Conto Uma tarde de Domingo

Foto de Fernanda Queiroz

A Arte da Escrita será o tópico do encontro dos poetas, figurando como uma oficina de redação.

Bom a idéia já vem de longe, acredito que será tão importante quanto agradável nos exercitar em conjunto uma idéia, segmentada por mentes diferentes em construção de textos que poderão vir a ser contos, até mesmo editados.

Escrever não é difícil, mas também não é tão fácil, queremos através deste, justamente resgatar a ampliar o dom já existente em cada um dos poetas de Poemas de Amor.

Vamos começar com Contos.
Um Conto é mais difícil de escrever que uma novela, isto porque em um determinado espaço ele tem que se desenrolar com principio meio e fim, isto é dando a idéia inicial a qual seguida de uma narrativa que finaliza o enredo, então poderemos dizer que ele tem três partes.

Aqui neste exemplo vamos usar um dos temas sugeridos no V Concurso.

Uma tarde de Domingo.

Lendo o título podemos pensar em: Apartamento -Visitas – Impacto – Praça – Animais – Sorvete – Obstáculo – Jardim - Flores -De 3 a 5 Personagens

Então já temos as palavras que irão nos auxiliar nesta construção de texto.

Agora faremos um exemplo de narrativa: Narrar é como escrever olhando para os lados, observando todos os pormenores que podemos explorar na palavra a ser trabalhada, como por exemplo.
Uma praça, esta pode ser: Grande, arborizada, florida, iluminada, escura, abandonada, solitária, etc.

Baseando nestas informações podemos construir um parágrafo, o que daria origem a um conto narrativo.

Uma tarde de Domingo

Ao atravessar a rua, fazia um enorme esforço para não pisar nas poças ali deixadas pelo temporal que caíra, o tempo ainda estava úmido deixando a ruela mal iluminada mais soturna que realmente era. Andei mais depressa, queria chegar logo a enorme Praça que ficava a duas quadras do meu apartamento.

Um carro que passava sentido contrário iluminou com teus faróis a pequena distância, foi com grande alívio que pude sentir o delicioso aroma de jasmim, decididamente há três anos atrás, foi exatamente este aroma que me fez optar pela compra do meu sonhado apartamento.

Nascida e criada na zona rural, o que mais sentia falta era do contato com a natureza, a Praça dos Jasmins, era como se fosse a extensão de minha casa, era lá que eu passava grande parte do dia, entre frondosas árvores ou debaixo do solitário caramanchão, onde podia abrir minha cesta e tricô, recostada na pilastra de pedras polidas.

Balançando minha inseparável capa de chuva, pisando no meio fio para fugir, da lama que se acumulavam ao redor do passeio, mostrando claro desleixo das autoridades locais em manter os devidos cuidados sanitários ao município, entrei a direita, mesmo sabendo que era o caminho mais longo, mas certamente o mais agradável, pois passaria pela fonte onde os jasmins floriam em maior profusão.

Passo a continuidade a poeta Izaura Dias.

Obrigada Iza.

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Foto de Izaura N. Soares

Ao escolher o caminho mais longo não imaginei que fosse encontrar tantos obstáculos pelo caminho sem contar com o tempo que estava perdendo. Num dia tão chuvoso, a ansiedade tomou conta de mim, uma vontade louca de chegar rápido em minha casa. Mas parecia estranho, o tempo parecia caminhar lentamente foi difícil chegar até a fonte para poder inalar aquele perfume inconfundível de jasmim. Mas de repente, uma sensação de medo, uma desconfiança de que algo estava para acontecer só não sabia o que. Comecei a andar em círculo sem encontrar a saída parecia que eu estava num labirinto dando voltas e mais voltas sem encontrar o caminho.

Tudo não passou de minha imaginação o medo fez com que eu me perdesse, o percurso de volta à minha casa se tornou um martírio. Um percurso que estou acostumada a fazer todos os dias vindo do meu trabalho e no entanto, justamente hoje, numa tarde de domingo, um dia em que as pessoas saem para se divertirem mesmo com chuva eu aqui amargando um medo incontrolável sem saber a razão de tudo aquilo. O que a nossa imaginação nos faz? Nos faz perder o controle, nos faz imaginar o imaginário.
Com os meus pensamentos tão pertubados acabei por ter um impacto terrível, deparei-me com um animal feroz muito grande, na hora não sei se era um cachorro vira lata ou se era um lobo, não sei de nada, só sei que sai correndo como uma desvairada e rapidinho encontrei o caminho de volta para casa.

