Blog de Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Bilhete ao Papai Noel

Sei que vou pedir-lhe muito
Mas para mim não será demais...
Preciso me agarrar ao sonho,
E sem você não serei capaz!
Quero de novo a minha infância
Que me fugiu, não volta mais...
E de novo ser criança
Ainda crer no que você faz.
Quero a rua de pedrinhas
Bem redondinhas e brilhantes
E brincar de Amarelinha,
Quero deixar de ser grande.
Quero toda a magia
Que contagia quando é Natal,
Quero o ressoar dos sinos
Tocando hinos...Tudo igual!
Abraçar os meus amigos
Que estão distantes, não vejo mais...
Nem todo o tempo fará
Que os esqueça...isso jamais!
Desembrulhar os presentinhos
Olhar pro céu e enxergar
Aquela mesma estrelinha
Que no Natal vinha me piscar!
Quero a alegria sã de minha mãe
Sempre ao meu lado...
E se não puder me traga
Só nessa noite, o seu afago!

Foto de Carmen Lúcia

Esperança

Ter esperança é não descrer,
É esperar que possa acontecer,
Probabilidade!...Possibilidade!
É andar na corda bamba sem saber...

É crer no que os olhos não vêem..
E o que vêem, só me faz descrer,
É apostar tudo o que tem, na fé
E esperar pelo que der e vier...

Esperança, realidade irreal...ou virtual,
E perdê-la?Nunca!Porque não convém...
Pois perdê-la é trucidar os sonhos
É não ter mais como viver também.

Foto de Carmen Lúcia

Agora sou metade...

Já me doei por inteiro,
Amei o amor inteiro
E do inteiro construí meus sonhos.
E por inteiro, em teus braços...
...meu abandono.
E por inteiro acreditei em teu retorno.
E chorei o pranto inteiro,
Amargurei meus devaneios.

Agora sou metade...
Sou meia verdade...
Do coração, pulsa a metade,
E a outra, carrego em vão!
Semi-morta, a vida me suporta,
Até que eu perca a ilusão
Que por ironia, meio acesa,
Ainda anseia a outra metade de mim...
Você!

Foto de Carmen Lúcia

Couraça

Sei que te disfarças
Envolto nessa couraça
Reprimindo sentimentos
Que te afastaram do tempo
Em que ainda sorrias
Em que em mim ainda crias
Em que pra mim tu corrias
Sedento de meus beijos
E hoje arranjas pretextos
E me excluis de teu contexto.

Sei que em mim tu não creste
Por uma razão qualquer
Daquelas que martirizam
Sem ter argumentos sequer
Mas de ti eu não desisto
Faça o tempo que fizer
Serrarei tua armadura
Te livrarei da amargura
E serei tua mulher.

Foto de Carmen Lúcia

Ainda creio no Homem!

Ainda creio no Homem
E em sua predestinação...
Nem tudo está perdido.
Há de haver solução!
Não podemos resolver tudo,
Não temos esse poder...
Mas, cruzar os braços e nada fazer
É como lavar as mãos e deixar acontecer...
Como fez Pilatos, sem qualquer compaixão.
Não somos farinha do mesmo saco,
Dentro de nosso peito bate um coração!
Começando por pequenos atos
De amor, honestidade, de comunhão,
Como arrumar o que há de nosso lado
Tomarmos atitudes, sermos solidários,
Não sermos corrompidos, nem corromper
Que por si só a podridão do poder
Tende a se deteriorar, se desfazer...
E a justiça irá prevalecer.
Lance um olhar pra si mesmo...
Não tão breve, mas profundo
E então, consertando o homem
Será consertado o mundo!

