Céu

Foto de Rosamares da Maia

EU QUERO O MUNDO E IR ALÉM

EU QUERO O MUNDO E... IR ALÉM

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar.
E ir além.
Eu quero ser homem e mulher,
Não mais homem ou mulher,
Mas, Homem medida perfeita do Universo.
Homem - Humanidade,
Cidadão da vastidão do Mundo.

Quero o sopro da vida na narina de barro,
E depois o pó soprado pelo vento,
Espargido pela terra e elevado às montanhas.
Do pó ao pólen das flores seus frutos e folhas,
Ciclo que retorna ao chão.
Eu quero a Terra e a ela consagrar o meu corpo,
Entregar-lhe tudo o que nele há,
Até que a ela retorne na forma do pó,
E que a nossa união seja perfeita.

Quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Terra, pedras, mar e ondas, céu e azul,
Ar e todos os seus ventos, zéfiros e vendavais.
O sol tostando a minha pele, e mais vento,
Desfazendo o meu cabelo, levantando as saias.
Quero o fogo até a brasa fria
E retornar como Fênix.
E a água refrescante da chuva, seiva da vida.
Quero beber e matar a minha sede.

Eu quero cobrir os olhos com as mãos em concha,
Para aliviar a intensidade da luz.
Quero toda a luz que a minha retina puder filtrar.
O frio da noite com todo o medo da escuridão,
Todos os sustos e fantasmas que ela me trouxer.
Uma cama quentinha e um cobertor,
Para esconder a cabeça.
O branco da neve eu quero, com urso polar,
Com pinguins e pinheiros de Natal.

Quero a primavera com flores e cores,
Com todos os seus matizes,
Ver a paisagem transformada de forma natural.
Sentir a areia a água e o sal.
Quero o sal estalando na língua,
Com a suavidade de ressaltar o paladar.
E o doce mel das abelhas,
Do açúcar da cana e o amargo do café.

Quero ser um astronauta, um passeio no espaço,
Cumprimentar estrelas e bordar mais uma,
Bordar a manta da noite e acordar as manhãs,
Deslizar no orvalho que embeleza a flores,
E quero ser a rosa vaidosa, perfumando campos,
Como rosa quero esta no buquê das noivas,
Dançar a valsa nos salões de baile.

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Eu quero amar, os risos e lagrimas do amor,
Eu quero os filhos dos meus amores,
Os produtos da Terra, parir todos,
De todas as raças e cores,
De todas as formas, falando todas as línguas,
A verdadeira Torre de Babel.

As crianças eu quero, com todos os seus sorrisos,
Artes, birras e choros.
Quero o afago das mães,
Quero ser a mães das crianças abandonadas,
Das crianças mal cuidadas, torturadas,
Quero sabedoria para sarar suas feridas,
E fazer esquecer, para não reproduzir a dor.

Quero a sabedoria do velho, o peso nos ombros,
E a leveza da sua ausência de razão.
Eu quero o Mundo, virtudes e defeitos,
Força que repele e atrai.
O amor cuidado, desejado e planejado,
E a insanidade do amor sem razão

Eu quero o mundo até não poder mais respirar
E ir além.
Eu quero estar dentro do Mundo e Ele dentro de mim.
Eu quero tudo o que eu puder e aguentar sonhar.
Quero ser Deus, pois Deus está em mim.
Não Deus! Perdão. Não é ambição ou pretensão.
Também não por insanidade. Talvez um pouco.

Quero por que tenho medo e coragem de pedir.
Medo de não desfrutar de todo o seu legado.
Medo de constatação da Vossa grandiosidade,
Que contrasta com o meu pouco tempo.
Porque eu quero a vida até a última gota
E ir além,
Até o último minuto da prorrogação
De tudo o que me concederes de vida para gastar.

Rosamares da Maia – 02 de maio de 2014.

