Repente

Foto de Osmar Fernandes

Histórias que o povo conta (atenção! - se tiver medo não leia)

História que o povo conta

Cafezinho das três no cemitério

Três horas da tarde, sol ardente. Hora sagrada do cafezinho dos quatro coveiros, que, sentados em um túmulo, contavam histórias de arrepiar.
De repente, o sol se põe. O tempo obscureceu. Começou a trovejar. O céu anunciou chuva, vento forte, temporal. Amedrontados, perceberam que isso só estava acontecendo dentro das limitações geográficas do cemitério. Foi coveiro correndo pra todo lado.
Nesse momento tremularam catacumbas, túmulos, covas abertas, etc. As folhas das árvores choveram sobre o cemitério. Ninguém enxergava mais nada.
Um dos coveiros, espantado, notou que o portão grande do cemitério ora abria, ora fechava, e batia uma parte na outra assustadoramente. Parecia o badalo do sino de Deus anunciando o fim do mundo. De súbito, observou uma silhueta vultosa, esbranquiçada, tentando se esconder da tempestade. Não compreendendo o mistério e tremendo de medo, de sua boca ecoou um grito pavoroso, dizendo: É alma penada! É bicho feio! Valha meu Deus!
Começara a rezar para São Miguel Arcanjo (A Oração contra as ciladas do demônio...).
Dos outros coveiros, viam-se apenas seus olhos esbugalhados fitando aquela figura estranha que parecia bicho de outro mundo.
Um dos coveiros, tenso, pasmo, seguiu com os olhos aquela “coisa”, que flutuava perdidamente, em ziguezague, em busca de abrigo.
Outro, apesar do momento esquisito e do ser fantasmagórico, só pensava nos túmulos que já tinham sido saqueados. Imaginava que se tratava de mais um vândalo ou de um ladrão, tentando assustá-los. (Poucos dias atrás tinha pegado um idiota defecando em cima de um túmulo. Ao flagrá-lo, lhe dera uns safanões, pontapés – este nunca mais se atreveu a importunar o sono sagrado dos mortos.)
Outro dia, dera falta das inscrições douradas, prateadas, de muitos jazigos. (Os parentes das vítimas exigiram das autoridades, justiça.)
O instante era de apreensão, medo, nervosismo. A ventania não parava. Aquela “coisa” esvoaçava como assombração peregrina... E de repente, sumira.
Um coveiro que não a perdera de vista foi ao seu encontro. Por sorte... se viu diante de um vulto mágico dentro duma cova, levitando. (Aquela cova aberta estava pronta para receber seu ilustre morador, que já estava a caminho.)
Assustado, o coveiro chamou um dos colegas, que ao se aproximar, deparou-se com aquela “coisa” dentro da cova. Foi tomado por uma síncope descomunal... Ao sentir-se vivo novamente, tratou de abandonar seu companheiro, seus pertences e deitou o cabelo...
Outro coveiro vendo aquela cena, aproximou-se, e ao ver aquilo, gritou: Sangue de Cristo tem poder! Isso é alma penada mesmo! Minha Nossa Senhora da Boa Morte! Saiu em disparada com as mãos à cabeça, tropeçando, caindo, se levantando, e aos berros dizia: Deus me livre! É o fim dos tempos! Socorro!
O coveiro, o corajoso, que olhava – a “coisa” resolveu lhe perguntar de supetão: - Que faz aí dentro dessa cova que não lhe pertence?!
E “a coisa” com uma voz trêmula do além, lhe respondeu sem pestanejar: - Vocês não me deixam em paz. Sentam em cima de mim contando histórias cabeludas, mentirosas; e ainda por cima, sujam meu túmulo com farelo de pão, de bolacha, café.
O coveiro, o corajoso, então lhe disse: - Vou chamar o padre para lhe dar a estrema-unção. Você não diz coisa com coisa. Ta louca! Ta na ânsia da morte.
E aquela “coisa” ali, como uma alma penada, engoliu a língua por uns segundos, e lhe respondeu: - Não precisa! Já to morto há muito tempo. Não ta me conhecendo? Sou o Luiz. Você que me sepultou. Não se Lembra de mim, Roberval?
O coveiro perturbado pensou: Santo Deus, isso não ta acontecendo comigo!... Vou buscar água benta e vou jogar em cima desta “coisa esquisita.”
A “Coisa” lhe respondeu aborrecida: - Você e os seus colegas estão usando meu túmulo como cozinha de cemitério. Não façam mais isso. Deixem-me descansar em paz. Quero ter o sono eterno que mereço.
E, falando isso, a alma penada elevou seu espírito até seu túmulo – que se abriu sozinho; ao adentrá-lo, pôde enfim dormir em paz para sempre. Ao repousar em sua última morada, fechou-se o túmulo, e misteriosamente, o temporal cessou.
Os coveiros do cemitério ficaram extáticos ao ver aquela alma se refugiar.
Prometeram que nunca mais usariam túmulos para tomar o costumeiro cafezinho das três.

