Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Meu

O amor que você me deu,
eu guardei junto a mim,
um papel de bala, um presente,
um bilhete que escreveu.
Pétalas de uma flor, carmim,
cor dos cabelos, sol poente...

O cheiro bom do perfume,
beijos com sabor de menta,
pelos dourados, pele rosa,
olhos, verde vaga-lume,
a dança mais intima e lenta,
buque de flor do campo e rosa.

Uma caixa inteira de amores,
as palavras e a quietude,
cacho de cabelo e fotografia,
caixa de musica e as cores,
do vestir e do desnude,
deste amor, que me trazia...

Do amor, que foi dado,
vou lhe fazer um apelo,
não peça de volta se esqueceu,
se me pedi-lo será negado.
Não me pode tomar, se ao faze-lo,
ele agora é meu, o amor meu.

Foto de Arnault L. D.

Auroras ( Espelho magico )

Quando o Sol levanta a aurora,
sua luz aos poucos se alastra,
a brisa da manha leva embora
as ultimas estrelas, que afasta.

Aos poucos, desperta os passarinhos,
nas copas vai somando-se o cantar,
na musica que brota de seus ninhos,
no ritmo a saudar... Ao sol raiar...

Sopra o vento, ramos, carregados
de canções que as folhas faz assoviar.
Orquestra de “bom-dias”, acordados
na chegada do astro rei, a levantar.

Mesmo noutros corpos, ou lugar,
a vida pode repetir o amanhecer.
Mesmo sendo diferente o espelhar,
a arvor'inda guarda o alvorecer...

É o mesmo vento a vir acordar,
movimenta as folhas de seu galho
e a ave, ali pousada, vem cantar.
Ao sol raiando a aquecer-lhe o orvalho...

Traz no elevar-se, uma luz que acesa,
acorda a musica, pousada... Escuta...
Veja, há pássaros cantando na certeza
de um maestro a levantar-lhe em batuta.

É o mesmo galho que se agiganta,
e corta o vento, orquestra em bando,
como fosse o pássaro acorda e canta.
Espelho magico da aurora começando.

Foto de Arnault L. D.

Flor vermelha

Nem toda historia de amor
é eterna...
E nem toda rosa
é vermelha...

As vezes, o que é dor
faz-se terna.
e a poesia ser na prosa,
se a alma espelha.

O que o peito diz,
a nós não fala
em voz alta.
Cabe ao aprendiz,
saber nota-la
se incauta...

Cabe o amor viver,
sem contar, ou medir,
como tudo fosse agora.
Não cabe na vida o morrer
sem que apague o sentir,
e a joga longe se aflora ...

Nem todo amor é para sempre,
nem toda luz é centelha,
nem sempre a dor é sofrida,
nem nunca é nunca ou sempre...
Mas, também há flor vermelha...
nas rosas do jardim da vida.

Foto de Arnault L. D.

Sussurro

Sopra uma doce canção de ninar,
diz-me de sonho e ternura,
do amor e do fazer amar,
daquela promessa mais pura.
Do juramento a se perdurar
por quanto a vida me dura,
fala que não e jamais o acabar
se a vida ainda me segura.

Pode até ser loucura,
mas vem a mim sussurrar.
Contos de fada, alem da censura,
dos quais doutores vem duvidar...
Das borboletas, que por ventura,
aos pensamentos veem pousar
e suavemente trazem a dor cura,
para depois voltarem ao ar...

Se é sandice quero delirar,
nestas miragens de doçura,
pequenas fadas verdes a dançar,
flutuando pela noite escura...
Mesmo que for apenas sonhar,
pouco importa se é loucura.
Sei que a vida é mais que pensar;
é sentir... O que o vento sussurra...

Foto de Arnault L. D.

Sinto tua falta

Ah, meu tudo, deste que foste
sou apenas luva sem mão,
o mundo tornou-se tão triste,
o relógio perdeu a razão...

As horas se emendam iguais,
só se travestem doutro dia.
Apenas luz que vem e vai
mas, sempre a mesma que eu via.

O que foi riso é chover,
o horizonte, fez-se aos pés,
cada dia, acordo em morrer,
desde quando não me és...

Meu prazer foi junto a ti,
cor da flor, calor do sol,
todo o amor que vi e ouvi,
todo tom tornado em bemol.

Sou-me apenas eu e não basto...
Um fragmento, ou pedaço,
ou quem sabe, talvez, um resto.
O resultante do fracasso...

Mirando o chão me enterro,
na inanição e inércia calo,
no erro, o por que encerro,
no encontro da alma ao ralo.

Sempre é o tempo do quando
é tornado insuportável.
Quando estavas foi voando
ao partiste... o interminável.

Foto de Arnault L. D.

Veleiro

A cada novo tropeço,
tanto mais me convenço
que a vida é corredeira...
Que nos leva em arremesso
nas aguas de um rio, imenso,
de calmaria e cachoeira.

