Blog de Arnault L. D.

Foto de Arnault L. D.

Seu nome... Amor lhe chamo

Sinto falta de a encontrar, falar
coisas doces, bobas, as dizer:
Quanto é linda... E poder olhar
em seu rosto, um riso acender.

E vir clara certeza, que ali,
vejo a mulher que eu amo.
Das palavras que penso, ou li,
acho seu nome... amor lhe chamo.

Só em sua pele um tal cheiro
faz morada, ao sentir, os olhos cerro...
E perto a boca, deixo em derradeiro,
meu pensar... Apenas provo e quero.

A pele macia da rosa boca,
e o movimento dos lábios no beijar.
O molhar da saliva a língua toca,
ballet de esquecimento e esfaimar ...

Mas, desejo mais , o todo e o detalhe.
Quero os cabelos, os pelos, e o ar,
quero ser em ti, a nos fazer entalhe,
tatuagem, quadro, as cores a mesclar...

Quero ser seu... sou. Vem e me leve...
Me enterre em seu ventre e me acabe
e a amarei até o descer da neve,
verter, escorrer num não mais cabe...

Quero ser somente o que faz-me ser,
ser simplesmente quem a ama...
E seja apenas o que é, e me faz ser.
Seu nome: Amor... Assim se chama.

Foto de Arnault L. D.

Sonhar o próprio sonho

Lua, minha amiga, andei distante um pouco.
Sonhar o próprio sonho devaneia...
Ébrio de esperança, esqueci do real,
não fiz assim de meu ouvido mouco
as canções da musa, ou melhor, sereia.
Atirei nos olhos, marejar de água e sal...

Olhos cansados, miragem passageira...
Lua indiferente a minha ausência, espera,
confiante em saber que eu voltaria
ao contemplar, só, a vida da vida à beira.
Amputar o sonho, o peito dilacera...
Ah... Quem dera... Volta a Lua, sai o dia.

Farei novo poema, distante de mim,
pois, sou corpo e ele apenas diz a alma...
Tal a luz do Sol a refletir na Lua
que fria se dilui..., não mais parece assim.
Em brandura, a chama jaz na calma
do luar que o brilho só alcança a rua...

Dentro das casas, fundo dos corações
a penumbra prevalece... E a pode olhar,
projetada fria, longe luz que veja,
o sabor da doçura, desejo e paixões
emprestados de um Sol... Já sem queimar;
direi que é garoa, o que o rosto goteja...

Foto de Arnault L. D.

Chave de ouro

Estórias antigas guardam segredo,
se foram inventadas, ou vividas.
Talvez, foram somente vontade,
sonhos e quimeras de enredo.
Quem sabe... apenas ficções erguidas,
que não se deram, ou sentiu-se em verdade.

Velhos escritos em tomo enorme
que perdeu o autor, mas, permanece
em seus heróis, musas e venturas.
Foram eles; ou nada.. Ou parte dorme?
Entre mundos do possível, que esquece,
torcendo finais, em verdades não puras.

E o motivo ali fica trancado,
entrelaçado em entrelinhas, oculto,
em papel, papiro, pedra ou couro...
Segredos, hoje... qual um elo quebrado
que perde a corrente, sendo apenas vulto
selado em poemas por chaves de ouro...

O que hoje é tão claro, o tempo cerra,
na distancia que traz a confidencia...
Velhas histórias... foram o que hoje é agora.
Viva as palavras, ouça, enquanto a Terra
gira em sincronia ao tempo e latência,
enquanto a chave em seus olhos mora...

Foto de Arnault L. D.

Memória do tempo

Cada estrela, em memória, me acena
de um céu, que não é mais presente...
O tempo à este imenso infinito
perdeu... Para cada luz pequena.
Que vem dizer: Estou a sua frente,
existo, aos teus olhos habito...

Está aqui, nítida no agora.
Mesmo que a ciência diga finda,
ela no céu, ornando a visão,
aqui nós dois, na mesma hora.
Ela tão linda, ela é ainda,
a minha estrela e não ilusão.

A mesma nesta noite viceja
presa aos olhos, prova-se na imagem.
E a madrugada se torna insana,
se tento negar que o visto não esteja,
ou se pregar como uma miragem...
Se penso existo; então tudo se engana...

Estrelas são as memórias do céu,
que o tempo não alcança, a apagar.
Então, a lembrança vence o tempo.
Meu céu tem mil estrelas em papel,
outras, larguei ao ar, põe-se a brilhar,
luzindo vivas, a despeito ao tempo.

Foto de Arnault L. D.

Espetáculo Imaginário

Quando a tarde, alta, vai embora
e aos poucos a noite avizinha
eu contava os minutos da hora
esperando ela surgir, ser minha

Minha razão, esquecer e oásis,
em espera, falta ela chegar
e me fazer feliz e sem bases,
apenas feliz... Por amar ficar.

E ao vê-la, a luz torna-se “spot”...
A vida abre cortinas, cenário.
O mais, platéia, segui o holofote,
Ela: Estrela... Show imaginário...

