Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Inesperadamente linda

Há algo em mim que nega a sensatez,
querer secar as lágrimas de alguém
tal fora um bebe para acalentar...
Fazer cessar o que a dor lhe fez,
a proteger nos braços, tal neném,
sem ter motivo algum para ficar...

Há algo em mim que não sei entender:
Por que, quebro regra tão segura,
para entrar onde o controle é aquém?
Fica distante! Ouço-me dizer.
Mas, me preocupo se a noite é escura
e se em seus olhos a lágrima vem...

Não sei, do porquê me importar tanto,
pouco sei, e talvez nem deseja.
Provável ter gente mais bem vinda,
em que o carinho não cause espanto;
onde a confiança já esteja.
Eu, tão pouco a conheço ainda...

Há algo em mim que beira a estupidez,
esta urgência, tola, pelo dia;
fazer diferença, ingenuidade.
A levar onde ninguém mais fez.
Para seu ar, voltar a alegria...
O que sei? Apenas que é verdade.

Foto de Arnault L. D.

Pensei que fosse

Mais uma vez de inútil espera,
de acreditar no ilusório,
de ver além do que era.
Perdurar, o sequer provisório.

É tão fácil ver o que se quer
nas silhuetas nebulosas...
Que aderem nas formas do querer,
saliva a boca... Coisas gostosas.

E por isso, eu danço no escuro;
onde todo gato é pardo,
e as brumas, comem metro e muro,
dando-me a impressão que aguardo.

Enquanto a espera, não se mostra vã.
Hora marcada para depois... Depois...
Vir um frio, que não aquece a lã,
pois, a alma dividiu a roupa em dois.

E a roupa é a pele ao seu redor
e fica o todo em carne-viva
cada toque por mil, dor e amor,
mas, no fim, um ferimento que criva.

Foto de Arnault L. D.

O ar em movimento

Não sei de tantas coisas.
Dentre essas,
o que esperar, o que dizer,
nas horas em que a brisa
por um tempo, cessa,
num suspenso do querer...

Momentos em que apenas
consta o que importa,
e o mundo é apenas meu.
E as culpas, sortes, penas...
Não por egoísmo, fecha a porta,
deixando só comigo, eu.

E cala-se todo argumento,
pois, eu sei todos de cor...
Apenas engano, a disfarçar,
freio de medo, orgulho, bento.
Que vem à mente, se opor
ao que se quer abraçar.

É quando o vento faz curva
e a brisa, confusa, estanca.
A inércia, treme a se revestir
da filosofia, e a água turva,
entre optar se abre, ou tranca.
Se sopra... E faz a brisa vir.

Foto de Arnault L. D.

Solo

Apenas uma voz
canta a melodia,
abandonada e atroz
e ninguém ouvia...

Só a ele, o cantor,
cabe as notas entoar.
São belas, e de dor,
assim é seu cantar.

Um solo esmagador,
a rasgar calmaria,
em ecos de um amor
desnudo da harmonia.

Sem sobrevir aplauso,
nem platéia, nada mais.
Só o silêncio incluso
entre o soar de seus ais.

E este, é o show;
sem culpas, sem dolo.
De um só, que cantou,
um solitário solo...

Foto de Arnault L. D.

Juntando as flores

É tudo apenas uma coisa:
Quebra-cabeça, enorme e incompleto.
Não sei dizer de forma concisa,
por mais que de palavras sou repleto.

Por mais que eu diga, mais podia.
Meu peito é maior que a consciência.
E até mesmo o que elevo à poesia,
é mero fragmento da essência.

Vejo todas juntas e mesmo ainda
sei que irá faltar, outras que serão.
Outra mais, que ainda não vinda,
somará de novo à mesma emoção.

As palavras e letras, são as petalas
a formar botão, depois braçada e olor...
Enquanto há tempo busco as falas
que se aproximem do meu, teu, amor...

A cada trova, somo um pouco mais,
destas flores tais, a formar buque.
Todas numa só... Tulipa e edelweiss,
rosa e jasmim, amor-perfeito... você.

Que verso a transpor-me aos delírios,
a me fazer terra para se plantar,
rego em lágrimas pra brotar os lírios,
para cada flor, vir desabrochar.

