,
Falava o que jamais queria escutar...
De despedida,
De dor doída,
E do amor que eu não via em seu olhar...
Que se acabou,
Que se calou,
Seu olhar mudo falou tudo sem falar.

Carmen Lúcia

Foto de Henrique Fernandes

SOLIDÃO

.
.
.

Nostalgia que tormenta
As noites e os dias
Num pranto que lamenta
Duas almas vazias

Solidão é crueldade
Que varre a luz do dia
É impotente verdade
Que os sonhos esfria

Os prazeres são nulos
E brandos os sentidos
De sentimentos fulos
Sem eco perdidos

É um nada que é tudo
É ser isento e estar atado
É poder gritar e ser mudo
É um viver cansado

Foto de Fernanda Queiroz

Ah! Poesia.

Ah! poesia
Que trás magia
Junto euforia
Alegra meus dias
E me faz poetar

Ah! Poesia
Que nasce no peito
Descreve com jeito
Um amor perfeito
Que me faz sonhar

Ah! Poesia
Letras de encanto
Enxuga meu pranto
Ativa meu canto
E me faz lembrar

Ah! Poesia
Lembrar da saudade
Que na realidade
Faz a felicidade
De poder amar

Ah! Poesia
È mais que um dom
Sem rima ou sem tom
Capita o som
E me faz cantar

Ah! Poesia
Leve este recado
Diz pr’o meu amado
Que está trancado
Em meu coração

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Dirceu Marcelino

NÃO CHORES II - Homenagem a Sempre viva

*
* Homenagem a Sempre-viva"
*

"Sai à rua...grito preso na garganta..
coração apressado.....desesperado...
esperando pelo momento da chegada...
daquele ser que amava tanto...
braços abertos, a suplicar......
me ame outra vez,
me reprima o pranto......" (Sempre-viva)

*********************************

NÃO CHORES e NÃO SE DESESPERE

Não se desespere minha amiga,
Não chores e não grite de pranto
Mas se chorares, sim guarida
Darei e a cobrirei com meu manto.

Não um manto de rei, mas de amigo,
Que aprendeu a ter querer tanto,
Tanto como que agora me intrigo
Com o que sofres, mas se, entretanto,

Chorares, como o beija-flor eu farei,
O que ele faz ao aspirar néctar e o mel
Das flores e tuas lágrimas eu sugarei,

És que tu mereces viver no céu
E com minha atitude eu evitarei
Que sintas o amargor do gosto de fel.

Foto de Drica Chaves

Contratempos

Sei que amanhã irá partir
Já estou pensando como ficar sem você.
Vou correr entre flores e cores
Buscando acordes para bailar
Sem você...
Cantarei os rumos dos contratempos
Contra o vento,no desalento.
A brisa suaviza o meu rosto molhado
Pela tempestade que não veio tarde.
Escondo o pranto na Primavera
Que traz flores e não minha metade.
Preciso renascer das cinzas
O meu esconderijo fragmentou-se pela fosforescência.
Da casualidade veio a ilusão
Trazendo você refletido
Não pela luz do sol
Mas pelo espelho mágico da vida
Quebrado pela ingratidão
Colado?
Mera suposição.

Drica Chaves

Direitos autorais reservados.

* Este poema virou música (arranjos e melodia de Zé Costa)

Foto de Sonia Delsin

ALEGRIA DE VIVER

ALEGRIA DE VIVER

Não deixe que a ferrugem
corroa sua alma.
O efeito do tempo...
Aprenda a ver o sol nascendo.
Ele se levanta majestoso.
É pura beleza e promessa.
Não deixe que as dores do viver lhe tirem
o encanto.
Esqueça o pranto.
Sorria.
Abra os braços.
Gire, rodopie.
Com a vida se contagie.
Embriague-se com a simples beleza
da natureza.
Os pássaros são tão livres
na amplidão.
Nossa alma na imaginação.
Procure alegrar seu coração.

Foto de Carmen Lúcia

Via Crucis

E então decidi...
Despojar-me de todos pecados,
Ser meu próprio Pôncio Pilatos,
Ter meu corpo crucificado...
Não pra salvar a Humanidade,
Não me crivaria de tamanha dor,
Cristo foi mais sonhador...
Não, foi mesmo auto-piedade,
Da alma, em busca de serenidade...
Caminhei com a cruz...A que me impus...
Não caí somente três vezes...Foram muitas!
Já havia tombado tanto,
Pelo peso de meu pranto,
Por minha consciência pesada,
Não ouvir a voz da razão,
Nem mesmo a do coração,
E agora, Via Crucis, levo-me à condenação.
Fui Verônica...Cantei o meu desencanto,
Limpei sangue de meu âmago
Deixei registrado no pano
O meu triste desengano...
A Madalena arrependida,
Pelo homem incompreendida
Agora cheia de dores e acatos...
Vítima dos desacatos...
Tentei levantar-me, ser o meu Cirineu,
Reacender a chama que um dia morreu...
Momento sublime...Maria, mãe que redime,
Um encontro...Um olhar...
Nem foi preciso falar...
A única expressão...a de nosso coração!
Sedenta de amor, bebi o seu mel...
Desnudei minha alma, arranquei-lhe o véu...
E chorei...Implorei...Me ajoelhei...
Finalmente, enxerguei uma luz,
Semi-apagada, de um sol eclipsado
Recomeçando a acender...

