Mal

Foto de doxinho...

Palavras que ferem!

Daqueles cujo domínio próprio não controla
São como bisturi, ferem a aorta contundente.
Provocam grandes terremotos, vítimas fatais
Corações destroem, intrinsecamente.

Armas potentes, machucam, ferem
Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.
Golpes premeditados duramente
Fazem sangrar, quando friamente proferidas.

Quem as usa, tem consciência do mal feito.
Geralmente das regras e limites é conhecedor
Porem um prazer mórbido é sentido
Vendo no alvo do ódio, do sangue o sabor.

Ironicamente, não se dão conta os desatentos.
Os mesmos lábios que profetizam mansidão
Pregam o amor, falam de paz e harmonia.
Deixam marcas indeléveis, destroem coração.

Ousam citar de Deus o nome, fria realidade.
E incapazes de perceber espontaneamente
O tronco que lhes atravessa o olho, e os cega.
Apontam o cisco, no olhar do semelhante.

Talvez, em nome de uma vingança infundada.
Quem sabe o coração ferido, seja o argumento.
E para pisar, esmagar e ferir brutalmente.
Só esperam por uma brecha, um momento.

Quantos defeitos soterrados veríamos.
Pudéssemos a alma, em estado bruto sondar,
E remexendo escombros reconheceríamos.
Que apenas Deus tem poder para julgar.

Talvez , com nossos defeitos aparentes.
Pegaríamos à mão a esperar estendida.
E mesmo quando feridos e machucados
Entoaríamos apenas palavras de vida

Autor:Glória salles

Foto de HELDER-DUARTE

MILÉNIO

Pombas brancas voam!
Hinos de harpas, os homens entoam!
O céu é branco e azul!...
Os cordeiros pastam, sem barulho.
Há erva verde, onde os lobos a comem.
E coelhos brancos, saltam no seu meio.
Um menino e um homem…
Abraçam um leão, em cheio…
Vento, mal sopra!
O sol não queima!
Cavalos brancos, há-os sem sobra.
Para cavalgarem neles, os homens
E correrem, de um rio à beira.
Onde os meninos, brincam e são sempre, jovens!

Foto de diana sad

extremos

É tanta confusão na minha cabeça
Minhas virtudes tão frustrantes
Meus pecados sempre são fascinantes.
E passo horas na frente do espelho tentando engolir na força bruta
Meus pensamentos pervertidos e libidinosos.

O que é o bem?
O que é o mal?
Que vivem contidos num ser humano normal?

Eu cansei de tantas promessas...
Cadê a hora certa?
Qual a verdade eterna?

O mundo ta cheio promessas inquietas:
O amor infinito, um prato recheado de salvação.
A riqueza feito dote da pura sorte e frutos de compaixão.

O que é o bem?
O que é o mal?
Que caminham livremente nos extremos de cada um?

Quem me ensinou a ver maldade na pureza da cidade?
Quem me ensinou a traduzir medo como generosidade?
Eu também não sei
Não sei!

Todos os direitos reservados*

Foto de diana sad

"pero no mucho"

Calma amigo faz parte da vida se adequar às possibilidades, sinto o cheiro do medo vindo dos teus olhos seguros de segurança alguma, eu te dou minha boa vontade pra gente resistir até o final nessa dança do mal.

Aceitar é divino
Correr contra é heresia
Cortejar a verdade é loucura
Saber se calar é o papel principal
Mãos sozinhas
Multidões cada vez mais vazias
E eu e nós
Vós e eles
Você e tu
Ele e elas

A corrente continua não se iluda com a liberdade
Ela nunca existiu...
Vivendo, sendo, tendo, sobrando...
Zumbis liderando sonhos!

Calma amigo, pra que suar frio?
Você vota por obrigação
E o resto é lucro
Pero no mucho...