Onde ternuras tornam-se táteis,
e borboletas saem dos casulos,
os freios quebram, juntamente as leis,
de mil pecados, grafitando os muros...

Por olhá-la, somente em vê-la,
mesmo noite, os pássaros cantam.
E o céu se apressa em vestir da estrela;
flores a desabrochar perfumam...

Por haver, a ver, tenho um tesouro.
Pérolas do mar, colhidas gemas,
seu cabelo, ouro, louro, douro;
suas mãos, pequenas, diademas...

Rosa a tez, flor e pomar vertente,
o morno do por do Sol na pele,
o verbo a derramar-se em torrente
pelo sentir, que ao belo impele.

O verde dos olhos, no lábio mel,
que adoça-me os beijos na língua,
torna perto o céu, e o faz dossel.
Céu da boca, a chuva respinga...

A neblina do sopro, em garoa,
sobre minha noite, faz brinquedo.
Molhando a nós, qual a lagoa,
quero o afundar em seu segredo.

E me faz assim, tão bobo... e feliz...
em ver, mas, logo desejo, viver,
O beijo, que em seu provar me diz:
“Amo...” Calo; não sei mais dizer...

Foto de Arnault L. D.

Um pouco da eternidade

O amor escrito não tem pressa,
se desprende de sua fonte.
O seu sentir em nada cessa,
cristalizado à cada que conte.

Talvez, secas as flores e as vidas,
que as linhas suspendem ao presente.
O amor nelas todas contidas,
de um coração, talvez, já ausente...

Espera nas gavetas, cadernos,
na memória, mas diluindo na idade...
No escrever, talvez, o Deus eterno
sopra um pouco Sua eternidade...

A urgência da palavra dita,
da boca, que deseja e inflamo.
Sonha o perene da tinta escrita
que tal veia sangrando derramo.

Pois, além de mim ainda será,
amor, latente à cada novo olhar.
Por cada vez que outro a lerá,
junto ao novo amor, tornarei a amar.

Foto de Arnault L. D.

A distância do horizonte

Ela, enfim me esqueceu,
ou talvez, finja tão bem
que consegui ferir a esperança.
Não sei do coração seu
o que agora ele contem,
onde a paz dele descansa...

Se a lembrança já não cabe,
velha roupa, já sem moda,
que se tem, mas, não se quer.
Como galhos no desabe,
folhas secas numa poda.
Cabelos num “coiffeur”...

Corta e assim, apartado,
veste de esquecimento.
Não mais unido a fonte,
resta então, o olvidado.
Que só torna em raro momento,
Como um mirar do horizonte...

Que só na vasta amplidão
se descobre à nossa vista,
mas, esconde ser distante.
Deixando em nossa visão
o não perceber que a vista,
é a distância do horizonte...

Foto de Arnault L. D.

O perfume da lembrança

Se os meus olhos fechar
e concentrar-me em solidão,
seu perfume faço brotar,
tal flor. fora da estação...

Como se estivesse ao lado,
mas, sinto que de algum jeito
no fundo do olhar cerrado,
vejo dentro de meu peito.

O perfume da lembrança,
o gosto do beijo que dei.
Doce fruta na bonança,
que hoje é temporã eu sei.

As vezes, flora no frio...
Contra as regras de rebento.
As vezes, chove no estio,
junto ao sol, por um momento.

Raros e breves instantes,
dos olhos fitando o interno.
De sentir aqui, como antes,
o olor das rosas no inverno...

Foto de Arnault L. D.

Fel

Alimente o seu rancor,
com seu sangue e pensamento.
Com caustica constância e dor,
em doença e isolamento.

Embale-o em seus braços,
como não fora infecto lodo
e molde-o em seus traços,
até estar coberto de todo...

Sua alegria, orgulho declarado
pelo seu sofrer e seu odiar.
Faça-o pão, oração e pecado,
seu tesouro de por gosto chorar.

Renegue com magoa a verdade
dos que se cansaram da porta,
cripta aberta, a repetir a insanidade
de manter viva coisa já morta.

Nutra, viva seu precioso rancor...
Faça seu berço e seja seu ninho,
dele se acompanhe até o ultimo se for
e ele então, de ti se alimentar sozinho.

Foto de Arnault L. D.

Azaléias

Um pouco em silêncio ficar,
deixar o desespero das idéias
qual soltando mala pesada demais.
Quero o presente de um pouco de ar,
a imobilidade das azaléias...
Existir sem saber, como os vegetais.

Não para sempre, mas, por uma vaga...
O tempo aproximado, sem exatidão.
o tempo que o tempo ser.
Para que a estação leve e traga
novas folhas, e quem sabe no verão,
uma flor até vir florescer...

Só então, abrir os olhos novamente
e acordar a humanidade.
Com o sangue mais linfa e menos rubro.
Espero o brotar de uma semente
para em mim matar a saudade
quando no espelho descubro.

Páginas

Subscrever RSS - Blog de Arnault L. D.

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma