Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Voz silenciosa

Se as palavras desaparecessem
ao sentir não faram diferença.
Pois, no tentar expressar, fenecem,
aquém da verdade, totalmente imensa...

Somente a fé no silencio meu,
para alcançar teu lado indizível.
Que ele me veja a mim, e veja eu.
Tal quero ao seus olhos ser visível.

E o que transcende os fonemas
no cantar dos olhos, no vibrar da vida
que os pensamentos brotem em poemas
além do que falam, onde a alma lida

No limiar do que não fala:
O gesto, olhar, toque e sorriso.
Na certeza calma, que se cala,
por mais que diga... Mais preciso.

E se o mundo fizer quietude,.
somarei a esta, minha pausa
Que neste não ouvir se desnude
a silenciosa voz de uma musa .

Foto de Arnault L. D.

Ave do paraiso

Pousou um passarinho em mim
e fez-me de seu ninho,
e me encheu de canto,
claro toar de clarim,
ou embriaguem de vinho
que faz repouso em acalanto.

Aqueceu-me em suas plumas
e me despiu de duras penas.
Um par de asas me deu.
Que me eleva sobre as brumas
ao céu aberto, num aceno.
Tornou-se o pássaro eu

Foto de Arnault L. D.

Canções do vento

Pergunto ao vento,
qual a canção que ele assovia...
Que não entendo, mas, em um momento,
vejo-me a dançar em sua melodia.
Mesmo sem saber me movimento.

Por entre as notas,
que brotam no cortar das coisas,
sem desviar, traçando rotas,
vendavais, ou brandas brisas.
Traz segredos de eras remotas...

Somente a alma,
sabe do canto, o que significa,
da letra que no éter se espalma,
que do chão a desprende, e não fica
junto a razão, levada a sua palma...

Mas, hoje ele canta, enfim,
somente para meus ouvidos...
Embora, saiba que ele cante assim
desde além das eras, anos idos,
aquém do agora e de mim.

Mas, cada vez é diferente,
muda um detalhe, nova vibração.
No sopro que transpassa a mente
faz novas notas para a audição,
ao instrumento que as toca e sente.

Musica do vento, soa ao coração.

Foto de Arnault L. D.

Do tempo que não cabe (A canção de Jareth)

A vida continua.
Avulsa de nós
e do que nosso era...
Girando sol e lua,
as vezes lento, ora veloz,
simplesmente não espera.

Eu quero você
e não mais ter memória,
não ter história,
que após, mais nada importe.
Seja a vida, ou a morte.
Quero que mundo acabe,
que o tempo se estanque
que o durante se eternize,
enquanto a amo, seja sempre.
Que num beijo me consuma,
como estrela cadente...
Que tem no êxtase o perder.
Que os “por quês” se resumam
no ápice ao vazio.
Como eu a amo... tanto a amo.
Que vou quebrar o tempo!
Ou... perde-lo...

A vida continua;
avulsa de nós
e do que nos espera.
Girando sol e lua,
as vezes lenta, ora veloz
e simplesmente era...

Foto de Arnault L. D.

Pequeno poema singelo

Uma simples história. eu quero.
Daquelas quase sem enredo,
que não peça bravura, ou medo,
que tenha de inicio o zero.

Quero pouco, paz na empatia
e nada marcado em agenda.
Sem placa de compra ou venda,
ou qual é a hora, de qual dia...

É certo ser contrassenso:
Ser um luxo e ser tão raro,
querer menos, sem cobrar caro.
Algo intenso, que não chame imenso...

Não. Não quero conquistar,
ponderar se transitória...
Não quero a alegria da vitoria
mas, a gloria de não ter que ganhar.

Foto de Arnault L. D.

Noturno

Ao amor que me regê
não cabe olhar o dia.
Busca a tênue bruma, fria,
da noite que nos protege.

Não convém sair ao claro
e assim vive escondido.
Entre os detalhes, diluído,
Doçura num bitter amaro...