Foto de Darsham

O meu Destino

Estranhas-te
E entranhas-te
Em mim
Sem saberes como
Estás agarrado
À minha pele
Eu banho-me
Eu esfrego-me
E tu não vais
Não sais
A minha alma uiva
Os meus olhos choram
E cegam
Não sei explicar
As palavras não saem
Falta-me a coragem
Mal respiro
Só suspiro
Fazes-me falta
Não sei o caminho
Trocaste as voltas
Ao meu destino

Resta-me lutar
Sair do desatino
Erguer-me
Caminhar
Reconstruir
O que deixaste ruir
E voltar a acreditar
Que o meu destino
Sou eu que o determino...

Foto de Henrique Fernandes

PERCO CADA ANOITECER PARA TE ENCONTRAR

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Sinto a frescura de uma praia deserta
Onde perco cada anoitecer para encontrar
O amor que no silencio chama por mim
Selvagem dos dias e sobrevivente das noites
Onde padeço num mal de não amar
Deixando-me a contas com a solidão
Que me divaga a alma com palavras que choram
No meu mundo ao contrario sem manhãs de Sol
O luar é tão breve que me dissolve o leme
Nesta falésia sem estrelas no céu
E o amanhã para mim é tão longe
Num nada de nada mascarado de tudo
Sinto o tempo pausado no indelicado
Infectando de atritos os meus sentimentos
A tristeza é um vácuo de ansiedade
Uma quarentena de desejos em socorro
Atendidos na alma com o cansaço do corpo
Na falta de um abraço recheado de calor
Numa luz ao fundo de um túnel de incertezas
No tempo que vivo sem amor

Foto de Rose Felliciano

VIDA E MORTE

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"É... há tempos não te vejo aqui...
Você, que mal o sol se punha
Batia em minha janela
E com ansiedade me esperava no portão.

Portão... há se pudesse falar...
Tanto amor, frases bonitas,
Tantos beijos...
Deste, que há tanto tempo não vejo.

Ficaram tantas lembranças,
Sonhos interrompidos, esperanças....
Foi um dia a vida, hoje a morte
Tantas coisas lindas com você aprendi...

É... mas há tempos não te vejo aqui....

Talvez nunca mais te veja
E ainda assim, nunca mais esqueça...
Mas foi bom, foi real...
Pois um dia você esteve aqui...

E me amou
E nos amamos....." (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do poema"

Foto de Mentiroso Compulsivo

O Actor

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Cansei-me.
Desliguei o leitor de CD’s, fechei o livro, e rodei do sofá para o chão. Cheguei à janela, afastei as cortinas. Chovia a “potes”.

Fui comer. Voltei à janela. Já não chovia. A noite estava escura, o ar, fresco da chuva, cheirava a terra molhada; a cidade lavada. Vesti a gabardine e saí.

Cá fora, a cidade viva acolheu-me. No meio dos seus ruídos habituais, nas luzes do passeio. Percorri algumas casas e vi um bar um pouco retirado. Era um destes bares que não dá “muitos nas vistas”, sossegado e ao mesmo tempo, barulhento.

Com alguns empurrões, consegui passar e chegar ao balcão. Pousei o cabo do guarda-chuva na borda do balcão e sentei-me. O bar estava quente e o fumo bailava no ar iluminado. Senti o cheiro a vinho, a álcool. Ouvi as gargalhadas impiedosas de duas mulheres e dois homens que se acompanhavam. Deviam ser novos e contavam anedotas. Eram pessoas vulgares que se costumam encontrar nas pastelarias da cidade, quando vão tomar a sua “bica” após o jantar. Estes foram os que mais me atraíram a atenção. Não, esperem... ali um sujeito ao fundo do balcão, a beber cerveja...
- Desculpe, que deseja? – perguntou-me o empregado.
- Ah! Sim... um “whisky velho”, por favor.
Trouxe-me um cálice, encheu-o até ao meio e foi-se embora.

