Revolta

Foto de AjAraujo poeta humanista

Conto de Natal: Os três meninos!

Chegava o Natal.
Aqueles três meninos observavam a correria daquela gente.
O relógio da torre marcava 8 horas da noite, muitas lojas cerravam as portas.
Um vento frio fazia tremer o corpo e doíam os ossos. Recostavam-se uns aos outros na espera do pai que tentava (em vão) comprar algo para a ceia.

Tempos ruins aqueles, haviam sido despejados e agora dormiam em um trailer abandonado, com pouca lenha para aquecer nas longas noites de inverno que se anunciavam.

Um dos meninos, que se chamava Juan, olhava para a algazarra de um garoto típico da cidade, escolhendo os presentes mais caros e bonitos que jamais vira, deixava-se levar pelo pensamento, sonhando também tocar aquele presente, momentaneamente parecia-lhe viver aquela cena.

Um de seus irmãos, Rodrigo, parecia ter o olhar perdido na multidão, nada dizia ou gesticulava, contemplava em silêncio uma noite que nada prometia de diferente de outras tantas vividas.

O terceiro e mais velho dos irmãos, Jose, preocupava-se em observar o pai, que em longa confabulação, tentava convencer o dono do armazém a lhe vender algo fiado. Em desespero, o pai mostrava os filhos no frio, ao relento, como última cartada para obter algo para levar para casa.

Nada feito. O pai sai cabisbaixo do armazém, mal podia divisar os olhares de seus filhos, não cabia em si de abatimento e revolta. Quando subitamente, ao atravessar a rua, vê uma criança desprender-se das mãos de sua mãe e postar-se indefesa em frente a um bonde em velocidade.

Trêmula, o medo a impedia de movimentar-se. O pai dos meninos pobres se lança como uma flecha e consegue tirar a menina da frente do bonde, mas o destino cruel lhe reservou uma peça, uma de suas pernas ficou presa nas rodas da composição.

Os meninos correram ao pai e todos os passageiros do bonde e os passantes em solidariedade àquele corajoso homem conseguiram libertá-lo das ferragens do bonde e levaram-no a um hospital.

A criança salva por ironia do destino era nada mais nada menos que a neta do dono do armazém.

Aquele gesto generoso expondo a própria vida, estava prestes a custar à perda da perna do pobre senhor.

Então, eis que subitamente, surge uma senhora de alvos cabelos e tez macia e se oferece para prestar ajuda ao pobre pai.

Durante 7 dias cuidou dos ferimentos, da ameaça de gangrena e o pai já começava a mexer os dedos dos pés, quando ao acordar na véspera do novo ano, ao chamar por tão especial senhora, apenas ouviu de seu filho mais velho:

"Pai, quem cuidou de você foi Nossa Senhora. Ela já se foi pois você está melhor. Quem a chamou foi a menina que você salvou. Ela me disse em sonho para você orar, não entrar em desespero, pois na vida temos provações que são desafios para que mostremos o quanto somos determinados para enfrentá-los com serenidade, fé e determinação."

Ao sair do Hospital, todas as luzes se apagaram e toda a gente da cidade viu um asteróide riscar o céu em belíssima luminosidade.

Enquanto caminhava, todas as pessoas acorriam para ajudá-lo, ofereciam suas casas para a ceia daquela pobre família e brinquedos e roupas para seus filhos.

Um milagre havia acontecido naquela cidade. Um milagre no espírito do Natal.

A generosidade e a solidariedade andam juntas, e aquele pobre senhor bem poderia ser Jesus Cristo e as crianças famintas, os jovens pastores em sua cabana.

Um conto de natal, um conto de solidariedade, homenajeando Charles Dickens e as pessoas que fazem a diferença, pregando e praticando atos que mantém acesa a chama da esperança.

