Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Explicito segredo

As ultimas palavra que falei,
no ultimo instante... E partiu.
Sussurrei ao ouvido, subitamente.
Esperei o limite da borda e pulei,
um flash.. e depois o vazio...
Já apartado, exilado, ausente.

Depois, não sei mais de mim.
Se fiquei, ou sumi, eu não sei...
Fragmentei e me perdi pedaços...
Morto em cumprir daquele, o fim.
Fim de ano, e era setembro...
Somente inércia, se dei uns passos.

No fundo sabia ser verdade
que naquele final se resolvia.
E eu continuaria a amar obstante,
a revelia, na sombra da realidade.
Que de súbito se dissolvia... e ia...
Ela em seu caminho, e eu errante...

As ultimas palavras que falei,
soprei como confidente, um rumor...
Era despedida, mas, não disse adeus,
disse explícito segredo, que deixei,
num ultimo suspirar de amor,
feito apenas aos ouvidos seus...

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Canetas coloridas ( A cor do amor )

Crianças a brincar de colorir,
e uma delas rabisca, amor.
Me pergunto, qual a cor irá ser,
qual das matizes que irá se abrir?
Qual será do amor, a sua cor,
naquelas tantas para escolher...

Talvez, seja o rosa: cor de flor...
de cair do sol que se derrama...
Quiça azul, calmo e infinito,
de um céu de Cristo Redentor...
ou vermelho, de fruta e chama
qual será escolhida... Hesito.

Mas, cada escolhe cor diferente
e é amor em todas as cores...
Inteiro, ou cada letra e canto.
E eu que previa ver a frente
uma eleita entre todas as cores
descobri que o amor é branco.

Aprendi por aquelas crianças
que a cor certa é só um mito.
Qual, ou quantas forem escolhidas,
a matiz, ou os tons das nuanças.
O que importa, é que seja escrito,
sempre, com canetas coloridas...

Foto de Arnault L. D.

Tempestade

Uma garoa mansa acontece,
trovoadas distantes ecoam,
numa tarde morna, de outono.
O Sol, escuro, como anoitece,
sobre o peso das nuvens que troam.
Hora selvagens, hora com sono.

Pelo breu sei que é tempestade.
Pelo silencio dos passarinhos,
que lhe fazem papel de arauto.
e num voo tropel de ansiedade
fogem, alertando no caminho,
para o súbito não vir de assalto.

Lampadas da rua ascendendo
na ignorância que não é noite.
O clarão mudo dos relâmpagos
dublados em atraso, vou vendo
no suspense do primeiro açoite
desta tempestade a qual divago.

Foto de Arnault L. D.

Céu e terra

Parte de mim diz, esqueça.
Não há mais nada a fazer,
não vale mais a pena
evitar que o pano desça.
Que eu me deixe convencer
da alma ser tão pequena;

No fundo, não me convenço.
Sou confusão, guerra e caos,
enquanto a esperança cambaleia,
enquanto penso, largo e repenso,
enquanto subo e desço os degraus
do que devo, e do que anseia...

Mas, até o esquecer me erra.
Porque a vontade o freia...
Não estou inteiro, em pedaços.
Uma parte de mim é a terra,
a outra, o ar que meneia.
E esta, galopá sem laços...

Foto de Arnault L. D.

Onde o rio parou

Apressam-se as águas do rio,
e ao largo, preso a margem,
seguro nas folhas e raízes
algo se entrega ao desvio.
E insiste na mesma paisagem,
estranho a correntes e crises.

Fora a ele, tudo mais é entregue.
Sempre um rio outro, diferente,
menos sua margem e feito muda
ele imerso ao vagar não segue
nela o estagnar é seu presente;
falso presente que jamais muda...

O viver; este rio que venço.
O querer; um graveto ancorado,
que não permitiu ir-se embora...
Permanece a beira, em suspenso,
qual se a água não fora passado.
Relógio a marcar a mesma hora...