Bebia-o lentamente. O tal sujeito, desagradável, de olhos extraordinariamente brilhantes, olhou para mim, primeiro indiferentemente, abriu a boca, entortou-a, teve um gesto arrogante e voltou o rosto.
Estava mal vestido, tinha um casaco forte, gasto e sapatos demasiado velhos para quem vivesse bem.
Olhou-me de novo. Agora com interesse. Desviei a cara, não me interessava a sua companhia. Ele rodou o banco, desceu lentamente, meteu uma das mãos nos bolsos e veio com “ares de grande senhor” para o pé do meu banco.
O empregado viu-o e disse-me:
- Não lhe ligue... é doido “varrido” e “chato”.
Não lhe respondi.
Entretanto, ele examinava-me por trás e fingi não perceber. Sentou-se ao meu lado.
- É novo aqui?!... – disse-me
Respondo com um aceno.
- Hum!...
- Porque veio? Gosta desta gente?...
- Não os conheço – cortei bruscamente.
Eu devia ter um ar extremamente antipático. Mas, ele não desistiu.
-Ouça, - disse-me em voz baixa, levantando-a logo a seguir – devia ter ficado lá donde saiu, isto aqui não vale nada. Vá-se por mim... Está a ver aqueles “parvos” ali ao canto? Todos reparam neles... levam o dia a contar anedotas que conhecem já de “cor e salteado”...Vá-se embora. Todos lhe devem querer dizer, também, que não “ligue”, que sou doido...

Tinha os olhos raiados de sangue. Devia estar bêbado. Havia qualquer coisa nos seus olhos que me fez pensar. Era um homem demasiado teatral, havia nos seus gestos e segurança premeditada, simplicidade sofisticada do actor. Cada palavra sua, cada gesto, eram representações. Aquele homem não devia falar, devia fazer discursos.
Estudando-me persistentemente, disse-me:
- Você faz lembrar-me de alguém que conheço há muito, mas não sei quem é... Devia ter estado com esse alguém, até talvez num dia como este em que a chuva caía de mansinho... mas, esse alguém decerto partiu... como todos... vão-se embora na noite escura, ao som da chuva... nem olham para ver como fico.
Encolheu miseravelmente os ombros, alargou demasiado os braços e calou-se.

Eram três da manhã. Tinha agarrado uma “piela” com o ilustre desconhecido. Tinha os olhos muito abertos, os cotovelos fincados na mesa da cozinha e as mãos fechadas a segurarem-me os queixos pendentes. Ele tinha um dedo no ar, o indicador, em frente ao meu nariz, abanava a cabeça e balançava o dedo perante os meus olhos. Ria às gargalhadas, deixava a cabeça cair-lhe e quis levantar-se. O banco arrastou-se por uns momentos e cai com um estrondo. Olhou para mim com um ar empobrecido, parou de rir e fez: redondo no chão. Tonto, apanhei-o e arrastei-o para a sala.

Deixei-o dormir ali mesmo. Cobri-o com uma manta, olhei-o por uns instantes e fui aos “ziguezagues” para o meu quarto.

No dia seguinte acordei com uma terrível dor de cabeça. Dirigi-me aos tropeções para a casa de banho. Vi escrito no espelho, a espuma de barba; “Desculpe-me, obrigado. Não condene a miséria!”

Comecei a encontrá-lo todos os dias à noite. Fazíamos digressões nocturnas, íamos ao teatro. Quando percorríamos os corredores dos bastidores, que ele tão bem conhecia, saltavam-nos ao caminho actores que nos cumprimentavam; punham-lhe a mão no ombro e quando ele se voltava, davam-lhe grandes abraços. Quase toda a gente o conhecia.

E via-lhe os olhos subitamente tristes, angustiados. Ele não se esforçava por esconder a tristeza: era uma tristeza teatral. De vez em quando, acenava a cabeça para alguns dos seus amigos e dizia:
- Não devia ter deixado...

Inesperadamente, saía porta fora, certamente a chorar, deixando-me só. Quando saía via-o pelo canto do olho encostado a uma parede mal iluminada, mão nos bolsos, pé alçado e encostado à parede, cenho franzido e lábios esticados. Nessas ocasiões estacava, por momentos, e resolvia deixa-lo só. Estugava o passo e não voltava a olhar para trás.