Foto de MISS DAISY

Indignação

O Brasil jamais será uma super potência, um país de primeiro mundo, com cidadãos culturalmente evoluídos em sua maioria a ponto de reconhecer o que é bom ou ruim para sua descendência!" Vejamos: Observemos a natureza para termos as respostas de que precisamos. Na natureza tudo que puro e original é lindo, é divino. Tudo o que percorre seu curso normal, assim como as águas de um rio, é sublime, é maravilhoso. No Brasil, tudo o que é sublime, é destruído, quase que imediatamente pela grande vilã, a MÍDIA. Os valores morais foram terrivelmente deturpados pela funesta casta midiática que imprime valor em tudo o que é inútil e fútil mas que está "na moda". Foi-se o tempo em que uma mulher receber adjetivos pejorativos, baixos e vis era tido como desrespeito. Hoje é ELOGIO para a maioria das mulheres. As mulheres e seus corpos, são expostos nas vitrines televisivas como carne no grande açougue da mídia, esperando serem classificadas de acordo com as formas, com as poucas roupas que vestem, com o apelo sexual que apresentam. Os homens, por sua vez, afastados cada dia mais dos conceitos e pré-conceitos de moralidade, sucumbem mais e mais, desvalorizando suas esposas e partindo para os prazeres fáceis e os convites explícitos da rua. Nossas meninas, crescem explorando tais vitrines com curiosidade inocente e mentes abertas ao desconhecido. Nossas adolescentes deslumbram-se com os chamamentos do admirável mundo novo, mas... com que base? Nossos jovens, deleitam-se num mundo de tantas possibilidades, sexo fácil e verdejante nas esquinas, nas ruas, nos bares. Os adultos - muitos já corrompidos pela exposição midiática - cada vez mais convencem-se de que o mundo como está hoje reflete a MODERNIDADE tão esperada, tão inofensiva ... Outros, diante da impotência, contentam-se em pertencer ao rol dos desistentes. Nossos idosos escandalizam-se com tamanha falta de moralidade. Em tempos remotos, jamais seria admitido ofender a mulher. A MULHER era o esteio da família, advinda dela, a vida. O início de tudo - a Mulher. Que tão vilmente é denegrida. Figura destroçada, a Mulher. A mídia quer dinheiro, e o busca muito visivelmente nos dias de hoje explorado a figura da Mulher. Porque se permite, porque se quer permitir. Nossos bebês cantarolam as canções mais pejorativas que nem nós adultos temos coragem de balbuciar... Mas as crianças cantam... e dançam.. imitando nossas rebolativas representantes da cultura nacional. Os bons... ah os bons... raramente desfrutam da mídia. Mas o inútil, o fútil, o podre, o perverso, o imoral... ah esses sim povoam e dominam a mídia mercenária. Quando poderíamos imaginar que chegaríamos a tal ponto de não censura. Nada mais é proibido, a cultura do tudo pode toma conta de nossos lares todos os dias - basta que liguemos nossos televisores. Poucas são as programações que acrescem valor e poucos também lhe são os expectadores. A degradação a céu aberto é o que vemos nas ruas, ao sairmos de casa, o medo de sermos violados em nossos direitos, a insegurança de sabermos o que vamos encontrar na esquina da João XXIII por exemplo. A céu aberto. Ao dia claro, pra todo mundo ver. Degradação. Nossas crianças vão à escola, e voltam ... vazias. Até mesmo nossos professores, foram destituídos de sua função. É proibido proibir! A formação global que é incutida nas crianças desde pequenas nos chamados "países de primeiro mundo", com aulas extras que valorizam suas habilidades, no Brasil... simplesmente não acontece. A cultura é dançar funk no intervalo das aulas, identificar se a merenda escolar será boa e voltar pra casa... complementando seu currículo com o que? mais degradação televisiva. É raro ouvir uma criança dizer que tem talento para moda, decoração... medicina, engenharia mas... se ligar o rádio... logo se dirá que ela tem talento para o funk. Enquanto não utilizarmos nossos cérebros para a função para a qual ele foi especialmente desenvolvido... bye bye Brasil! Lá fora sempre seremos conhecidos e tachados como sendo o país do futebol, do sexo fácil e da cultura chula. Jamais teremos orgulho de sermos BRASILEIROS. Os bons ... se manifestem... porque os maus fazem isso o tempo todo! E fazem com tamanha veemência que os bons são tidos como tolos. Quem discorda não precisa terminar de ler... Não é meu tipo de público. Mas quem concorda, bota a boca no trombone pois nosso país está sem freio descendo um despenhadeiro e só os hipócritas não enxergam isso.