Foto de Marsoalex

ESTORINHA BESTA

ESTORINHA BESTA

Há muito tempo, num reino bem distante, havia uma menina muito só, mas muito feliz.Ela sabia que era muito diferente da maioria dos habitantes do reino, e até achava engraçado, embora estranho, alguns de seus costumes. Um deles era o uso de máscaras. A menina compreendia que a visão que ela tinha do reino, não era alcançada pela maioria de seus habitantes, porque as máscaras impediam que eles enxergassem o reino tal qual era: um paraíso. Por mais que a menina tentasse mostrar-lhes essa verdade, eles não entendiam, não acreditavam, e se ela insistia era chamada de louca por todos.
O reino, como todo reino, tinha suas lendas, seus deuses, seus mitos. Havia, no entanto, um deus e um demônio muito cultuados e temidos mais do que todos os outros:o deus "Dinheiro" e o demônio "Sexo".
A menina não compreendia porque ninguém percebia que um não era um deus nem o outro era um demônio, tudo era apenas uma visão distorcida pela máscara, pensava. Ela, como não usava máscara, podia vê-los tal qual eram, anjos bons, necessário à vida de todos, sem que fosse preciso cultuá-los, temê-los, amá-los ou odiá-los, bastando apenas conviver com eles de uma forma simples e natural.
Não era difícil para a menina aceitar e conviver com os habitantes do reino, mesmo não os compreendendo, sabia que eles não eram maus, apenas estavam tão acostumados ao uso da máscara, que mesmo tendo condição de tirá-la na hora que quisessem, eles não sabiam como fazê-lo. Isto tirava-lhes o direito de trilhar a estrada coração, uma das mais bonitas e importantes que havia no reino. Esta estrada era a única que dava total liberdade, levando qualquer um que a trilhasse a outros mundos, outras dimensões infinitas. Poucos habitantes tinham acesso a essa estrada, por isso, a menina sentia-se muito só. Mas ela sabia que um dia encontraria alguém que teria a visão tão ampliada quanto a sua, a quem ela se aliaria e seguiria a estrada coração acompanhada por seu eleito.
Um dia, ela encontrou um menino muito só e muito triste. Apesar de toda tristeza que ela viu em seus olhos, ele não usava máscara, portanto, podia, com ela, trilhar a estrada coração, indo além dos limites do reino, em direção à liberdade de mundos infinitos.E eles se deram as mãos e caminharam como se levitassem. Sabiam que o que estava lhes acontecendo não era simplesmente um encontro entre duas pessoas. Era como se um fosse a parte do outro que estava faltando. E, apesar das diferenças, eles se completavam, pois, falavam a mesma linguagem.
Ele foi contagiado pela alegria que dela emanava, que adormeceu a tristeza que havia em sua alma, e juntos, através da estrada coração, atingiram o mundo mais distante do reino. Um mundo mágico que tinha a palavra "amor" como senha. Aquele que conseguia adentrar nesse mundo, era contagiado pelo sentimento imprimido na palavra da senha, permanecendo puro, livre e criança enquanto vivesse.Eles foram contagiados pelo sentimento e viveram juntos o tempo curto, mais longo de suas vidas.
Não se sabe porque o destino resolveu interferir na estória separando aqueles dois que, pareciam ter nascido um para o outro.Ninguém no reino conhecia as leis do destino, e por mais que a menina perguntasse "por que?", sua pergunta ecoava no vazio dela mesmo.
A menina mais só do que antes, e muito triste, resolveu colocar a máscara e tentar esquecer como tirá-la, para não saber como trilhar a estrada coração, pois, sem a companhia do menino, outros mundos, reinos e dimensões, tinham perdido toda a importância para ela. Com o uso da máscara, ela ficou igual a maioria dos habitantes do reino, aparentemente feliz.
