Palco iluminado
Multidão calada
Grande expectativa
Pulsar de corações
Rostos sem faces
Vultos que se avolumam
Em cada espaço da platéia incógnita.
Cortinas sobem...sorrisos se abrem...
Olhares se fixam,penetram,inquerem...
Ei-la que surge sob etéreo foco de luz,
Figura minúscula,suave,frágil...
A reverência...aplausos febris.
A música ecoa... sétima de Chopin...
Os primeiros passos,trêmulos,leves,tímidos,
O rodopiar lento,compassado,ligeiro,rápido,
Um salto inusitado,
Um vôo inigualável...
Perfeito desafio à lei da gravidade...
A fragilidade que se quebra,
O minúsculo ser que se agiganta,
A suavidade que se supera
Nessa dança que expressa
A alma,o amor,a dor,a vida...
Lágrimas brotam...Quem as vê?
Sorriso triste...Quem o percebe?
Coração que sangra...Quem há de???
Alma aflita...voa bailarina,voa...
Num gesto sôfrego cai,coreografia extrema
Levando ao chão a tristeza,a dor,a emoção,
As lembranças daquele dia...
Luzes se confundem,vozes se ampliam...
Corpos se aproximam,a música termina...
Bravo!!! Bravo!!! Bravo !!!
Portas que se fecham,cerram-se cortinas,
Encerra-se o espetáculo,adeus à bailarina.
Comentários
Oi Carmen
Pude sentir o palco armado onde luzes tênue o decorava, uma figura feminiina de lançando no ar.
As notas de Chopim são acordes perfeitos, ritimos se alteram como os sentimentos de dor ou amor... e ela dança...dança, tocando o chão com teu coração.
Bravissimo!
É uma costrução perfeita.
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Obrigada,Fernanda
Seu comentário foi como um bálsamo em minha alma...Você,que faz da sua alma,morada para a poesia.
Obrigada,querida,por ter lido e depositado tanto carinho em suas palavras.
Um beijo carinhoso,
Carmen.
Carmen Lúcia
p/ Carmen Lúcia
Oi, Carmen!
Quase se pode ouvir a música e presenciar a cena intensa e triste, aqui descrita.
Espetacular sua escrita.
Parabéns!
Ed.
p/edileia
Hoje li seu comentário e quero agradecer-lhe.Se consegui transmitir-lhe tais sentimentos fico feliz,pois é esse nosso intento,não?
Beijos,querida!
Carmen Lúcia