Foto de Drica Chaves

Meu Anjo Azul

Tudo pode ser um sonho
Porque sonhar é realidade
Nuvens brancas num céu anil
Cascatas de luz em expansão
Derramam raios em todas as direções
É chegada a hora encantada
Inundada de pássaros radiantes
Anunciando a aurora onírica
Dando boas-vindas ao Anjo Azul!
Asas que batem em liberdade
Ser livre é ser feliz!
Felicidade também se aprende
E viver é construção.
No emaranhar-se nos fios da vida
Encontros e reencontros escritos na linha do destino
De azul revestiu-se o meu mundo
Claro e brilhante
Anjo Azul pousou em mim
Leveza doce, sabor de chocolate
Sacia e numa fantasia
Sou também alada e de mãos dadas
Amamos em profusão
Espalham-se labaredas ao mundo
Em cânticos românticos
Um Anjo Azul no meu compasso
Passos ritmados pisando o céu!
Harmoniosa sinfonia
Embala a dança das asas entrelaçadas
Auréola solar
Consolidada!

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de P.H.Rodrigues

Era no papel

Gira o mundo em minha volta
Pelas mãos da criança que
Abre a porta

Maçaneta, caneta no papel
Desenhos, palavras, viagens,
Acima de qualquer arranha céu

Com janelas sem cortinas
Onde passa uma perna, um braço
E fora da virada de ano, come-se lentilhas
Onde passa outra perna, outro braço

Fora do transe normal
Dentro do fluxo caótico
Até Era invejaria
Tamanha ousadia.

Foto de Rosamares da Maia

Declaração de Apropriação

Declaração de Apropriação

Queria me apropriar de Pessoa,
Não de qualquer pessoa. Não!
Qualquer um não serve.
Mas propriamente tomar posse de Pessoa,
- De Fernando.
Aliás, tenho me apropriado da sua pessoa.
Mesmo que de forma imaterial – Espiritual.
Tenho-me seduzido por seus versos,
Viajado em sua mística maçônica,
Sofrido a sua dor pelo que há de inexorável.
Tenho me apropriado de Pessoa, de muitos.
Sim tenho tomado posse e tenho sido tomada.
- Por todos Eles,
De todos os que saltaram de sua alma,
E em tons diferentes multiplicaram vidas.
Porque este Pessoa não se coube em um só corpo.
Tenho eu sido a cortezã de todos Eles.
Amando indistintamente, aventurando-me.
- Como D. Sebastião,
Louco além do mar português.
Tenho contado, cuidado e guardado os rebanhos,
Rebanhos dos sonhos meus.
Do menino do céu que veio brincar em minha aldeia
- Cuidei Dele também.
Perdoando-o por soprar os ventos,
Somente para levantar as saias das moças.
Tudo para apropriar-me de Pessoa.
Mas o que dele fica em mim?
Levanto-me por manhãs vazias,
E estou vazia de mim mesmo e Dele.
Porque não sou Ele!
O perfume de Fernando tem o cheiro da terra,
Das touceiras de capim arrancadas e alinhadas,
Todas dispostas a beira do caminho
O eco da sua voz me diz: “Uma flor é uma flor”
“Não foi feita para pensá-la, mas para sentir e cheirá-la”
“E eu tantas vezes vil, tantas vezes reles”.
Tenho me apropriado de pessoas e errado muito – admito.
Sou como a “criança das cidades e dos vales”,
Também eu não “aprendi a respirar”
Apropriar-me de sua alma? Sem a clareza da vista?
“Sem alma para ver claro”?
Sinto-me ridícula!
Sou como Maria José – a feia.
Escrevo cartas de amor ridículas,
Moribunda a beira da janela,
Para um homem que jamais as lerá.

Rosa Mares da Maia – 02.03.2014.

Foto de Anja Ma

Me ame pela última vez

Me ame pela última vez
Anja Mah

Me ame pela última vez
Me deixe sentir o toque suave de sua mãos
Acariciando meu corpo
Tua boca beijando a minha
Nossas língua entrelaçadas
Com o fervor da paixão
Leve - me ao céu por amor
E me deixe queimar no inferno por luxúria

Me ame pela última vez
Me faça viver
mesmo que depois venha morrer
De paixão e dor
Faça meu corpo vibrar
Com seu toque
Com seus beijos e
Seus gemidos

Me ame pela última vez
Sem ter pressa pra acabar
Ou pena de me ferir
Marque meu corpo
Como tatuagem
Para quando parti
Eu ainda poder te sentir.