Assim, ela limitou-se e dividiu sua vida com outro habitante do reino, que nunca havia tirado a máscara, por isso, não sabia nada sobre outros mundos nem tampouco sobre o menino.
O tempo passou e na rotina dos dias que se transformaram em anos, a menina se habituara à vida limitada do reino, mas era extremamente infeliz. Sabia que o uso da máscara lhe vetara o acesso a estrada coração, e ela tinha muito medo do desejo que gritava dentro dela. Desejo de tirar a máscara, pois vidas estavam em sua depedência. Se ela tirasse a máscara e enveredasse à estrada coração, iria em busca do menino esquecendo deveres e obrigações que a nova condição trouxera para sua vida.Continuou infeliz, mas consciente da responsabilidade assumida seguiu o seu destino resignada, sem revolta.
Mas, como o destino tem suas ciladas, suas artimanhas, de repente, um dia, ela se viu diante do menino. A emoção que ela tentou conter, irrompeu através da máscara, tomando conta de seus olhos, de suas mãos, de sua voz...
Ele estava ali, diante dela, sem máscara. E ela pode ver ver nos olhos dele a mesma emoção que estava sentindo e a mesma pureza do sentimento que eles haviam trazido do mundo mágico, único, capaz de remover a máscara que ela estava usando. A chama que irradiava dos olhos de ambos, deu-lhes a certeza que nada havia mudado. O amor brilhava com a mesma intensidade, com a mesma força e a mesma pureza. Nem o tempo nem a distãncia conseguira desmanchar a magia do sentimento que existia entre eles.
A menina estava presa a uma situação muito comum, mas muito respeitada por ser parte dos costumes do reino. Além desta situação, muitas vidas estavam envolvidas com a sua vida. Vidas que não compreenderiam nada, que não sabiam sequer da existência de outros mundos, e ela precisava ensinar aos pequenos, como evitar o uso da máscara, para que pudessem ter acesso a tudo que a visão ampliada podia lhes oferecer, e isto, exigia tempo, muito tempo...
O menino era livre, não estava preso a nenhuma situação nem tinha vidas em sua depedência. E como ele nunca tinha usado máscara, teve como mostrar a menina que, se a chama continuasse acesa, ela seria livre sempre. Falou, ainda, que ela poderia trilhar a estrada coração quando quisesse estar com ele, mesmo ele não estando junto, estaria com ela, pois nada nem ninguém poderia separá-los, já que eram parte um do outro. E a menina voltou a ser feliz, abulindo definitivamente o uso da máscara de sua vida.
Foram muitas idas e vindas do menino.E quando ele voltava, na chama de amor que havia em seus olhos, a menina encontrava razão de viver e força para continuar presa a situação do reino, mas livre através do que sentia, e que, a cada dia aumentava mais e mais. Quando ele estava perto, bastava se olharem e tinham um mundo só deles, mesmo que não pronunciassem uma única palavra, diziam tudo e se compreendiam mutuamente.
Enquanto isso, as coisas no reino haviam mudado.O demônio "Sexo", se transformara em um deus e estava em pé de igualdade com o deus "Dinheiro". Os dois eram cultuados por quase todos os habitantes do reino de uma forma obsessiva.Com as mudanças no reino, mudaram algumas regras e padrões, costumes e valores. Quanto mais as coisas mudavam, mais os habitantes ficavam desnorteados, confusos, porque continuavam a usar a máscara e as mudanças não se ajustavam a ela. Isso gerava uma confusão tão grande no reino, que ninguém sabia mais o que era certo nem o que era errado. Dinheiro e Sexo eram os únicos objetivos dos habitantes. A menina ficava triste por ver anjos tãop bons transformados em deuses sanguinários. Acompanhava as mudanças sem aderir a nenhuma delas, já que, crescera dentro do reino, mas sempre vivera além dele, e qualquer mudança que houvesse, ela estava adiante, dada a sua visão privilegiada pelo não uso da máscara.
