Epopeia de ti....

Foto de lua sem mar
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Epopeia de ti…
20 de maio de 2009

No céu sobe a lua, uma lua brilhante de expressão clara. No silêncio da noite vem uma música suave, um toque lento.
Aprecio a lua e as estrelas numa noite calma e fria de primavera, sentada na janela aconchegada aos meus joelhos mas, perdida por estas linhas e sombras de pensamento.
Chegas perto, muito perto de mim e me acaricias a nuca com tua mão suave, fecho os olhos e apenas sinto teu calor.
Acalmas as minhas tempestades, o bater forte do meu coração quando a chuva e os grandes ventos do norte alcançam o meu ser.
Chegas perto cheio de amor e palavras doces, pedes para chorar no teu ombro num grande abraço forte e caloroso de afectividade, pedes calma e serenas todos os meus demónios, fazes-me transbordar de alegria com tuas grandes palavras de amor e nas quantas vezes que o dizes ao meu ouvido.
Clamas à vida, à alegria de respirar, à vontade que tens de sentir as veias explodir de felicidade. Nada em ti é feito sem alegria, sem vontade, sem sonho. Porque tu és assim, um cálice vivo de vida que não se preocupando com quase nada, apenas queres ser feliz o maior tempo possível e para isso só tens de respirar.
Nos poemas que me dedicas, nas epopeias que me escreves são tantas as tuas cartas de amor, no teu desejo eterno de me teres a teu lado, no amor que sinto em cada palavra, cada linha das tuas grandes e valiosíssimas declarações, como eu as aprecio e estimo.
Acendes a tua chama de paixão e a demonstras das mais diversas formas, me possuis a mente com tua voz suave e conhecedora de tão conhecimento, apressas-me ao prazer absoluto de forma plena e tão suave. Aclamas amor eterno mas, impossível será te responder de forma tão grandiosa e sublime, tão forte sentimento que capaz será de virar o mundo. Tuas preces são à Deusa do amor, que ela me ilumine o coração e remexa tudo em mim para que eu seja capaz de sentir algo assim.
Mas são tuas as minhas poucas horas de sono, é no meu pensamento que te encontras antes do meu adormecer, e dai sai sublimes sonhos em que penetras com toda a tua alma e esplendor, nos sonhos lindos que com o meu príncipe sonho ter.
Ambos desconhecemos a palavra destino, o futuro só a nós cabe como o construir e viver de forma plena.
Apenas somos como dois barcos em alto oceano, enfrentando cada um as suas tempestades, mas, rumando cada um para seu lado, como quem brinca ao braço de ferro puxando uma fina corda.
Entrelaço-me nas dúvidas, nas incertezas, pela sereia que vagueia no mar, porque são só tuas as grandes noites de luar, dignas noites as minhas, sem uma estrela única a iluminar, aquele sonho que na verdade já não posso conquistar.
“Marinheiros e marinheiras levantar ancora e remar, ele pode sempre enviar a corda para me salvar.”
Mas meu coração enfraquece porque a sereia anda no mar e esta noite para ele é grande noite de luar, fico perto e tento observar se para mim haverá lugar e se a corda um dia vai chegar.
As minhas vagas no mar começam a aumentar, relâmpagos luminosos que me arrefecem, por teu mar chão estar repleto de luar e muita dedicação.
Penetro na escuridão e de tão longe apenas te aprecio, mais uma noite nossa com todo o desejo e esplendor, como um sino que reflecte o luar se expande e aloja nos corações dos mais apaixonados.
Encontro-me em ti, mas tuas mãos grandes e suaves, tua pele macia e morena num sonho que acordo molhada, estrela cadente que passa, um desejo que traço e tu apenas…
Falta pouco para no céu raiar a luz, preciso fugir ou apenas esconder, este grande amor que finjo não ter.
“Levantar ancora e remar, não preciso esconder-me porque tu sabes em que mar me encontrar, procura a maré à feição para o teu barco deslizar e no meu se encostar, para o nosso sonho de verdade se poder realizar…”
Declaras amor da proa à ré, sinto-me voar e o nosso sonho a se concretizar, salta para perto de mim, penetra o meu corpo, não me peças licença e agarra-me na tua mão, coloca as tuas grilhetas em mim, já estou presa a ti sem dó nem perdão, come do meu pão e destrói toda esta solidão.
Agarra-me sem medo de magoar e mostra a todo o mar as nossas musicas de embalar, nesta noite de luar. Estamos a alimentar o espírito, a alma sem perguntar ao coração se nos podemos amar, como uma só devoção é assim que quero ficar.
O luar me alcançou, sinto felicidade no teu olhar, meu corpo que explode de vontade, o desejo de apenas te amar!
Mas a sereia continua no mar, sempre a vaguear e no meu coração um grande tilintar de medo, não sou dona de ti e se um dia quiseres partir nada poderei fazer para impedir, meu coração que se divide não sei o que fazer. Poderei voltar às grandes noites sem luar, sem teu corpo para me acariciar e, na solidão me voltar a perder, não sei que decisão tomar e se realmente algum dia se vai realizar este meu desejo mais profundo, se perderei todo este medo algum dia, decidir o destino e o futuro não nos pertence, lutar nem sempre nos trás a vitoria, a certeza da grande felicidade.
Não me iludo mas não posso perder a esperança, a gota pequenina que ainda me faz viver, o sonho de te amar sem hora ou lugar e ate mudar minha forma de viver, amar, sonhar e sorrir, é em teu luar que encontro a minha serenidade, aquela que tanto me faz sorrir, vezes muitas me sinto perdida na escuridão, ajoelho-me e tento sentir o caminho espetando-me nos duros espinhos, nas pedras que a vida vai colocando para crescer e poder entender a vida de outra forma, com outros olhos.
Nas poucas horas que contigo estou, a felicidade é grande, a vontade é plena e o gosto o maior prazer que posso sentir.
Sinto-me confusa sem saber o que de verdade posso ou devo fazer, não te quero perder nem me afastar, apenas gostaria de poder concretizar o meu sonho, a minha vontade. Mas a vida é isso mesmo, um mar imenso de grandes ondas, com força muita que nos afasta do que realmente queremos. E ter meu amado que por mais perto que estejas, a longitude está sempre entre nós, embalo-me no vento que me leva ate ti, mas mesmo assim não te consigo abraçar e olhar como tanto desejo.
Longas noites em que o frio aperta e o sono recusa a chegar, na mente a incógnita do futuro, os problemas presentes, a resolução onde a encontrar, como agir, o que de verdade fazer. Noites essas que me perco nos pensamentos olhando a lua e todas as suas amigas estrelinhas que também vão brilhando no céu, fazendo-me total companhia no silêncio da noite. O tocar do sino que rompe o silencio dizendo-me que já não falta tudo para o amanhecer de um novo dia em que, mais uma vez não sabemos como será, de que forma o construir e viver…
jinho

