Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Canção de amor

Você, raio de sol, cortando
o escuro da sombra no inverno;
um lusco de luz e calor;
é musica no ar soando;
compondo do silêncio, terno
pausar de um canto de amor.

Verso feito em brilho e cor,
a vibrar no ar, inusitado,
deste luzir de sol no breu.
Esta é você, e este é o amor,
siderado lançando-se alado...
céu... você e eu... amor meu.

Que traz do novo e do resgate,
decantando a turvidez se impor,
pura água, doce ao ser bebida,
e o banhar do pó que desate.
Livre sou, se fico é por dispor,
ato-me o viver a sua vida...

Tal à pipa, linha a ancorar,
me faz voar... sua mão, fia...
Pós as fronteiras do limite,
do lirismo que puder versar,
feliz desgasto-me em poesia:
Vela a flama; linha ao grafite.

Verso feito em brilho e cor,
a vibrar no ar, inusitado,
deste luzir de sol no breu.
Esta é você, e este é o amor,
siderado lançando-se alado...
céu... você e eu... amor meu.

Foto de Arnault L. D.

Enquanto a música tocar

A frente, o inesperado a espreita,
como é de seu uso, o futuro.
Ora carinho e justa colheita,
nasce o que semeou, germinar seguro...

Induz pensar ser dono da vida feita.
Mas, é olhos fechados numa dança no escuro.

Eu sigo uma melodia imprevista,
danço na penumbra a esquecer do entorno,
improvisando para a vida uma vista,
sem saber do próximo passo, ou contorno.

Uma música que o porvir insista,
quente, gélido, ameno ou morno...

Em nossas mãos, apenas a esperança.
O sonhar que as coisas conseguiram ser,
quando não, desejar que a próxima dança
seja melhor, boa parceira vai trazer...

Não há certeza à nada que se lança,
pois, a canção pode mudar e nos colher.

Num ritmo caprichoso e aleatório,
de encontros e despedidas; de sim e não;
de acerto e erro, fatal ou provisório,
nossos, ou alheios, e os que insondáveis são...

Mas, dançar é o viver, compulsório,
então bailemos a vida, louca canção.

Foto de Arnault L. D.

Borboletas

No quadro, o vulto da borboleta.
Apenas a figura, cores, a menção
do bater das asas, e mesmo só a silhueta
é uma borboleta a planar de ilusão.

A alma a vê e de repente está a voar
ela que somente sente, faz verdade
traços coloridos, flanam leves no ar
se elevam, me levam, asas da vontade...

De quem é a asa que no ar me lança,
da borboleta; ou eu que a faço nos ares?
Ela ali, estática, e mesmo assim me alça,
a flutuar, no vácuo dos nossos olhares.

E dessa forma, num certos olhos creio,
se fitar, verei luz, reflexa, em cada faceta.
Lapidar, brilho e estrelas... Receio
que ao vê-los, a minh’alma... borboleta..

Foto de Arnault L. D.

E talvez... amor

Vou juntar as alegrias que souber,
para todas desejar dá-las a ti.
Por um anjo, uma estrela, o que puder,
num soprar da noite, ou no que vier,
que as entregue e diga que é apenas sorte
tudo desejado deste “bem lhe quer”.

Pode a Lua, mais enorme, ou a menor;
a chuva, a neblina, até garoa...
Leve incógnita, engendre ao seu redor,
sem cartão, caixa, apenas o teor.
Qual canção, que ao fundo de uma cena soa,
discretamente, anônimo faça dispor.

Estando aonde for... por onde for...
Sem seguir teus passos, sopro ao que puder
desta ternura, imensa, e talvez... amor...
Que o destino, caprichoso, tornou dor.
Mas, que o tempo bom, fez voltar por mister
velha doçura no lembrar teu rosto por...

Não como antes, eu daqui tão distante,
sem a esperança a queimar em fúria,
sem a ânsia, nas entranhas a rasgar.
Esse carinho, silente, quase triste...
Bem no fundo, alegra, por havido historia,
em saber que um dia, eu fui tanto amar.

Foto de Arnault L. D.

Coração vazio

Um coração vazio
é como um campo aberto.
A mercê do Sol no estio,
que o pode tornar deserto.

É assim terra desnuda
ao calor, que a endurece.
Se perdurar, nenhuma muda
brotará... nada mais cresce.

E vem a chuva traiçoeira,
a lavar, levando o chão
e depois o vento, na poeira,
o que um dia, foi coração.

E o que fica? O vazio..
apenas deserto sem vida.
Dia a chama, noite o frio
e a terra morta varrida...

Terra rasgada de arado
a esperar a semente,
é vida com tempo marcado,
debaixo de um Sol ardente.

Foto de Arnault L. D.

Remédios amargos

Matar o amor é algo tão triste,
mas, que as vezes, não há opção
que ele arrancar do coração.
O que tão raro, sei que existe...