O reino era dividido em muitas cidades, e o menino estava muito distante em algum lugar que a menina não conhecia. Mas através da estrada coração, ele sempre esteve perto e ela se acostumou a tê-lo junto de si, mesmo que quiloômetros e quilômetros os separasse.
Ela sabia que o menino se ligara a uma habitante do reino, numa situação um pouco diferente da sua, mas era algo que ela sabia que mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E quando, as vezes, vinha o temor de perdê-lo, lembrava do que ele havia lhe dito: que eles seriam um do outro para sempre, e o temor se dissipava.
Outros anos se passaram para que eles se vissem novamente. E quando aconteceu, foi para viverem um dos momentos mais bonitos de suas vidas.Foram momentos mágicos, quando o amor deixou que o anjo sexo, os envolvesse em suas asas, levando-os, através da estrada fantasia, para o mundo dos sonhos, onde o amor falou a sua linguagem mais bonita: a linguagem do corpo, que vibra de emoção na entrega sublime dos que amam. E o amor se fez corpo, alma e sentidos. Parou o tempo para ser eternidade em apenas um momento...
E a vida seguiu seu curso. Eles foram distanciados novamente, cada um levando suas lembranças...
E mais uma vez, muitos e muitos anos se passaram. O reino estava cada vez mais mudado e seus habitantes cada vez mais confusos. A menina continuava livre, presa dentro da situação que assumira perante o reino. Os pequenos já estavam crescidos, e ela já os ensinara a não usar a máscara. Ensinara também ao parceiro com quem se unira,para que todos que convivessem com ela, desfrutasem de uma visão ampliada, tendo acesso a outros mundos, através da estrada coração. Ela, com toda sinceridade e pureza, que o não uso da máscara lhe proporcionava, deu de si o de melhor, para aqueles que as leis do reino havia colocado sob a sua responsabilidade. Mesmo não levando o seu parceiro ao mundo mágico, levou-o a outros mundos onde conseguiu subsídios que tornou a vida de ambos boa, válida de ser vivida. Levou-o ao mundo da amizade, ao reino da lealdade, a dimensão do companheirismo, enfim, a todos os lugares de onde trouxessem substâncias para uma vida harmoniosa. O mundo mágico pertencia a ela e ao menino, somente com ele, ela se permetia adentrá-lo. O sentimento que acionava a senha para abrir a porta do mundo mágico, fora entregue ao menino, que, mesmo distante, era presente, diário, permanente, e ninguém mais podia substituí-lo em mundo nenhum. Mas isso não impedia qua a menina tivesse uma vida normal, tranquila e em paz. Pois o sentimento era tanto, que preenchia a sua vida de uma forma completa, total.
Neste amaranhado de vidas, um dia, a menina teve oportunidade de conhecer aquela com quem o menino se unira. Viu, sem nenhuma surpresa, que ela usava máscara. Mas, confiando na visão ampliada do menino, deixou que o destino se encarregasse de reaproximá-los quando fosse tempo.
Algum tempo depois, a menina soube que, como ela, o menino tinha responsabilidade com outra vida, mas continuou confiando na ampliada visão dele e no que sentiam um pelo outro. E foi levando a vida sem drama, sem sofrimento, sem infelicidade, com naturalidade, características peculiares daqueles que têm o privilégio de uma visão sem máscara.
Décadas e décadas tinham se passado quando o destino resolveu que era hora de reuní-los mais uma vez. Quando eles se viram, toda emoção irrompeu novamente através da chama que brilhava nos olhos de cada um, acionando a senha, abrindo a passagem para estrada coração, que os levou ao mundo mágico mais uma vez.
Passado o impácto do primeiro momento, a menina começou a sentir que algo havia mudado no menino, mas ela não conseguia identificar o que era.Ela o olhava e o via do mesmo jeito. Quando o ouvia falar, as palavras eram iguais as que ela estava acostumada a ouvir, mas havia nesta igualdade uma diferença que ela captava mas não sabia definir. Ele sempre se mostrara complexo, ambivalente, paradoxal, contraditório, mas o quê, em suas palavras tão iguais, tinham uma conotação diferente? O quê, naqueles olhos tão transparentes, embassavam o brilho? Por que ele era o mesmo e não era o mesmo?
E um dia a resposta veio deixando a menina atordoada: ele estava usando máscara! Se tornara igual a maioria dos habitantes do reino. A máscara o havia cotaminado, estava tão aderida a ele, que distorcia toda a sua visão. Ele se tornara limitado, padronizado, regulado pelas leis que regiam o reino e deixara de ser livre.Com o uso da máscara, se identificara com a parceira que´há uito tempo estava em sua vida, vivendo num mundo bem menor do que os limites do reino lhe permitia.Não sendo livre, não compreendia a liberdade da menina, que mesmo presa, era tão livre, que podia voar e chegar até à porta de seu pequeno mundo. Ele esquecera totalmente que a ensinara a ter essa liberdade, quando através do amor, mostrou-lhe que o uso da máscara era uma eterna prisão.
O menino tinha aprendido a cultuar o deus Dinheiro, acreitando apenas na força e no poder que esse deus podia proporcionar.Ele deixara de acreditar no sentimento imprimido na senha que um dia lhe abrira as portas do mundo mágico, e ainda debochava da menina, por ela acreditar e viver a força e a beleza de um sentimento, que para ele, não fazia o menor sentido, não tinha a mínima importância e nenhum interesse. Tudo o que eles haviam vivido juntos, era rotulado de "passado", e, as vezes, até vulgarizado por ele, tirando toda pureza, toda beleza, toda magia que envolviam os momentos vividos com tanta intensidade e simplicidade, que seriam eternos para qualquer um que não estivesse contaminado pelo uso da máscara.
E de nada adiantou todas as tentativas que a menina fez para que o menino removesse a máscara e voltasse a ser livre.
Ele não era feliz, ela sabia, mas nada podia fazer. A não ser, ter esperança de que, um dia ele abrisse as portas da própria prisão e voltasse a voar. Mesmo que não fosse em direção a ela, ela ficaria feliz por vê-lo livre outra vez. Era horrível vê-lo tão comum, tão parecido com os outros habitantes do reino. Ela sempre o viu diferente. Se ele fosse realmente diferente como ela o via, bastaria tirar a máscara para que sua visão voltasse a se ampliar, e través dela, ele tiraria de dentro de si, o menino adormecido, para ser livre, puro e criança enquanto vivesse.
A estória não tem final. A menina segue o seu caminho, tentando entender as leis do destino, sem saber porque a sua vida continua entrelaçada a vida do menino, já que hoje há uma enorme distância entre eles, sem nenhuma possibilidade de um dia trilharem novamente a estrada coração. A menina não sabe se esses laços serão cortados um dia, pois, a única coisa que ela sabe, é que o sentimento imprimido na senha que um dia abriu a porta do mundo mágico, continua a existir nela, e através deste sentimento, ela será livre, pura e criança enquanto viver...