Carmen Lúcia

Foto de NiKKo

Elipse

Eu não nasci.
Eu germinei pelo sol, pela lua.
A Natureza foi minha mãe bendita,
embora seja ela que me destrua.
Pois ela trás consigo a maldição
dos que amam sem saber.
Trás na madrugada o sonho da vida
e o pranto quando chega o anoitecer.
Ela me leva por caminhos inseguros
por onde minha alma fica perdida.
Por tantos caminhos sinuosos
onde sempre estou deprimida.
Assim espero o vento derradeiro
que venha dessa vida me arrancar.
Espero a chuva e a geada
para desta vida me levar.
Pois eu nasci com a madrugada
com a lua e com o sol a me aquecer.
Da lua herdei a beleza distante
e do sol o fogo que destrói o meu Ser.
Assim fui pecadora como Madalena
que reconheceu seu erro a tudo renunciou.
Mas eu não renuncio a nada
pois foi o sol e a lua quem me gerou.
E assim eu nasci com a maldição
dos que não sabem o que realmente querem ser
Só sei que a minha sorte é ingrata
e até me alegro pensando que vou morrer.

Foto de Bira Melo

SÚPLICA PÓS MORTIS

Se ao acaso o irônico destino,
Ou a mera fatalidade do viver
Trouxer hoje o janeiro do meu ser
De uma maneira inesperada
Não quero choro, nem risos, nem nada
Não quero vela, nem o pranto mudo
De uma gazela desesperada.

Flores... Para que se não há mais nada?
No meu esquife, não há mais necessidade
Pois que a matéria ali repousada
Não carece de ser decorada.

Sei que gostas de flores perfumadas
E eu, do simples, das flores e das floradas.
Em vida, somente em vida e mais nada!
Pois que em morte minha, já não gosto de coisa alguma,
Porque tudo tem um sabor de nada.

Tenho medo dos vermes,
Da escuridão da lápide,
Do gelo quente da madrugada
E esse medo faz com que te suplique
Que faças minha matéria ser cremada
E das cinzas: fazei um carnaval, uma levada
A travessia de São Paulo, o Morro
Da rampa do mercado, sairás na madrugada.

E em noite de Lua cheia
Por estrelas guarnecida
A poucas milhas da chegada
Espalha ao vento sobre o mar
Minhas cinzas flamejantes
Que outrora foi bela morada
Desta alma diminuta
Louca e eternamente apaixonada.

direitos autorais reservados. Poema in "Anjinho de Carvão".

Foto de CarmenCecilia

SIMPLESMENTE MULHER

HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

POESIA: SIMPLESMENTE MULHER

POESIA EM DUO
SOBRE A SENSUALIDADE, BELEZA, SEDUÇÃO E PERFIL DA MULHER

MÚSICA: UM PIANO SUR LA MER

SIMPLESMENTE MULHER

Imagina-me... Retrato da beleza...
Namorada... Amante... Companheira...
Capaz de inúmeras proezas...
Sutil... Mas verdadeira...
Sensível em minhas pétalas...
Feroz nos meus espinhos...
Defendendo a vida com garra e carinho!...
Imagina-me... Criação... Continuação!
A canção, que os sonhos embala...
Nada me abala e me cala...
Utopia... Aquela que te contagia...
Magia... Imagem...
Mas, sobretudo mensagem...
De decisão e coragem...
Imagina-me magnetismo... Encanto...
Olhos falando... Sorrindo...
O meu coração sufocando o pranto
Expurgado em versos
Nas auroras nascituras...
Firmeza... Bravura...
Imagina-me... Candura...
Aquela que sempre perdura...
Que busca no céu as estrelas...
Faz promessas pra lua...
Que me deixa nua...
Mas sabe que ao raiar do sol
Outro dia continua...
[BLUE][B]Imagina-me... Mágica sedução...
Curvas do seu descaminho...
Uma incógnita... Segredos... Paixão...
Beijando sua boca de mansinho...
Um ser multifacetado...
Concubina... Amiga... Mulher...
Nos lábios sorriso endiabrado...
No coração nem uma certeza sequer...
Imagina-me... Poesia... Brilho... Fascínio...
Um baú de eternas surpresas...
Roubando-lhe o rumo...
Tirando-lhe o prumo...
Deixando-o ébrio... Ávido... Sem ação...
Adentrando labirintos por instinto...
Enlouquecendo sua vã matemática...
Tudo pressinto... Sinto!
E navego por mares... Marés...
De bom e mau tempo...
Mas sou seu calmante
Depois de um dia alucinante!
Eis meu auto retrato
Meu perfil que aqui relato...
Mulher simplesmente...
Simplesmente mulher...

Carmen Cecila & Carmen Vervloet

Apenas comemorando a data.
Xará que saudades!

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