O seu humor era variável. Tanto estava obstinadamente calado e sério, como ria sem saber porquê.
De certa vez, passei dois dias sem o ver. Ao terceiro perguntei ao “barmen”:
- Sabe o que é feito do actor?... Não o tenho visto.
- Ainda não sabia que ele tinha morrido? Foi anteontem. A esta hora já deve estar enterrado...foi melhor para ele...
Nem o ouvia. As minhas mãos crisparam-se à roda do corpo, cerrei os dentes. Queria chorar e não conseguia. E parti a correr pelas ruas. Por fim, cansei-me. Continuei a andar na noite, pelas ruas iluminadas. E vi desfilar as imagens. Estava vazio e, no entanto, tantas recordações. Não sentia nada, e apenas via as ruas iluminadas, as montras, os jardins.
Acabei por me cansar, de madrugada tive um sonho esquecido.

Percorro as ruas à noite, os bares escondidos, à espera de encontrar um actor “louco e chato”. De saborear mentira inocente transformada em verdade ideal. E há anos que nada disso acontece. É verdade que há sujeitos ao fundo do balcão, mal vestidos, a beber cerveja... mas nenhum que venha e pergunte se sou novo aqui... As pessoas continuam a rir como dantes, todos os dias vejo as mesmas caras, e se me perguntarem se gosto desta gente digo-te que não as conheço ainda... e olho-os na esperança que venha algum deles e que lhe possa dizer, como a raposa de “ O principezinho”:
- Por favor cativa-me.

Acordei, tinha parado de chover, lá fora ouviam-se as gotas mais tímidas ainda a cair dos telhados, fazendo um tic-tac na soleira do chão, como quem diz o tempo da vida continua, por segundos parei o tempo e pensei, mais um dia irá começar e neste dia eu também irei pisar o palco, todos nós iremos ser actores, uns conscientes da sua representação, outros ainda sem saber bem qual seu papel, uns outros instintivamente representando sem saber que o fazem e outros ainda que perderam o seu guião....

Foto de Miraene

A loucura de hoje

Hoje estou inspirada
Sinto minha alma ser renovada
E a alegria nascer
Sorrindo e pulando
Correndo e cantando
Não me vejo cerscer
Amadurecer, acho que jamais vai acontecer
Pois a criança que vive em mim se mostra forte
Na felicidade de sentir a brisa do norte
E de todas as direções
Dançando várias canções
Em uma só melodia
Chega a agonia de gritar
Eu to viva, viva, viva
Não me importa quem olhar
Não ouço ninguem falar
Só escuto meu coração
Que fala da paixão como se a sentisse todo dia
E ele a sente
A paixão de ser quem sou
De vencer o vencedor
E ser criadora da minha própria espada
A arma que vai destruir o mal
Que vai atravessar e estraçalhar o coração de pedra
Que vai pulsar em minha mão
Toquem mais uma vez a minha canção
Para bailar no salão
E olhar a luz no chão
E agora o cansaço toma conta dessa menina
Que adormece com a neblina
Da madrugada gelada
Sem medo de nada
Apenas cansada.

Foto de Rose Felliciano

TRISTEZA

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"Dizem que a tristeza
é sofrimento.
Um mal que pode matar....

Será isso uma verdade???

A tristeza pode ser triste...
Mas terá que ser triste
Quem se depara com a tristeza???

Acredito que não...

Tristeza eu sinto
tão intensamente
quando a felicidade

Provo, Degusto, Saboreio
Aperto, Esmago... Quase um duelo!
mas venço...sempre!

Aprendi que não se foge da tristeza
O segredo é torná-la Alegria
Vida, Felicidade!!!

Então, tristeza:
Mostre-me sua dor,
lembranças, saudades....

E eu te mostro minha ousadia,
Coragem , Força, Ânimo...
AMOR!!!" (Rose Felliciano)

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