Autor: Osmar Fernandes,

Foto de CarmenCecilia

OPINIÕES

OPINIÕES

Quantas opiniões nos cerceiam a cada instante...
O ir e vir constante.
O que ontem abraçava com ardor...
Hoje não sei daquele calor..

A primeira idéia...
Formata e incendeia...
Mas passado o momento...
Do acontecimento...

Já não resplandece...
Empalidece...
O que agora brilha...
E que não é mais minha trilha...

Quantas vezes...
Revezes atrozes..
Calam me a voz...
E de mim fazem algoz...

E de repente...
Estou aqui eloqüente...
Fomentando outra opinião...
Que se insinua no coração...

Uma mesma caminhada...
Traz brilho a estrada..
De outra feita...
Agora não enfeita...

O sonho que sempre tive...
Não me contive...
Agora invalidou...
Nem na memória ficou...

Plantou...
Mas não vingou...
Pois a semente não eclodiu..
E enfim não brotou...

As diretrizes que sempre tive...
De repente ficaram sem raízes..
Flutuo...Fico livre...
Busco algo que me motive

E assim cada um pode dizer de si...
Que a contradição margeia...
Fortalece idéias... Que ora ateiam
Mas são plantadas na areia..

Paixões que não sedimentam...
Não alimentam...
O que num primeiro momento se buscou...
E assim portanto não se edificam...

Identificam a razão primeira...
Soberana...Plena...,
Encena apenas...A duras penas...
Sensações amenas.
Mas que agora já saíram de cena...