Do chorar em turbilhão, que leva
ao final de perder-se no nada...
A cina do desterro que encalhou.
Nega o diluir errando à treva,
fina onde sabe, a margem guardada.
Lá, onde o rio as águas parou...

Foto de Arnault L. D.

Efeméride

Como está o céu nesta madrugada,
onde cada estrela, astro, estão?
Em nossa Via-láctea, cada plêiade,
mandalas infinitas a se reinventar.

O infinito no tempo segue em jornada
orbitas de orbitas, infinda imensidão.
Cada tempo tem seu céu e idade,
estrelas são memorias do tempo a guardar

Como era o céu do antes, não sei nada...
Onde cada orbe, qual constelação.
Apenas pelas efemérides na grade,
posso saber do céu antigo sem mirar

Mas existe uma data que chegada
posso ver que todo o universo era florão
em seu aniversário posso ver o céu, verdade.
Quando aos seus olhos posso olhar...

Foto de Arnault L. D.

O sacrifício da flor

Sacrifiquei por você uma flor,
entre tantos buques que lhe dei.
Nas juras de amor que grafei
e soltei aos ventos, bem sei...

Aos seus braços, deitei ramalhete,.
que escolhi entre flores do campo
Mas, ao seu contato foi encanto,
como se brotaram para seu enfeite.

Cada pétala, e cada aroma...
Esperança do máximo mimo.
Cada palavra que no verso rimo
é só uma flor a mais que se soma.

Sacrifício entregue de amor,
braçada de rosas que segue...
Ao seu colo eu me fiz entregue,
junto ao sacrifício da flor.

Foto de Arnault L. D.

Origami

Se volta-me a lembrança,
encontro em certo o amor,
num ponto exato do passado.
Languido amor, que descansa
livre da torrente do ardor,
tal fora apenas sonhado...

Não segue o Sol, ou futuro,
apenas é, mais nada cobra.
Qual a foto que a vejo sem ver,
se cinema, a imagem no escuro,
que o continuo do tempo dobra,
juntado pontas, a lhe trazer.

Não sei viver o que siso,
mas, o que sinto o sabe em mim.
Se sorrio, há um que de tristeza,
mas, se choro, resta um sorriso.
Esse amor é que faz-se assim,
origami de dobras e leveza...

Sei onde está você, em mim...
Onde mora o amor que se confunde
com o irreal, sonho e poesia.
Onde não contamina o fim,
e você a mim se funde,
para antes, ou sempre, noite e dia...

Foto de Arnault L. D.

O girar do mundo

Cada vez é única.
Mesmo que hajam varias,
a soma é sempre singular.
Inevitavelmente não replica
e não são iguais os dias.
Detalhes inéditos em mudar...

O mesmo beijo não mais será;
aquela flor, o verso que se lê,
até o eterno céu é exclusivo.
O mesmo não mais se verá.
Se o visto não muda, muda o que vê...
Mas, nem por isso me privo.

Terei de novo, beijos únicos,
como se histórias que não findam,
continuam, mudando a permanecer.
Vivo o perene, mesmo desigual,
mas, na essência, eles ainda são...
O mesmo amor, é novo a cada amanhecer.

O inalterável geralmente é morto.
A vida, por si é movimento.
Tome de seu tesouro e dance.
Não o enterre, ou faça porto.
Seja a estrada, seja como o vento,
faça o girar do mundo o seu alcance.

Foto de Arnault L. D.

Lua Verde

Vejo ao fim da tarde
uma Lua inusitada,
inda há Sol, mas, ela veio...
Chegou sem fazer alarde,
qual visita inesperada,
encontro acaso, dentre o alheio.

Qual Lua será esta,
que a luz do dia se exibe,
inteira, plena e cheia?
A madrugada em si gesta,
a claridade em nada a inibe,
de mostrar-se à terra alheia.

Será então que já é luar,
mesmo o céu sendo turquesa?
Pode ser... Mas não igual...
A esta Lua dourada a brilhar
Somando seu ouro a luz acesa
formo a cor que a irei chamar.

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