Ah... Se eu pudesse... Se pudesse... Além
do pólen das musas a inspirar.
Trocar jardins das folhas que se lêem,
morrer em ti... Semente a germinar.

Foto de Arnault L. D.

Do amor que está em ti

Por que o amor termina,
ou por que ele começa?
Até mesmo... quando,
em qual momento, a esquina
onde nele, ou ele, tropeça.
Não há nada marcando.

Certo, é antes do que se nota,
seja o começo, ou o final.
Sabe que é, não onde se deu...
Pirilampo a piscar sem rota.
Quando se vê, já foi... Fatal.
E seu amor, não é mais seu...

Ele se aninha em outro ser
tal ficássemos partidos.
Mas, não; pois o amor é asa,
é contigo, mas não seu querer.
Voar é o céu ao qual compelidos,
o vôo esta no ar que lhe abrasa.

Por isso, não sabemos quando,
porque não começa em nós.
Seu inicio é além da mão.
É entre; a meta e o não mando,
na beira do alguém e do sós,
onde não importa a questão.

Foto de Arnault L. D.

De amor e primavera (Louco de amor)

Por amar, eu fiz loucuras,
fiz torturas em mim mesmo.
Afaguei facas e leões,
tropecei noites escuras
e vaguei, feliz e a esmo.
Feito a dançar canções...

Por amar, pintei miragens
do que vi, um quadro lindo.
Por amar e apenas pelo amor,
dei passos para além das margens
e voei um pouco, ao céu caindo
em derramar-se em pétalas de flor.

E fiz, todas as loucuras
que a verdade desconhece.
Pois, se esquece das ternuras
de amar além da prece...
Reza a alma a ti e cessa em juras,
a fiar que o tempo cesse.

E ando assim... O louco.
Que não sabe pouco, apenas muito...
E trago em rédia solta
o dizer sandices, mas, não minto.
Pois, são reais a mim; avulto...
O que é; por causo do que sinto.

Sei, sou e sabes-me, enlouquecido.
A fazer o que se espera
de alguém que é perseguido
pelo anjo, sonho e a quimera
que chamo apenas de sentido,
de amor... De amor e primavera.

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Onde devia estar

Cartas, que não foram lidas;
histórias,que não são vividas;
memórias, quem dera... Esquecidas,
onde não mais cabem onde estão.

Extraviadas da vida,
d’outra realidade, omitida,
das escolhas a preterida.
Que levariam noutra direção...

Mas, no caminho das esquinas,
talvez, noutra rota torne
e volte a focar na retina.
A visão fria a pele amorne.

Coisas soltadas ao vento,
não sabem se vão...Onde vão?
Pode até , quiçá, num momento,
retornarem a nossa visão...

A certeza: Lembrar demais,
mostra-me que errei bem mais.
E o que deixei para trás
é o que devia estar em minha mão.

Cartas, que guardo fechadas;
das opções relegadas;
escolhas, que ficaram guardadas,
sem caber na vida, resta ao coração.

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Na alma uma estrela

Lua imensa, feiticeira,
busco em tua aura
um leito de abrigo.
Nesta eira e beira
que na noite, se instaura,
nos desnortes que sigo.

Vens, perde-me em devaneios.
deites meu sol em trevas.
Como se, uma estrela a mais,
neste cetim, céu de permeios
que a alma me enleva,
aonde for... Enquanto vais...

Trago na alma, perdida,
uma estrela pequenina
Que espera o escuro céu.
Pequena estrela, caída
da noite, a chorar a sina,
de ver-se ao chão deste léu...

Foto de Arnault L. D.

Iluminada

Teus olhos vêm e me despem
do ardil das entrelinhas,
das meias palavras, que vestem
e as verdades sublinhas.

O mundo é belo contigo;
e as horas passam apressadas.
Não consigo ser só amigo,
se vês-me emoções contidas...

Para ti, sou transparente,
transpõe-me cada barreira.
O oculto tornas presente,
isso por mais que eu não queira.

Tento ser de breu abissal,
mas, vens... Toda iluminada...
E por ti me torno um vitral,
que tem toda cor revelada...

E todos vêem facilmente
o vulto que o claro traduz,
ao iluminar-me pela lente
dos teus olhos... Minha luz.

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