Carmen Cecília

Foto de Dirceu Marcelino

A BAIANINHA

BAIANINHA

Sequer me lembro de seu nome.
Talvez, em razão de um bloqueio inconsciente.
Um trauma, provavelmente, de uma namoradinha fugaz. Daquelas que surgem de repente e momentaneamente em nossas vidas e depois desaparecem.
Desaparecem mais deixam marcas profundas em nosso inconsciente, como disse.
Só recordei-me dela, provavelmente, em razão do conflito que estou sofrendo.
Conflito de transferência de personagens.
Pois, tudo indica que transferi o amor imaginário para outra pessoa imaginária, mais real que a primeira, posso dizer, pois esta existe mesmo que a conheça virtualmente.
Mas não consigo compreender porque me lembrei da “baianinha” desta maneira.
Encontrava-me parado na esquina da Avenida São João, em São Paulo.
Aguardava um amigo que passaria de carro e me levaria ao Fórum de São Paulo.
Fazia frio. O vento fustigava minhas costas, pois, esquecera o paletó no carro do amigo e para se livrar das rajadas de vento encostei-me em uma banca de jornal.
Escolhi aquele local, pois ficava a uma distancia de uma linda morena, parecidíssima com aquela “baianinha”.
Mas está já não era tão jovem.
E, justamente, por não ser tão jovem passou-me a fazer recordar de outra musa virtual.
Aquela que impregna minha mente em todos os instantes.
Musa de olhos verdes, penetrantes e femininos.
Lindos e indecifráveis.
Olhos de gata que vejo me espreitando por todos os cantos. No meio da multidão e até em meu sono.
Tanto pensava nela, que fiquei meia hora ligando meu celular. Revezando em ligar para o cliente e para ela. Ninguém atendia e o vento frio continuava a fustigar minhas costas.
Bastava-me encontrar um bar e ir tomar um cafezinho e automaticamente sairia do frio.
Mas não sei ao certo porque não o fiz.
Provavelmente, era porque queria permanecer vendo a morena.
E o que vi.
Uma mulher esbelta, pernas torneadas exibidas de forma formosa em um salto alto de no mínimo 12 cm.
Rosto tão lindo, olhos negros, cabelos da mesma cor, longos e bem penteados, um lábio carnudo e sensual que se delineava naquela face de princesa.
Mas o que me cativava.
É que ela abraçava e aconchegava ao seu corpo um menino de seis ou sete anos de cabelos pixaim,
Pensei:
“_É um baianinho”.
Ah! Preconceito. Porque um “baianinho”.
Agora. Passados alguns dias, consigo decifrar meus pensamentos.
Mas antes de chegar a esta interpretação, já mantivera contato com minha musa virtual.
Transmite-lhe num primeiro momento o que sentira.
Contei-lhe que havia naquele frio pensado nela.
Mandei-lhe uma poesia. Sequer sei se leu. Pois, pedi-lhe agora que me mandasse, pois perdi minha cópia e ela também não encontrou a sua.
Na realidade, não consigo me lembrar exatamente das palavras que escrevo nas poesias. Já houve casos de vê-las em mãos de outrem e sequer saber que eram minhas.
Mas, retornemos à “baianinha”, pois é dela este conto, “Baianinha” da qual jamais havia relembrando nos últimos quarenta anos.
Conto-lhes que aquela “baianinha” foi a primeira moça que me beijou.
Eu era um adolescente inocente.
Um caipira do interior.
Ela, afinal, era uma “baiana” que viera da Bahia, com toda sua família, permanecerá por algum tempo na Capital de São Paulo e agora estava ali, morando perto de mim, em uma pacata cidade do interior.
Por isso achava-a esperta, a final ela já era viajada.
E eu sequer conhecia uma praia.
Na verdade ela saiu de minha vida, tão rápido como entrou.
Só a vi mais uma vez: Em plena avenida São João.
No mesmo local, onde agora passava frio.
E, como a vi.
Estava fardado, pois era um policial.
Ao vê-la corri de encontro dela.
Percebi que se assustou.
Titubeou.
Olhou-me nos olhos
Vi que os delas brilharam.
Não sei os meus.
Mas no mesmo instante aquele brilho se transformou numa vermelhidão e algumas lágrimas verteram de seus lindos olhos escuros e ela se afastou, rapidamente, ao final correndo.
Corri atrás. Não alcancei a e só parei quando um velho senhor me disse:
_”Soldado pare! Essa putinha é boa gente”.
_ “Deixe-a”.
_“Ela é uma pobre menina”.
_ “Não a prenda”.
_ “Essa linda menina é sozinha”.
Não entendi naquele momento, o que o velho quis dizer:
Só agora compreendo, deveria ter lhe dito:
_”Senhor! Não quero prendê-la. É ela que me traz preso desde a adolescência”.
E, agora te digo.
Ainda estou preso até a envelhescência.
Só agora compreendo.
Porque olhava a linda morena, que subiu ao ônibus, sentou-se em uma banco do lado direito, de onde poderia me ver melhor e comigo conversava com os olhos.
Igual a “Baianinha”.
O ônibus saiu rapidamente e ela olhava-me com os olhos umedecidos, virou-se para trás, igual a “Baianinha” que de mim fugira e não sei por que tenho a sensação de tudo acontece agora, em minha envelhescência com outra também “Baianinha”.
Uma “Baininha” tão linda, como aquela fadinha, ressurgiu virtualmente como uma companheira de jogos de xadrez.
Tão inteligente e sábia.
Tão honrada e trabalhadora.
Uma bela professora.
Não pode ser a mesma, pois é mais nova.
Mas pode ser
A filha.
Era isso que eu queria que aquela “Baianinha” fosse:
Uma Mulher como você.
Agora minha Musa.

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

SENTIMENTO

ARRANQUEI AS MINHAS ASAS POR VOÇÊ OLHEI EM SEUS OLHOS E LHE JUREI AMOR ETERNO NÃO PENSEI, APENAS TE AMEI POIS EM SEUS BRAÇOS EU PUDE NOVAMENTE VOAR O TEU SORRISO É MINHA LUZ, POR TEUS DESEJOS ME ATIREI NO PECADO E ACREDITEI QUANDO ME FALAVA SIM OU NÃO E POR ACREDITAR NÃO DEICHAVA MINHAS ASAS DE NOVO NASCER OLHAVA PARA O CÉU E ME DAVA SAUDADE E LOGO ME VINHA TRISTEZA MAS JUREI AMOR ETERNO POR VOÇÊ E POR ESSE AMOR CHORAVA POR MINHAS ASAS E AO MESMO TEMPO SORRIA POR VOÇÊ ESTA AO MEU LADO NUNCA FALAVA SEU NOME APENAS LHE CHAMAVA DE MINHA VIDA POIS VOCÊ ERA MINHA VIDA O QUE EU SENTIA TALVEZ UM DIA POSSA SENTIR NOVAMENTE MAS O TEMPO TIROU VOÇÊ DE MIM E NÃO PUDE NEM DIZER ADEUS FIQUEI SOZINHO VIVENDO DE SAUDADES ACREDITEI QUE VOCÊ PODERIA DE REPENTE ABRIR A PORTA E SORRIR PARA MIM NOVAMENTE POIS O TEU SORRISO ERA A MINHA LUZ , HOJE MINHAS ASAS ESTÃO DE NOVO ABERTAS OLHO PARA O CÉU E VOLTO A VOAR MAS JUREI AMOR ETERNO POR VOCÊ E POR ESSE AMOR EU CHORO A CADA DIA POR MINHAS ASAS ABERTAS POR QUE A MINHA LIBERDADE ESTAVA COM VOÇÊ.

Foto de Cecília Santos

AH! VIDA, O QUE FIZESTE COMIGO...?

AH! VIDA, O QUE FIZESTE COMIGO...?
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Ah! vida, você é tão boa.
Mas por que fizeste isso comigo?
Arrancou-me a paz.
Me tornou tão incapaz.
Eu era tão feliz, de repente
tudo mudou.
No lugar Amor, deixou-me a Solidão.
Solidão que é um rio imenso.
Onde luto contra a correnteza.
Peso imensurável, que me arrasta
pras profundezas.
Tento arrancá-la do meu peito.
Mas és tão forte!
Como um imenso polvo, abarca-me
por inteira.
Me sufocando, me esfacelando,
aos poucos me matando
Oh! Solidão insistente!
Você já me provou que és
indestrutível, interminável,
Já que não tem acerto com você,
me rendo me alio à você!
Quem sabe assim terás complacência
do meu ser tão sofrido.
Tornando as dores mais amenas.
Tirando um pouco desse fel que
colocaste em meus lábios.
Ah! vida esperei tanto de ti...!
Mas não desisti...!
Ainda espero muito de ti...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/11/2007*

Foto de Fatima Cristina

Como foi que acabou?

Sento no sofa, entre um copo de licor, a tua voz soa no meu ouvido, acendo um cigarro e passado uns segundos outro.
Olho em volta, vejo tudo mas nao te vejo a ti, a ausencia de um homem que em tempos me fez feliz.
A tua colonia ainda no banheiro, a tua escova de dentes junto a minha, as tuas roupas lavadas no armario, como se nunca jamais me irei ver livre delas.
Um corpo que se foi, uma alma que passeia no meu quarto e se deita comigo, imagino o que fazes com ela, as mesmas coisas que fazias comigo.
Pego numa tesoura e corto o meu longo e encaracolado cabelo, que tu cheiravas sempre pela manha.
O creme que espalhavas pela minha pele, depois de um banho a dois...Tanta coisa que nao existe mais.
Mas e o teu amor?
Como foi que acabou? Como pudeste partir, sem sequer levar contigo os teus pertences que agora sao apenas amargas lembrancas.
Uma cama de casal, meio vazia, meio preenchida e uma dor completa.
Saio para a rua, em passos lentos recordo nos os dois na chuva a rir, o som do teu riso, o sabor do teu beijo.
E sem mais nem menos te foste, nao falaste que ias, apenas me abandonaste...
O que correu mal, que mal fiz eu para te perder ou para nao te merecer?
A musica ainda toca, vezes sem conta a mesma, o nosso cd, uma historia que ficou por contar.
Sera que `e sempre assim, quando comecamos a amar alguem, esse alguem nos deixa?
Um desejo de te ter fica agora num delirio.
A minha lingerie sobre a cama, a mais bela feita de seda, pronta pra ser observada por ti, pra ser vestida por mim e despida pelo teu tesao.
Como foi que tudo isso acabou?
Ligo te, na esperanca que atendas o telefone, oico a voz dela, do outro lado oico a tua, pegas no telefone e dizes "quem `e?"
Eu respondo "Como foi que acabou?"
Dizes " `e engano" e desligas.
Entao tudo fica de repente claro, foi engano teu quando me falavas que me amavas e foi engano meu quando acreditava.

Foi assim que acabou.