Marsoalex

Foto de Marsoalex

Esperança

A esperança grita em voz alta
Dizendo-me que, sem dúvida, voltarás.
Mas as minhas incertezas me sufocam,
Entristecendo o meu coração.
Digo que não, mas fico a te esperar.
E tu não voltas...

Rezo noites,
Conto os dias.
Choro a solidão, entrego o pontos.
Desespero me revolta.
Novamente a esperança grita alto:
- Ele volta!
Acredito e me acalmo.

E o tempo passa.
Anos e anos...
E eu sozinha recordando... Recordando...
Vendo o tempo passar, tempo perdido.
Vejo tudo envelhecer...

A esperança continua a afirmar;
- Ele volta!
Mas... Nada muda.
A vida continua a prosseguir.
E eu só.
Vivendo de esperar...

MARSOALEX

Foto de Susana Correia

O que é o amor para mim...

O que é o amor?

Achas que devo ter esperança?
sim?! nao?!
Só não quero maguar o coração.
Para mim o coração é precioso
só quero que continui glorioso,
pois para mim a gloria é ima vitória.
Para mim quem ganha a vida
ganha em campo.
Tu és a minha inspiração
se não conseguir ficar contigo
vou sentir uma pura aflição.
O meu coração sente-se feliz
acredita a quem o diz.
Será que sou tão importante
para ti como tu para mim?
Achas-me criança
e criança eu sei que sou
mas nunca te esqueras desta criança que sempre te amou.
O amor tem duas faces:
não se dá pelos olhos muita água.
Para mim amar é acordar a pensar em ti
e pelo fim do dia me deitar a pensar em ti.
Se não é isto,diz-me o que é o amor
á minha revolta.
Esta é a dedicátoria
Estejas no céu ou no inferno
vou contar a tua ou a nossa história.
Esta é a parte mais importante
a que te olho nos olhos e te digo.
Amo-te como nunca amei ninguem
Posso ser mora a vida inteira.
A vida são 3 dias.
1 para te conhecer
o 2 para te amar
o 3 para morrer.
1 mês para se envolver,
1 ano para sofrer,
mais que uma vida para te esquecer.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"IMPOTENCIA EXISTENCIAL"

“IMPOTÊNCIA EXISTENCIAL”

Quem sou eu???
O que faço neste mar de lama???
A impressão que tenho é que o mundo esta acabando.
Os valores morais já não mais existem.
Se meu Pai estivesse vivo eu ia duvidar de seus ensinamentos.
Tenho a nítida certeza que estamos nas mãos de uma grande quadrilha muito organizada, e que de dois em dois anos temos a obrigação de escolher entre eles quem é que vai ser o chefe da “gang” e quem vai ser o encarregado, mas sempre os mesmos da mesma quadrilha. Parece uma grande historia de ficção, mas não é, isso esta acontecendo no Brasil, onde Parlamentares são pegos por desvios, roubos, abusos de toda espécie, improbidade administrativa ,e são absolvidos por seus comparsas.
Não há em todo território Nacional um único homem publico que não esteja envolvido com o crime organizado, até aqueles que por anos nós admirávamos como esteio de uma classe falida como a dos políticos, hoje nós os vemos na vala comum, seus crimes estão ai aparecendo para quem quiser se enojar.
Sinto-me órfão, desamparado, os impostos que somos obrigados a recolher, cada vez mais caros, vão para os cofres de ladrões inatingíveis por nós pessoas comuns, a Policia não pode fazer nada, não há no Pais órgão superior que possa puni-los, e quem de direito deveria fazer também esta no mesmo barco.Não é possível mais viver assim, onde um Senador da Republica é pego por dezenas de crimes e seus pares o absolvem pois estão todos envolvidos, e nós que sustentamos esta quadrilha???O que fazemos???
O voto???
Uma grande piada.
Só temos o direito de optar por qual dos ladrões vai comandar a quadrilha, não temos em hipótese alguma a possibilidade de mudar este quadro.
Não vejo como reverter este quadro, nossos filhos estão vivendo este momento, vivendo esta mentira, também vão ser criminosos como todos.
Vejo a degeneração da raça humana quando assisto parlamentares grunhindo palavras desconexas em prol de suas pretensas honestidades, me dá nojo ver o que esta acontecendo em Brasília, a mídia também pensa que somos todos retardados, aceita como normais os fatos que estão acontecendo por todo Pais. Parlamentares flagrados em desvios de verbas, em negociatas, em superfaturamento de obras são convidados a entrevistas em programas de grande audiência como se fossem arautos da Nação. Não é mais inteligente ser honesto, os honestos deste Pais são fáceis de detectar, estão todos com os nomes nos institutos de créditos, Serasa, Ceproc, SPC, pois não roubam para poder viver, e como são explorados por um governo corrupto e desumano acabam se complicando.Quem tem valor no Brasil são traficantes, policiais corruptos que tem mansões caríssimas, Parlamentares ladrões, O cidadão de bem, aquele que realmente faz acontecer, aquele que acorda cedo, enfrenta um ônibus lotado pois os donos da empresa são achacados por políticos e fiscais, e por estes motivos não consegue aumentar sua frota e melhorar as condições do transporte, este cidadão que representa a realidade do povo Brasileiro, aquele que produz o PIB do Brasil, este cidadão é encarado como sub-gente, como pedaço de carne putrefata, criado só para produzir consumo e riquezas para este monte de ladrões que transitam por Brasília.
Deixo aqui minha revolta, sei que não é uníssona, mas reconheço que perdemos, não dá mais para voltar atrás, os ladrões ganharam, que fiquem com o Brasil, que fiquem com todo meu dinheiro ( que é pouco), só não vão é levar minha anuência a seus roubos, a suas ações criminosas, eu os desclassifico da escala evolutiva, eu os classifico como VERMES!!!