Comentários

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Foto de Montanha

Olá Lua sem mar,
foi com tamanha alegria que encontrei este "Epopeia de ti...".
Devo confessar que já o li inúmeras vezes, pois dele, retiro tantas ilações. Epopeia, que escrito mais lindo, tocante, declarante, enfim, que prosa de vida, imaginação, criação e esperança tu ofereces aos leitores e a todos aqueles que buscam e apreciam o bem saber da vida.
Ultimamente o "Renascimento...", tem abundado por estas bandas e, digo-o porque, a "Epopeia de ti...", é para mim e para este pedacinho de arte, o grande Renascimento da Lua sem mar...e que renascimento.
Acompanhar alguém que tem o dom da criação das letras e dos sons da vida, é algo que me fascina, logo, é com enorme prazer que te vejo de novo aqui na ribalta do poemas.
Tenho por sorte e aproximação uma cumplicidade com a lua, então, tenho sido manifestamente felizardo por andar a acompanhar as luas da escrita...são já duas ou três que acompanho com muito interesse e admiração poética.
Relativamente à "Epopeia de ti...", bem, que mais conseguirei dizer para além da alegria da tua volta, nem que seja só para dizer "Olá" com este hino à escrita de Camões...pois foi ele que nos habituou a ler e acompanhar as grandes "Epopeias" dos nossos heróicos portugueses.
Fiquei muito feliz pelo que li de ti, amor, sedução, aventura, esperança, sabedoria, enfim, um grande amor anda no ar...mas como tu bem deves saber, quantas vezes estamos a ler um livro e, numa página bem adiantada não nos deparamos com uma semelhança com o que já lemos numa das páginas já passadas inicialmente? Pois a vida é isso mesmo, muitas vezes repetições dos mesmos acontecimentos, mas, num outro tempo agora. Isto é vida e vida em abundância...
O passado, serve para nós nos situarmos no presente e desenharmos o futuro, obviamente para aqueles que acreditam que somos nós que o realizamos e não uma outra personagem qualquer...eu acredito piamente que somos nós, voluntariamente e muitas vezes até, involuntariamente.
Pensando desta forma, e acreditando que quererás baralhar de novo todas as cartas que jogaste nesta tua "Epopeia de ti...", sou muito crente que num horizonte temporal indefinido, verás de novo escrito na tua vida toda essa linhagem transcrita aqui para nós leitores, conhecidos e desconhecidos...
Faço votos de que vivas eternamente tudo o que sonhas hoje, viveste ontem no mar e que te saboreies no futuro com os adocicados sentimentos que a lua, o mar e o oceano sempre te ofereceram...nunca desistas dos teus sonhos e, como se diz na gíria desportiva, "atirar a toalha ao chão", só quando o jogo terminar e o jogo é a vida e não a esperança...
Lua sem mar, adorei, adorei, adorei este "Epopeia de ti...", serei eu capaz de um dia viver tal "Epopeia de ti..."?
Certamente que sim...também acredito muito que conseguirei tudo o que desejo...porque acredito na vida e que ela nos dá tudo o que tiramos dela com prazer essencialmente...
Obrigado pelo momento, até de alguma "nostalgia", vida do passado.
Cumprimentos,
montanha

Foto de lua sem mar

Olá montanha!
Agradeço o teu comentário mas, vou atribuir esse agradecimento de uma forma diferente, contando uma passagem minha.
“Era uma manha quente, e eu achava ter renascido para uma nova vida. Estava numa casa cheia de alegria e pessoas, a minha solidão tinha desaparecido por completo, achava eu, claro!
Em menos de um segundo tudo mudou, e numa rádio muito ouvida por lá, uma música com cerca de três anos, musica essa que já eu a tinha cantado em forma de dedicação e muito amor por alguém muito especial, num local muito especial.
As lágrimas corriam e a minha mente se preenchia, sem me dar conta o meu suposto renascimento era uma dor enorme. Uma dor que me fez chorar desesperadamente.”
Com esta passagem quero apenas dizer que quando pensamos que estamos a renascer, nem sempre isso é verdade.
Eu renasço todos os dias, aprendendo a viver um dia de cada vez e a aprender algo todos os dias, embora algumas vezes me esqueça do melhor que posso ter, acordar todos os dias pela manhã.
Obrigado pelo comentário.
jnh

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