Foto de Naja

AMOR QUE TE QUERO AMOR

AMOR QUE TE QUERO AMOR

Amor pode trazer tristezas, lágrimas, e muita dor. Quando perdemos quem amamos, nosso mundo desaba; perdemos o sono, a fome, a angustia nos castiga sem piedade. Ficamos sem rumo, sem norte, sem guia para nos indicar que caminho tomar, o que fazer...Somos arrastados por um turbulhão de sentimentos quem nem mesmo sabemos explicar. É um misto de vazio, de fora do mundo, como se não tivéssemos um lugar. Apenas a dor que dói a todo momento sem nenhum analgésico para aliviar.
Mas como a vida gosta de brincar com nossos destinos, como se fosse lições a ensinar, troca toda a situçaão de repente, sem saber que está nos trazendo a razaõ de viver, alegria de existir e voltar a sonhar com um possivel retorno desse amor, que nos devolverá toda a felicidade que perdemos e tanto lutamos para reconquistar.
O entardecer, a noite não serão mais triste, voltaremos a admirar as estrelas, admirar o luar, sair caminhando na chuva, como a lavar toda a desdita passada e a agua tudo levar. Se duvidar, estaremos a cantarolar na rua. sem que ninguem entanda que a felicidade está no ar, a esperar o novo dia chegar e receber uma palavra de carinho e tudo nos fala de alegria e possibilidade de felicidade suprema.
Por isso sempre digo, mesmo se sofrer por amor, sempre vale esse sofrimento, pois não teremos um coraçao vazio, sem sentimentos, nada mais, e de repente, quem julgavamos nao nos amar, demosntra com certa timidez e medo de de nevo sofrer, que seu amor existe e sempre existiu e a culpa foi nossa insegurança, que deveríamos sepultar e anós mesmas, deixarmos nos amar e acreditar que merecemos esse amor. Esquecer o passado...passou, outra vida vamos recomeçar e quem pode dizer, que essa esperança nos move para trabalhar, escrever e amar o mundo. E ter esperança de novament ser amada com fervor.
naja
Publicado no Recanto das Letras em 31/10/2007
Código do texto: T718400

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

POR NÓS DOIS

Por nós dois, assumo riscos
Não pergunto o que virá depois.
Por nós dois, encaro o mundo de frente
Destemida e inconseqüente.
Por nós dois, pego em armas
Vou do Iraque ao Tibete
Na zen violência de quem
Apenas quer amar.
Por nós dois, fico louca
Me alucino pra te incendiar
O fogo insano que arde, aquece
Sem que possa me queimar.

Por nós dois derrubo muros,
Construo pontes, abro trincheiras.
Por nós dois vou pra guerra, sem fronteiras,
e busco a paz que o amor me traz.
Por nos dois quebro correntes,
Sigo em frente, e de repente,
Sinto a brisa arrebatar,
Viajo ao léu, sem saber onde pousar.
Por nós dois viajo o mundo
Vou ao Hades mais profundo
Sem ter medo de sofrer.
Ou perigo de me extraviar.

Por nós dois arrisco tudo
Perco minha identidade
Largo de vez a imaturidade
Pra viver a aventura
De toda vida te amar.

poesia realizada em parceria com minha amiga Beatrice

Foto de meu rei

PARA VOCE...

De repente voce apareceu...
Saiu de um sonho...um sonho que não é meu...
Voce surgiu como o vento que vem sem destino...
Mas que por onde passa acaricia os jardins....as flores...
Voce surgiu do nada...e ao olhar pro lado la estavas...
Encostou no meu coração...descobriu o segredo...
E de mansinho entrou...cobriu mágoas antigas...

Abriu a janela da minha alma e deixou a luz da sua beleza
Alegrar minha vida...
Porque fazes isso comigo...
Acaricia meus olhos com com o brilho do seu sorriso...
Presenteia meus lábios com o sabor doce do seu beijo...
Enche o meu corpo de desejo...
Faz estremecer meus pensamentos...

Quero andar pela tua alma...
Conhecer os teus caminhos...
O que te faz sorrir...chorar...amar...
Tocar seu corpo e deslizar nas tuas delicias...
Segurar teus gemidos em meu ouvido...
Banhar-me em teu suor...ouvir palavras...sons...murmúrios...
Viver toda a felicidade de um unico momento infinito...

...Porque voce apareceu?

Foto de Soninha Porto

ENCONTREI O AMOR POR ACASO

Ah, eu vi o amor...
Vibrante, de repente...
Desfilou por entre mesas,
por rostos indiferentes,
e corpos de chama acesa,

A música tocou suave,
copos brindaram em tintins....
No ar perfume leve,
no meio do bar em frenesim,
amantes flutuam sem traves.

Ah, eu vi o amor, sim,
bêbado de euforia,
corações aos pulos,
olhos extasiados,
excitado, ele sorria

Mãos entrelaçadas
incontidas no ardor
risos sem caber nas bocas...
Os beijos, tão doces!
Momento encantador....

Corpos unidos,
abusados
em plena festa,
mostrou-se...
Ninguém esperava por esta.

Ah, eu vi o amor,
beleza esparramada,
um cortejador,
em suas artes,
pareceu um beija-flor...

soninha porto

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