Escrevi isso depois de ver o desfecho do caso Sarney onde seus pares o absolveram depois de mais de uma dezena de provas cabais contra o Coronel do Maranhão.

Sarney não é único.
A Vergonha é geral.

20/08/2009

EDSON MILTON RIBEIRO PAES.

Foto de Carmen Vervloet

Nova Paisagem

Nova Paisagem

Da minha janela
hoje contemplo outra paisagem...
Carros da Prefeitura indo e vindo,
crianças brincando sorrindo,
cirandas nas ruas,
namorados enlevados com a lua
jardins em flor,
paz, luz, amor!

O povo sofrido finalmente se uniu
buscou orientação nas igrejas cristãs
e numa histórica manhã
depôs os corruptos
mudou toda a estrutura
pôs fim as sórdidas agruras!

Em paz fez a revolução,
buscou melhor opção,
elegeu homens com outra mentalidade,
empenhados com a moralidade
homens preocupados com educação
homens que vêem em cada ser humano,
em Cristo, um seu irmão!

Políticos idealistas que amam seu torrão
que se entregam de corpo, alma e coração
para salvar nossa Pátria amada,
pela ganância de poucos quase esmagada!

Já não vivem mendigos nas ruas,
a violência quase não existe,
os olhos já não estão tristes,
as estrelas reluzem em nossa bandeira,
os sabiás voltaram a cantar nas palmeiras!

E as crianças saudáveis, alimentadas,
enxergam um cometa brilhando na estrada,
cauda flamejante
indicando um novo tempo
de esperança no amanhã!

Abro a porta,
vejo o fim da revolta,
um cheiro bom exala da cozinha,
ouço o sino alegre da igrejinha
e o mundo girando
e as crianças felizes brincando!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de LuizFalcao

"SOMBRAS"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão.

Mundo meu!
Sonhos... Romance...Fantasia!
Rabiscos de emoções em retalhos de papel, encardidos pelo tempo.
Um traçado de revoltas,
Dores...
Conflitos de amores inesquecíveis,
Perdidos em meio à tantas desilusões.
Cárcere das aspirações, dos desejos íntimos do "Eu" que sonha.
Que sorri da simplicidade da vida, por vezes, tão complicada!
Do "Ser" que chora, comovido com soluços inconformados de crianças que imploram,
Um afago...Um pedaço de pão.

Um mal vaga nas sombras... Nas sombras!
Lamenta mundo meu!
Grita um brado de revolta!
Soluça, geme e chora!
Debaixo do sol há dor,
Que ninguém consola.

Lamenta mundo meu!
Grita o brado do "Basta!"
Do "Chega!"
Do "Nunca mais!"
Estenda a mão, lança teus braços por sobre a tua cabeça.
Acenda a tocha ardente do "Amor...Do perdão!"
Lança longe a escuridão, desfaça as "Sombras!"
"As Sombras!"

Foto de SuzannaPetriMartins

Recomeçar

RECOMEÇAR

Meu amor:

Você descortinou um véu que me cegava e me mostrou a verdade. A vida deve ser vivida plenamente, sem rodeios ou desculpas. Problemas? Existem para que possamos amadurecer e crescer. O que seria de nós sem eles.