Foto de Arnault L. D.

O sabor da tempestade

Foi durante uma tempestade,
o mundo, louco, em turbilhão
fazendo das coisas brinquedo
e mais difusa a realidade.
Se abrigo, ou prisão, sim e não,
a buscar tudo e tendo medo.

O que foi luz, ou relâmpago?
O que foi palavra, ou trovão?
O toque; um corpo, ou vento?
E o gosto que a boca trago,
um beijo...? Talvez, uma ilusão.
Tudo em meio ao tormento.

Nossa vida, a se encolher,
a um passo ao próximo passo.
Chuva nos retém dentro de nós.
Para longe, os pés querem correr
e pouco penso, apenas faço.
Sou instinto... e reflito após...

Busquei calor, algum abrigo
e seu tocar foi bom, e morno...
Aconchego que encontramos.
Lá fora, chuva e perigo.
O horizonte era seu contorno,
um território que nos damos.

E foi assim, numa tormenta
de encontros sem perceber,
temporal a envolver e tomar,
corpo molhado, alma sedenta,
sem saber, ver o que eu viver,
sem entender, ou sequer parar.

Agora, o céu limpo e claro
e o sol arde em meu rosto.
A chuva se foi, virou rumor,
mas, algo marcou, reparo,
na boca, molhada... um gosto...
de chuva, ou beijo... o sabor...

Foto de Siby

Nós e as estrelas

Em um espaço infinito,
Muitas estrelas a brilhar,
Corpos celestes a rodear,
Fazendo um céu tão bonito.

Muitos mistérios a desvendar,
Pelos estudos da astronomia,
Também é inspiração para poesia,
Para toda beleza em palavras exaltar.

É lindo o céu estrelado,
Onde cada um tem seu lugar,
Um espaço seu para brilhar,
Por cada ser almejado.

Nós também queremos brilhar,
Como as estrelas no espaço,
Também queremos nosso espaço,
Para nosso brilho ostentar.
(Siby)

Foto de diny

TODA A ETERNIDADE

TODA A ETERNIDADE

Numa fruição de amor mútuo
Em afinidade sem igual
O amor feito com amor absoluto
Em amor possível, amor real.

Nesse encontro de nós tão especial
Onde desejos e sonhos são realizados
O amor consumado em pura emoção
Com o bater do teu no meu coração.

Com o meu ser inteiro em tuas mãos
Com o meu ser todo em teus abraços
Eu me desfaço toda, em teu coração.
E te inundas de amor em meus braços.

Carinho, ternura, contato, doce desvelo.
Tuas mãos afagando os meus cabelos,
As minhas com doçura na tua face linda.
Nessa infinda retribuição de ser amado!

E entre essa noção de reciprocidade
De amar e viver com idêntico prazer
Noites e dias em completa harmonia.

Não são suficientes pra tanta felicidade
Pra esse céu particular de amor e poesia
Só a eternidade, seria o bastante pra nós!

Diny Souto

Foto de CarmenCecilia

ADEUS...

ADEUS

AQUELE QUÊ DE ADEUS
NOS OLHOS TEUS...
OU NOS MEUS...
QUANDO CRUZARAM COM OS TEUS

AQUELE QUÊ DE ADEUS...
DO QUE FOI MEU...
DO QUE FOI TEU...

AQUELE ADEUS
DE PROMESSAS
DE FESTAS E FRESTAS...

AQUELE ADEUS...
DE DANÇAS
MUDANÇAS

AQUELE ADEUS...
DOS ANOS
DOS PLANOS,

AQUELE ADEUS...
QUE SE DEU...
QUE DOEU.
AQUELE ADEUS...
DE UM AMOR COMO O TEU...
DO NOSSO CÉU...

AGORA...
LEMBRANÇA AQUI MORA...
E NÃO VAI MAIS EMBORA...

CARMEN CECILIA
28/01/2014

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