Foto de Carmen Lúcia

Além do infinito

Quero alcançar os sonhos,
Ultrapassar limites,
Ir ao fim do mundo
Num mergulhar profundo...
E, se o inatingível me permite,
Cruzar a linha do horizonte,
Atravessar a ponte
Que une o infinito
Aonde o sol se esconde...
Quero vestir toda a magia,
Fazer estripulia
Abusar da fantasia...
E num vôo inusitado
Ver versos espelhados
Na luz que traz o dia...
Quero, durante o anoitecer,
Em nuvem azul-marinho
Poemas em dourado, tecer...
E soprá-los de mansinho
Feito poeira cósmica
Ver o céu resplandecer...
Quero ser a própria poesia
E toda a alegoria
Que validam o viver
Depois dos versos derramados
E entusiasmos explorados,
Quero renascer!

Foto de Carmen Lúcia

Aquela rua

Retorno àquela rua...
Não é a mesma, nem há mais lua...
Escondeu-se entre prédios e assédios
E tímida, já não se mostra nua.

Pisaram a poesia que havia nela
Roubaram-lhe o encanto, meu recanto...
Fecharam-lhe as portas e janelas...
Amordaçaram seu sorriso e o seu pranto.

E as pedrinhas reluzindo dia e noite,
Foram trocadas por asfalto... um açoite
Arrebatando os seus sonhos de criança
A mesma rua onde guardei a minha infância.

Foto de Carmen Lúcia

Teus olhos

Teus olhos...Ah! Esses teus olhos...
Feitos dois lumens, anunciando a paz,
Como um clarão na noite lhe arrancando o véu,
E embalando sonhos ante o portal do céu!

Teus olhos...Ah! Esses teus olhos...
São como os luzeiros de uma embarcação,
Que guiam, que norteiam pra qualquer direção,
Que também desnorteiam em meio à paixão.

Teus olhos...Esses teus olhos raros...
Gotas azuis do oceano, passíveis de engano,
Tornaram-se sombrios, dois castiçais vazios,
Veleiros naufragados no mar do desengano.

Foto de Carmen Lúcia

Não ria...

Não ria de meus poemas...
Nem se desfaça de meus versos,
Deles você é o tema,
Neles estão expressos
Os mais puros sentimentos
Em cada linha, anexos,
Em cada palavra, impressos.

Não ria de meus poemas...
Pois, neles você ainda reina,
E neles você ainda teima
Que eu fale da angústia
Que em meu peito queima...
E voam baixinho sem ter mais porquê,
Já que o amor que os mantinham
Acabou de morrer.

Não ria de meus poemas...
Mantenha-se calado!
De tão debilitados
Lutam por sobreviver,
Já não encontram rimas
Nem amor que os reanimem...
Sobrevivem da saudade...
Eterna e verdadeira,
Amiga e companheira.

Foto de Carmen Lúcia

Bendito coração!

Coração, és tu quem ditas regras do meu viver,
Transgrides as que governam o meu saber
Porque sabes bem o que há dentro de mim
E tuas leis são as que eu quero cumprir
E me perder no emaranhado do prazer.

A razão diz não!Tento evitar, mas te ouço baixinho...
-Vai...Segue por este caminho, foge de teu destino...
Persegue o que estás sentindo...vive a emoção...
Intensamente, loucamente...Esquece a razão!

Então sigo, desafiando a vida...
Ousando, amando, sorrindo, chorando...
Às vezes me arrebentando, tropeçando, me machucando...
Em outras me compensando, me vangloriando, me saciando,
Ou me ressarcindo de um bem que perdi...

Se eu me amedrontar, bate mais forte...
Para me relembrares que comandas o meu norte,
Que imperas sobre a razão, multiplicando emoções,
E que elas lembram vida, fazem esquecer a morte!

Bate, coração, descompassadamente em meu peito...
Faze- te ouvir quando eu pensar que já não há mais jeito,
Arranca-me do leito, se porventura eu me abater...
Devolve-me a ânsia, a vontade de viver!
Faze-me de novo crer na vida!Dá-me tua guarida!
Bate, coração!Não pares nunca de bater!

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