Poema dos Amantes

Foto de Rosamares da Maia

Poema dos Amantes

Insano é despertar
Das horas nuas,
Apear dos lençóis,

Deixar teu aroma
Com o raio da aurora,
Abdicar de tua pele,

Veludo profano,
Toque de absinto,
Favo de mel.

Fere-me a luz.
Nenhuma manhã
Será o bastante.

Deixa-me voar
Para as tuas noites
De puro pecado,

Perder em ti
O rumo abominável
desta realidade.

Quero consumir
Teu fogo, satisfazer
Desejos, derreter,

Para que recolhas
Os mistérios do
Meu ser em concha.

Num beijo úmido,
Profundo, único,
Sugando-me a vida.

Nenhuma manhã
Será grandiosa.
O dia não vale a pena.

Eu vivo da noite,
Da tua cama
Onde a vida se esvai.

Ferida pela claridade.
Escondo-me, espero-te,
Para renascer contigo,

Emergir dos dias vazios,
Das horas desertas,
Da vida perdida,

Do desencontro de almas
Queixume de bocas,
Do frio cortante.

Há pouca coragem
Para mudar, buscar,
Ralar-se em nova dor.

Se te deixo fugir,
Toco a tua ausência.
É tarde demais

És denso, ficastes no
perfume das fronhas e
Lençóis, grudado em mim,

Penetrando-me o corpo,
Fertilizando-me a alma.
Espero-te na penumbra.

Nenhuma manhã, nada,
Terá a beleza
Das tuas noites.

Nenhum raio de sol
Poderá traduzir-te como
o poente que te despe

Teu enigma noturno é
Livro da lua cheia,
Que a nova decodifica

E se este amor de fases,
Sempre e mais se multiplica,
Sou tua lua crescente,

Lua de amor e fel.
Lua dos amantes,
Lua de mel, clara e nua.

Rosamares da Maia
26.06.2000.

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