No leme, as rotas que traço
como um débil veleiro.
Com frágeis velas de pano
driblo o vento a cada passo,
arriscando ao sopro certeiro
do vento a prover do engano.

E assim, sigo na barganha,
da meta e donde a maré levou
nas rotas em que me debruço,
num flertar de perde e ganha.
Em que as vezes, naufrago sou
no sonho afundado em soluço.

*****

PS:ESSE POEMA NASCEU DO DESAFIO POÉTICO DA AMIGA POETISA BASILINA PEREIRA DE BRASILIA E QUE ESTÁ LANÇANDO SEU TERCEIRO LIVRO...
O DESAFIO CONSISTE EM CADA SEMANA SER POSTADO 5 PALAVRAS E COM ESSAS PALAVRAS O POETA TEM QUE POSTAR SEU POEMA...
UMA IDEIA MARAVILHOSA DE NOSSA AMIGA...

EIS AS PALAVRAS DO DESAFIO DESSA SEMANA E NAS QUAIS CONSTAM ESSE MEU ESCRITO:

TROPEÇO, CACHOEIRA, SOLUÇO, PASSO, ENGANO.

Foto de Arnault L. D.

História de amor

Quando começa o amor,
a primeira vista,
ou com o tempo?

Como ele saberia
que no ônibus a embarcar,
sentada ali encontraria
quem ele viria a amar...

Não soube identificar.
O que olhara era o que seria:
Seu amor a começar
e ele nem reconhecia.

Na imprecisão do rodar,
cada estação que decorria
podia ser o adeus a dar,
mas, o acaso respondia...

E o ônibus quebrou
e tiveram que descer,
mais próximo ele chegou
e um “oi” pôde dizer.

Logo mais, um, dois assuntos,
outro ônibus chegou.
Embarcaram agora juntos
ao seu lado ele sentou.

Não sabiam que os caminhos
não mais seriam dois
não mais seguiram sozinhos
e o resto... É o depois...

Quando começa o amor,
A primeira vista,
ou com o tempo nasça?
No antes talvez a flor
na semente já exista
sem que ninguém a faça.

Foto de Arnault L. D.

Luz da estrela

No frio da noite mora
uma chama de amor.
Que do consumir se guarda
na umidade da garôa
e se perde noite afora,
a esconder o seu calor
do quanto o fogo lhe arda,
a neblina ele se doa.

Como dança no escuro,
beijo de olhos fechados,
não se enxerga e nada vê.
Apenas deixa-se integrar.
Noturno porto seguro,
na densidade do ar gelado
onde se perde e onde crê:
O orvalha amenize o queimar...

Como o ardor a consumir
teme o Sol, e se encolhe
sob o véu da noite, um vulto.
Noturna ave, voa, sem vê-la,
mal se soube e já some,
a enganar a quem os olhe.
Na sombra, um flash oculto,
que talvez, se pense estrela.

Foto de Arnault L. D.

Mas não direi

Talvez, noutra vida,
talvez, noutra encarnação,
talvez, noutra estação...
Que não seja final de outono,
que não tenha o abandono,
folhas mortas no chão

É certo que é crime,
ou será um pecado?
Não estar ao seu lado.
Sei que está tudo errado,
a estrada a bifurcar
para longe a lhe levar
e o amor, mutilado,
a se desperdiçar.

Não devia ser, então.
Não devia ser assim,
você longe de mim.
Como o certo deu errado?
virar sonho acabado,
dilacerado...
Mas, não direi que é o …

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A dama a quem devoto

Olha só, teu campeão ferido,
trôpego de lutas e em farrapos.
Esperando só te ver sorrindo,
armadura, arruinada, em trapos...

Sou assim, um cavaleiro errante,
a defesa da honra da dama,
mas, se encontra o bravo tão distante,
que apenas ele ainda a ama.

Mesmo assim, o apaixonado enfrenta,
justa inglória e duelos tantos...
No ostracismo, as vezes desalenta,
mas não rende-se, é como os santos.

A donzela, nele nem mais pensa,
mas a ela, zela a jura que fez.
A lágrima que cai e mais densa,
que todo sangue que ver-te em sua tez.

Sou o teu cavaleiro em pedaços,
a manter-me a ti fiel e nobre,
magro e marcado pelos aços,
Se me veres, vês somente um pobre...

Mas deixa assim pensar, a ignorar.
Cala em si, em segredo quem era,
segue sendo tal desconhecido...
Mas feliz, pois seu riso fizera.

Sou assim, teu campeão ferido,
a tombar por teu reino grandioso,
por amor, findo e não sou rendido
se morrer... Jardim farei viçoso.

Pois, meu corpo será ainda teu...
Para ti, fará a terra fecunda,
ao verde e à relva trarei apogeu,
grama fina, que a teus pés se afunda.

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