E não há uma forma rápida,
ou que torne a dor mais amena,
dor do não mais valer a pena
alguém amar, tê-lo a ser à vida.

Enraizado a cada entranha,
a qual dilacera ao se arrancar.
Mas, pena, o sofrer é o seu amar,
pois, é só perder o que ele ganha...

E vai morrendo-se em parcela...
na magoa, que aos poucos desce
e até a esperança se esquece
de acreditar... até mesmo nela...

Tão assim amargo e dorido
vê-se triste, a chorar baixinho,
seu desperdício do carinho;
vinagrar a vida e o sentido...

Nas vezes que maltrata e fura,
que magoa, feri, e joga fora...
Preciso matar o amor, agora
e com ele, talvez, morrer da cura.

Foto de Arnault L. D.

Cacos de amor

As estrelas, retornar ao céu,
a despir dos olhos os brilhos.
A poesia, tornar ao papel,
o sentir confinar aos trilhos...

As pérolas, devolver ao mar,
o belo deixar naufragado.
Volver atrás, o que fui buscar,
enquanto estive apaixonado.

Voltar as flores ao vaso,
e este vaso depois ao chão.
E o sonho que subiu ao raso,
mergulhar, fundo, ao coração...

A canção que veio envolver,
junto a tanta coisa bonita,
devo uma a uma devolver,
para aonde a beleza habita.

Mas, eu não sei o que fazer
com estes cacos de amor.
Lugar algum os vão caber,
seja o canto qualquer que for.

Estrelas, pérolas e o amar...
A doce poesia e a canção,
sei aonde voltar, ou guardar.
Porém, os cacos do amor... não.

Foto de Arnault L. D.

Fica comigo...

Meu coração, displicente, tem amor por ti.
Sem querer saber que senti, ou se eu me feri,
não consigo ocultar, não menti, e não cabe em si
incondicionalmente... te amo desde que vi...

Eu sei que amo, indiferente eu querer conter,
por todas as horas, que somente, se rendem ao correr,
como as águas de um rio... Tente, com as mãos manter...
Junte os lábios, sente... Bebe-me a boca o dizer.

Amo-te inteiramente, além do prazer e cama,
tu, e a todo que sentis, teu riso, silêncios, ou drama...
Creias simplesmente, se minh'alma tocas te acendas chama,
pois, é fogueira ardente, a luz e o calor de quem ama...

Agridoce, doce e quente, meu corpo ser tua acolhida
e se acordar num repente, zelar se és adormecida
E bendirei a Deus o presente de tê-la em minha vida
És meu amor... Vertente do amor, que me engravida.

És meu amor. Fecundas o amor que me engravida...

Foto de Arnault L. D.

Anjo de chumbo

Desisto! Não quero mais viver...
Estou esgotado; nada à frente
que dias piores; o mundo venceu.
Meus sonhos, mentiras, que eu fui crer.
Meu sentir, errado..., demente...
O amor não existe. Não vem... Só eu...

Morte, me atende, vem se aninhar...
Em um anjo de chumbo, perdido,
pouse em meu peito e o faça leito,
crave ao coração e o faça parar.
Torne o corpo também falecido,
a sangrar num choro o todo feito...

Não pertenço a nada, ninguém, lugar...
Desterrado de mim, exílio em tudo;
quero um sonho: Dormir e não acordar...
Sem alarde, ou notar, ou fazer faltar,
Logo esquecer, e enfim nada; mudo.
Quero um anjo perdido encontrar.

Nada mais espero... tão cansado...
não peço revanche, chance alguma...
e nem mais tempo... é tudo ilusão.
Sinto-me morto, torne acabado,
busca de vez o resto e consuma.
Não quero mais viver... sem razão..

Foto de Arnault L. D.

Estrada do paraíso

Quando a vi... Sorri... E sem saber,
meu coração me armou cilada.
E mais nada, apenas num sorriso,
aos poucos, um crescente em querer
e crer na sorte e em contos de fada.
Passos a mais rumo ao paraíso...

Fluiu feito rio, a alma a voar...
Não havia mais longe, ou difícil,
e o mundo foi novo, novamente.
O sentir de um jovem, vi voltar
e me olhei, com olhos do inicio...
Lindo... posto-me à frente.

Um herói, doido e apaixonado,
vidente, cantor, capa e espada...
que chora com filmes de amor demais,
sem lembrar do frio, ninguém ao lado,
do correr e perder estrada e estrada
até não poder mais, vagar sem cais...

Porém, apenas em um sorriso.
Do em torno, muralha desabou,
novo o rio, estrada para a vida.
E eu cri no amor... É o que preciso...
Mas, errei e o destino chegou;
era o nada... rua sem saída.

Quando a vi... Sorri... E sem saber,
meu coração fechou cilada.
E mais nada... Apenas um sorriso
e um caminho para eu perder...
Perdi você... Perdi... e a estrada,
que levava... rumo ao paraíso.

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