Ao chegar em frente a portaria do meu prédio, um porteiro muito simpático veio ao meu encontro dizendo-me que havia uma visita para mim. Logo pensei: lá vem bomba! Um visita inesperada sem nenhum aviso-prévio coisa boa não era.
Nossa, eu estava tão cansada de tanto andar quando estava perdida que eu queria entrar no meu apartamento rapidinho para descansar no aconhego do meu lar, onde eu me sentia bem, onde eu meditava olhando para aquelas paredes de cor tão suave que dava uma paz, uma tranquilidade e eu tendo que atender a uma visita! Mas como eu sempre fui uma pessoa amigável e educada resolvi atender e procurar saber do que se tratava.

_Me aproximei da pessoa que esta me esperando, era um senhor mal humorado, de cara fechada, de poucas palavras, eu diria, grosso mesmo, curto e grosso. Perguntei a ele do que se tratava, o que tinha acontecido e quem era ele.
_Ele me respondeu rispido dizendo: _Sou a pessoa que veio cobrar uma divida que a senhora tem com o meu patrão.
_E quem é seu patrão!
_Ele respondeu: _O meu patrão é o dono da loja de confecções LTDA que a senhora comprou e o prazo já venceu.
_Senhor sem nome, para encurtar a nossa conversa eu não costumo comprar nada a longo prazo porque não gosto de pessoas chatas como o senhor me pertubando. Deve estar havendo um engano, com certeza o senhor estar me confundindo com outra pessoa.

_O homem quis levantar a voz agressivamente como se ele estivesse falando com uma qualquer. Mas não dei a oportunidade pra ele e sai do saguão deixando-o a falar sozinho porque eu não queria entrar numa briga naquele momento.
_Ele começou a gritar pedindo para voltar, mas não dei-lhe atenção e sai.
Quando estava na calçada avistei um carrinho de sorvete... Hum! Que delícia! Imaginei... Um sorvete agora ia cair bem para me acalmar e esfriar minha cabeça que estava fervendo. Era justamente o sorvete de flocos com creme; o meu preferido.O sorveteiro se aproximou e eu peguei aquele sorvete com tanta vontade que esqueci do mundo.

Terminando de saborear o meu sorvete lembrei do senhor sem nome que ficou a me esperar. Voltei, e com calma conversei com aquele homem sobre o que estava acontecendo.
_Então eu disse novamente, o senhor estar enganado eu não sou a pessoa que o senhor está procurando. E ele disse:
_É a senhora sim. A senhora tem que pagar, o seu tempo estar acabando.
_Senhor sem nome, em plena tarde de domingo que o senhor deveria estar com a sua família se divertindo o senhor vem aqui cobrar algo que eu não sei nem do que se trata? O senhor acha justo isso? O senhor acha justo uma pessoa pagar pelo os erros dos outros? Pense bem moço, verifique seus papéis, verifique o nome correto da pessoa para depois o senhor resolver incomodá-la. Sabe senhor sem nome, aqui no nosso País já existe muitas arbritariedades, pessoas inocentes pagando pelos os erros dos outros, e eu não vou pagar o que não devo.

O homem olhou para mim com o olhar fixo, penetrante, abaixou a cabeça e resolveu fazer o que eu pedi. Ele verificou todos os papéis que estavam em suas mãos e descobriu o erro. Eu não era a pessoa que ele procurava, mas isso eu já sabia. Era ele que tinha que descobrir. De tão envergonhado, aquele homem ficou que não conseguia nem me pedir desculpas saiu trocando as pernas, tropeçando aqui acolá, parecia bêbado em dia de ressaca.Mas isso serviu como uma lição para mim. ñao deixar que nada interfira na minha alegria, no meu bem estar. Por mais feio que o problema possa pintar ele não deve tirar minha alegria, meu sossego!
Agora sim, eu posso entrar no meu apartamento e curtir a tranquilidade, os bons fluidos que minha casa emana para a minha mente, para que eu possa refletir em tudo que eu vivi naquele domingo.
Apesar do dia ter sido tão conturbado eu me diveritr com minha tarde de domigo, foi muita emoção para um dia só. Nesse dia, eu sentir o perfume das flores, eu me perdi, eu sentir medo, fui acusada injustamente, mas de uma coisa eu tenho certeza, nada vai tirar a minha alegria de viver, a minha vontade de vencer.

FIM

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