Obrigada por me mostrar o caminho do meio. O racional. Sem jogos ou mentiras, que eu acreditava piamente serem verdades absolutas. Mas elas não existem não é mesmo? Tudo tem dois lados. Só que eu estava olhando para o lado obscuro e feio. Aquele que não me dava alegria e nem prazer. O que me fez acreditar que para mim não havia mais nada a ser feito. Que não tinha mais jeito, a não ser o fim.

Mas a vida está repleta de fins. Afinal é por isso que existem os começos. E hoje comecei a ver que o céu continua azul apesar das nuvens. Que os pássaros dão um jeito de cantar e se fazerem ser ouvidos mesmo nas grandes metrópolis. Que um pensamento viaja mais rápido que a luz e que podemos ter as pessoas que amamos perto de nós mesmo estando longe. É por isso que existem as lembranças. E que elas podem ser repetidas várias e várias vezes, nos consolando, matando ou pelo menos amenizando a nossa saudade. Que devemos aproveitar cada momento, pois são únicos e passam rápido demais.

Em suas poucas palavras duras, que precisava escutar para me trazer de volta do abismo em que me encontrava, me fez relembrar de tudo isso. Há muito esquecido.

Ainda sou uma mulher inteira, forte e que tenho a capacidade de encantar, ajudar, dar alegria e prazer a muitas pessoas com a minha companhia. Sei que muitos sentiriam a minha falta.

Sinto-me gratíssima pela sua revolta, pois ainda tenho muito a oferecer e é isso que já estou fazendo. Mostrarei ao mundo sem perder mais nem um segundo com lamentações e dores do passado. Viverei o presente, pois é ele que está aqui. Aproveitarei um leque de oportunidades que se abre todos os dias me mostrando que tenho escolhas e que posso ser muito feliz novamente.

Foto de Rawlyson junqueira

trilogia da querra

A trilogia da guerra
Difícil é pensar que em paz iremos ficar.
Pois em tempos modernos,a dor em nossos ouvidos se dispõe a gritar.
Grita tão alto que me faz lembrar,....lembrar-me de um tempo em que não vivi.
Mesmo assim isso traz a dor e revolta para min.
No século em que passei duas grandes guerras aconteceu.
A primeira e a segunda, o meu mundo abateu.
Superando os limites este século atravessei.
Como guerreiro sem armadura vivo aqui cheguei.
Pessoas perguntam por que guerreiro sendo que em guerra não lutou?
Olho firme e respondo a todos ....a terceira grande guerra chegou.
Olham-me assustados querendo me caçoar...
De que Guerra estas falando, sendo que não a vimos chegar?
Respondo aos curiosos com um clima de emoção.
Essa guerra esta alojada em nosso coração.
É racismos, preconceitos, pouco caso com o próximo
É a frieza do humano que não tem nenhum propósito.
Me pergunto o que queremos? O que achamos que nos espera?
Foram uma.... foram duas malditas grandes guerras.
Mas o que me preocupa de fato é o que nos espera.
Completar em nossa ignorância a trilogia da guerra.

Rawlyson Junqueira

Foto de Carmen Lúcia

Liberdade

Mostrei o que sou!
O que realmente modulava em mim;
fui contra as marés,
emergi de um abismo sem fim.
Cruzei linhas paralelas,
corri na contramão do vento, do tempo
e me alcancei na última estação...

Rasguei minha carne, expus meu avesso,
o meu contexto
e toda a sensibilidade verbal, emocional,
escondida em contra senso,
sufocando o bem, endeusando o mal.

Postei nua minha identidade
e toda a verdade antissocial ...
chocando a realidade dura.
Vomitei iniqüidades cruas
ingeridas por razão irracional
sob forte pressão radical.

Viajo sem malas...
Sem revolta ou bilhete de volta...
Sinto-me leve, sem nada que me pese,
Sem alças das parafernálias
que pendurei num tempo que já teve fim.

Sigo só... melhor assim..
Insana, estranha, profana
é o que pensam e podem pensar de mim.

(Carmen Lúcia)

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