Não me atrevo além do luar,
ao esmiuçar da luz, direta.
Qual o morcego, que incerta,
no temor da aurora voltar.

Mas, não duvides, é amor.
Verdadeiro, triste e cálido,
como a luz de um prata pálido
num reflexo de sol, sem calor...

Vivo na obscura distancia,
o breu sonambulo de alfombra,
pelas frestas do não, e sombra,
acalento desejo, boca e ânsia...

Mas, o sinto, e à noite integro,
como irmão da sombra incógnita,
oculto satélite, por ti a orbita,
imerso no breu do espaço negro.

Sou no canto d'ave notívaga
que o ignorar diz mau-agouro...
mas, é tudo que lhe posso deste ouro,
o meu choro por ti na noite amiga.

Foto de Arnault L. D.

A mais longa da noites

Se for me falar de amor,
então espera o Sol se por.
Quero ouvir a voz que ama,
enquanto a noite se derrama.
Declama...

Sei, que são durante as noites
que os sonhos são vividos...
Pois, quero a mais longa das noites,
e perdurar, adormecido.
Diz-me: Meu querido...

Diga ao ouvido e me abrace,
enquanto duram os devaneios,
enquanto o tempo não passe,
ou dele, sejamos alheios,
a tudo de feio.

Espera, vir a noite, meu amor...
ao pedir-me que adormeça.
Por toda forma e o que for
e do mais... Que se esqueça.
Desfaleça.

Se o mundo acabar nesta hora,
então que seja à noite alta...
Que esteja bêbedo de sono agora.
Diga-me, sonhe, e nada falta.
E nada mais me falta...

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Jogo dos erros

A sorte de um grande amor
é ele não vir a saber
qual é o seu real tamanho...
Pois assim, não vai se expor
pelo mundo e seus defeitos,
aos sentimentos estranhos.

Muitos matam o amor
por invulnerável o achar
na ilusão que a ele nada interferi,
e depois, sozinho, chora a dor
do perder, e põe-se a duvidar...
Pois, até a um Titã, a lança feri.

Considere o seu amor
pequeno, frágil, delicado,
um passarinho do céu oriundo.
E ele, talvez, seja o maior...
e ficará assim, neste estado
sem ter que provar ao mundo...

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Partes do total

Eu sei que amaria bem mais,
como represando os dias.
O amor de cada acordar.
razões de choro e alegrias...

Eu bem sei, que iria ficar,
cada dia em renovação,
ao seu lado o meu orbitar
fragmentando-se em combustão.

Num incinerar-se em ardor,
mas, renascer novo, de novo...
E mesmo assim, tornado maior.
Neste fogo, Fênix o ovo.

E sei que irei te amar
até, o até se for...
Além da dor calar,
até o for, se for...

Eu sei que irei te amar,
porquanto o respirar inflar,
enquanto a lágrima chorar...
Enquanto o sonho somar...

O amor, maior podia ser,
bem mais, ao se acontecer,
no entrave da língua a dizer
do inefável do que quer viver.

Eu amo até o teu pensar
e o teu vestígio em mim...
Em todo, sei, que podia amar
bem mais, deste bom, ou ruim.

Enquanto eu ainda eu ser;
enquanto a Lua ao céu vier;
te amarei em parte do total.
Começo e meio... sem final.

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Mais um minuto nosso

Será que na noite um traço,
num pausar de pensamentos
ela irá lembrar-se de mim... ?
Do calor do meu abraço,
dos prazeres desatentos,
dos lábios colados em sim..

Dos carinhos que trocamos
e dos doces que comemos,
lambuzados de delicias...
E que no viver perdemos.
As lembranças que colhemos,
flores secas das primícias...

Talvez, distraidamente,
entre uma canção, ou duas...
“Eu sei que vou te amar... “
Algo torne a sua mente,
cores, nas memorias suas,
quadro põe-se a pintar...

Mas, é apenas instante,
um limbo entre os minutos,
e o limbo ignora a hora.
E o amor, refaz-se amante,
como dantes e sem lutos,
como não se ido embora...

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